segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Herbert De Perto [Assistimos]

HerbertObstinado, provavelmente esse é o adjetivo que se encaixa perfeitamente ao paraibano Herbert Vianna, 48, líder dos Paralamas do Sucesso. Pensando bem, líder pode soar pretensioso em uma relação social e/ou musical, onde a amizade está sempre em evidência, mesmo em situações extremas, que resultam em torná-la mais forte.

Herbert de Perto, dirigido por Roberto Berliner e Pedro Bronz, trata-se de um documentário que destaca e amplifica nossos sentimentos em relação ao protagonista, mesmo que você não curta o som do grupo, deve ao menos respeito, ao vocalista e guitarrista de uma banda super importante para a história do Brock.

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A banda e os diretores

Os diretores ao retrarem o timeline da vida de Herbert, que naturalmente se confunde a dos Paralamas, não estão interessados em construir um mito, e sim, focar em um indivíduo trabalhador, que busca conquistar o que deseja. Para ilustrar, em uma gravação de Herbert no passado, impressionantemente, o músico teoriza como se soubesse do acidente que iria acontecer em 2001, mudando sua vida para sempre e que causou a morte de sua esposa Lucy: “Eu acho que eu consegui todas as coisas que quis, e não vejo nada assim que queira e eu não me sinta capaz de conseguir. Acho que mesmo se a gente parasse e acontecesse uma tragédia, eu ia começar de novo, ou música ou alguma outra coisa e ia conseguir tudo de novo”.

cartaz_herbert.jpg[1]Cronologicamente, o documentário dá maior enfoque ao período que vai do ano de 1983 ao de 2005. Além do fatídico acidente, exposto pela importância e não por sensacionalismo, o filme exibe as conquistas, por exemplo, do primeiro Rock In Rio (1985), que colocou os Paralamas na vitrine, a repercussão de discos como Selvagem? (1986) e Vamo Batê Lata (1995) e a carreira internacional que começou na Argentina e foi conquistando o resto da América Latina.

A produção em tons pastéis, ora em tons quentes, narra a trajetória de um profissional, músico, pai e amigo, corroborada por depoimentos dos colaboradores Dado Villa-Lobos (Legião Urbana), Fito Paez e Charly Garcia – cantores argentinos – e José Fortes – empresário do grupo e o quarto integrante dos Paralamas, pelos médicos Paulo Niemeyer e Lúcia Willadino, bem como dos membros da família Vianna, os pais Hermano Vianna e Tereza Vianna e do irmão Hermano Vianna, dentre outros. Inteligentemente amarrando as pontas com cenas de shows e estúdio, da família – Lucy e as crianças – e bastidores, além do corte em alguns momentos que foca em Herbert assistindo a gravações antigas que lhe desafiam a memória e produz comentários sinceros, Herbert De Perto é emocionante, divertido e obrigatório para os fãs do vocalista/guitarrista, da banda, de documentários de música, amantes de rock nacional e serve inclusive, como instrumento de auto ajuda ao mostrar uma história de superação.

Recomendo, sempre na rota. Nota 8,0.

Saiba mais: site oficial do filme (aqui) / site oficial dos Paralamas (aqui) / trailer (aqui) / entrevista com os diretores (aqui).

5 comentários:

Carlos Henrique. disse...

Tive, por dizer, a mesma opinião expressa na matéria pelo Cristiano. O ponto negativo, não é pelo filme, mas sim pelo público. O público foi decepcionante. Assisti juntamente com minha noiva e contando comigo e ela, apenas 10 pessoas estavam presentes na sala. Se fosse um filme que há um mês estava em cartaz, tudo bem. Mas um filme que havia estreiado no dia anterior, sinceramente o público foi muito pequeno mesmo. Só lamento para quem perdeu e deixou vaga a sua cadeira na sala. Ficou no prejuízo e deixou de curtir um bom documentário.

Abraços a todos;
Carlos Henrique

Na Rota Do Rock disse...

Infelizmente, é inglório fazer cinema para um público bastardo, não é mesmo? hahaha

As pessoas se privam de coisas boas, por desconhecimento de causa.

Abração!

Cristiano Porfírio

Carlos Henrique disse...

Pois, é Cristiano. Mais uma vez concordo com vc. Mas é como eu disse: Perdeu quem não foi. Espero mesmo que quem ainda não foi, vá. Se decidiu não ir, repense. Mas vá. Para quem curtiu os anos 80, uma oportunidade de lembrar do passado que musicalmente falando, foi excepcional. E para quem não viveu aquela época, uma oportunidade de descobrir um pouco mais sobre uma época marcando do rock e da música nacional. Para mim, tão marcante quanto os anos 60 com a Jovem Guarda. Sem falar que Paralamas não é só uma banda daquela época. É contemporânea também.

Abraços a todos;
Carlos Henrique.

Cele disse...

acho que não é muita surpresa isoo não o do titãs nem veio pro cinema aqui, mas adorei. Fica aquela pergunta pra se fazer... tu vai reclamar de quê na sua vida? vai ralar e conseguir!!!!! Herbert é 10.

Carlos Henrique disse...

Pois é, Elicele, lamentavelmente, muita gente tem tudo e não faz nada e fica reclamando da vida. Hebert é exemplo para todos nós. Mesmo para quem não gosta de Paralamas ou até de rock.

Abraços a todos;
Carlos Henrique.

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