terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Turistas! Uma viagem ao inferno na cadeira do cinema!

Tive a oportunidade de assistir ao inoportuno filme Turistas. Inoportuno não pela idiota polêmica criada, afinal, uma obra sobre assassinato de forma alguma atrapalhará qualquer visita ao país, pois se assim fosse, no Texas (EUA) ninguém atravessaria o Estado de carro por causa de O Massacre da Serra Elétrica, a Austrália estaria enrolada depois de Wolf Creek – Uma Viagem ao Inferno e a República Tcheca às moscas em virtude de O Albergue.


O que incomoda são os estereótipos. Primeiro o ônibus que transporta os turistas, que é um “caco só”, perde apenas para os da Viplan (Empresa de Transporte de Brasília). Segundo o motorista, que além de burro - porque insiste em descer uma serra acelerando, cheia de pedestres e carros, com estado alterado - fica xingando o tempo todo e tirando “catota” do nariz. Terceiro, se uma mulher te der mole no Brasil é prostituta. Quarto não existem prédios, só mato e, em quinto, a famosa hospitalidade brasileira inexiste ou serve apenas na tentativa de atrair sua confiança afim de extrair seus órgãos.


Caso você resolva fazer algum protesto, desista, porque só vai ajudar a promover essa "bomba". O roteiro é fraco e de verossímil só a possibilidade do golpe “boa noite cinderela”. Os malandros conseguem nos furtar acordados, imagina nos drogando. O engraçado é que um dos maiores absurdos que eu já vi em toda minha vida em filmes foi em “Um Drink no Inferno 2, me diga porque “diabos” vampiros precisam assaltar um banco??? Quer um maior? Em Turistas, o motivo de retirada dos órgãos dos gringos é excelente: o vilão do filme denominado Zamora (nome típico brasileiro, existe uma em cada esquina, igual a João ou José) vivido por Miguel Lunardi, é um médico que os doa a hospitais públicos para se vingar de todo o imperialismo americano, dos brasileiros vítimas de escravidão sexual e de todos os saques cometidos em nosso solo desde os tempos do descobrimento por Portugal.


A única afronta realmente a nós é o site www.paradisebrazil.com, que faz um marketing da “obra prima” de forma acintosa contra o Brasil, divulgando incidentes acontecidos por aqui, um vídeo de uma mulher morta na praia e um blog nos quais existem recados de idiotas que não sabem diferenciar a ficção da realidade dizendo que não pretendem nos visitar com medo, um esculhambação sobre o sistema de transporte e outras pérolas. Legal é o produtor Raul Guterres soltar uma nota dizendo "Mudem a realidade do país para a imagem também mudar", como se em terras tupiniquins fosse realmente essa zorra. Tá certo que ainda tem muito que mudar, mas ao invés de ajudar, porque contribuir em ridicularizar? Ainda bem que Rodrigo Santoro caiu fora do projeto, ele faria o papel de Alex – um dos gringos que caem na fatídica armadilha – que é de Josh Duhamel, o qual inclusive já pediu desculpas ao povo brasileiro pelo conteúdo ofensivo.


Mas o filme é de todo ruim? Claro que não, a trilha sonora em sua maioria composta pelas canções de Marcelo D2 é ótima, a fotografia muito boa, paisagens paradisíacas que só trazem mais vontade de conhecer o país e lindas atrizes (apesar de algumas americanas desbundadas, mas tá valendo!).


Se além de tudo você continuar com vontade de assistir, a previsão de lançamento é dia 16 de fevereiro. Marque toca!!

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

O Julgamento de quem gosta de Música

Acho engraçado o comportamento humano, é fácil “bater” o olho em alguém e logo julgar, posso até me tomar como exemplo, durante a semana em função do trabalho ando de terno, gravata e cabelo penteado, os transeuntes devem passar, ver e pensar, que cara austero, deve ser um advogado, muito legal. Agora, se me vissem no final de semana, cabelo solto, ou boné, camisa regata e tatuagens à mostra, o pensamento seria outro: - Credo! Isso deve ser um maconheiro maluco, que coisa horrível!


Eu tenho essa dificuldade em relação às pessoas que curtem ritmos musicais nos quais execro, nunca sei se estão lá apenas por diversão – que no caso ainda é ruim – ou se realmente gostam daquilo.


Sou uma incógnita que os roqueiros mais radicais não conseguem entender, assim como não consigo entendê-los por ouvir só de um estilo, seja ele metal, punk, hardcore e etc. Na minha concepção o mau entendimento é mútuo porque a sonoridade hoje é universal, do Blues nasceu o Rock e deste outras vertentes, e o mesmo foi se enraizando em ritmos diversos e crescendo como um grande Frankenstein ou um mutante enfurecido.


O trabalho “setentão” com seus riffs e bateria seca e o progressivo com seu som virtuoso e muito bem trabalhado, foram os responsáveis pelo surgimento do heavy metal, que se desenhou nos anos 70 pelo Black Sabbath e ao longo dos 80 foi se desmembrando como uma árvore balançando suas folhas secas ao vento, e cada uma dessas diferentes foi se afastando da sonoridade original a partir dos 90. Em matéria de separação temos o clássico, trash, death, funk metal, grunge, nu-metal e etc. Cada um desses faz com que seus fãs se confrontem como se sua vidas dependessem disso, eu não, estou satisfeito em gostar de música, me permito o Kiss e não Manowar, simpatizar por alguma coisa do Iron Maiden e detestar Helloween, adorar Red Hot Chili Peppers, System of a Down, Nirvana, idolatrar o U2 e ser fã, muito fã mesmo de Rock Nacional, inclusive Engenheiros do Hawaii que muitos odeiam, pena que a versão tupiniquim tenha se perdido a partir dos anos 90, quanta coisa ruim vem aparecendo de lá pra cá.


Gosto de várias bandas, de várias canções, jamais abdicaria do meu direito de ser eclético em relação ao rock, que se dane, encaixando-se perfeitamente no meu ouvido está de bom tamanho.


Tá certo! Tá certo, tem coisas que são terríveis de agüentar, o tal do “Emo” que mais é um modismo, trata-se de uma manifestação capenga, um cruzamento de gótico, drag queen e marilyn manson com uma pitada de Nelson Gonçalves entoando o "clássico" A Volta de um Boêmio, e um corte de cabelo risível, é triste a cara desses garotos ou até mesmo escutar esse sonzinho chinfrim que eles curtem, aquele “I'm sorry, I can't be perfect do Simple Plan” é de "lascar", qualquer uma das bandinhas desse tipo são dignas de um furacão Katrina. Em contrapartida, o grunge que foi muito criticado pela galera metal era muito bom, até porque nos trouxe Nirvana, Alice in Chains, Soundgarden e outros, fora que ajudaram a divulgar outras bandas como o Red Hot. O Nu-metal tem coisas espetaculares também como Korn, System of a Down e etc, o mal do Nu-metal é que serviu de embrião para os "emos".


Apesar de me encaixar num perfil roqueiro, me recuso a usar um “tapa olho”, não sou cavalo, detesto olhar só para frente, adoro observar para os lados e descobrir coisas novas, desde que tenha qualidade. Por exemplo, não gostei do CD Eu Tiro é Onda do Marcelo D2, porque é o autêntico Hip-Hop e não faz meu gênero, os outros A Procura da Batida Perfeita, Acústico e Meu Samba é Assim são fabulosos, a mistureba de hip-hop, rap, samba e outros elementos valorizaram o trabalho do vocalista da extinta Planet Hemp, acredito que ele está perto de encontrar sua batida ideal.


O modismo na música incomoda e sempre incomodará, e o tempo se encarrega de separar o joio do trigo, afinal o estilo é você quem faz, abomino pagode e forró, adoro Bezerra da Silva e Luiz Gonzaga respectivamente e por aí vai.


Se permita gostar de outras coisas, isso é essencial para o crescimento musical de qualquer um, não suporto bossa nova, mas ela foi importante para o desenvolvimento da MPB, é assim mesmo, tem coisas de qualidade que não gostamos mas podemos curtir outras é só procurar. Abra seus horizontes! Não gosto de fado, hebraica, céltica, relaxante, mas valem, eu não me interesso, pra você pode ser que sim. A ordem de dia é experimentar!


Abração!

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

DESCUBRA UMA VERDADE INCONVENIENTE

Mais um filme contundente de 2006 está voltando aos cinemas, graças a 02 indicações ao Oscar – Melhor Documentário e Melhor Música Original pela canção I Need To Wake Up de Melissa Etheridge – infelizmente passou quase despercebido por se tratar de um documentário. O preconceito por esse tipo de mídia privou o espectador de prestigiar e se envolver num projeto maior que todos nós, ajudar a salvar o planeta terra.


O aquecimento global já foi mostrado em 2004, no filme O Dia Depois de Amanhã – dirigido por Roland Emmerich – de uma forma um tanto quanto exagerada tendo como pano de fundo um pai (Dennis Quaid) desesperado tentando o resgate do filho (Jake Gyllenhaal) preso numa Nova Iorque imersa em gelo depois de um colapso repentino no clima mundial.


O documentário de Davis Guggenheim retrata o problema de forma crua e científica, recebeu mais de 30 prêmios e muitas indicações, sempre acompanhando todo o trabalho realizado por Al Gore, que possui uma carreira na política americana, incluindo a candidatura a presidente. Em aproximados 100 min de exibição todo o material colhido desde a época na qual o estudante tomou conhecimento do aquecimento é bem narrado e acompanhado por gráficos e imagens capazes de chocar, como a comparação entre lugares antes e depois do aumento da temperatura terrestre.


Uma das coisas mais legais nesse filme é que Al Gore não poupa em nenhum momento os EUA por todo mal causado ao clima, citando inclusive o Tratado de Kyoto que previa uma política mundial de redução na emissão de gás carbônico e o governo americano se recusou a assinar por questões financeiras, curiosamente, eles são os que mais sofrem com problemas climáticos atualmente, vide o devastador furacão Katrina em Nova Orleans.


O estudo profundo nos faz refletir e procurar uma forma de ajudar o planeta. Experimente assistir e não ficar boquiaberto com informações que lhe fará pensar 02 vezes ao agir daqui pra frente, caso você não seja mais um que adora ficar de braços cruzados e achar que coisa ruim não acontece contigo. Basta refletir e pensar em tudo o que mudou na sua vida, no Brasil ou no mundo, mesmo num prazo mínimo de 01 ano apenas, compare o verão do ano passado com o desse ano e veja os desastres que cresceram potencialmente no Rio de Janeiro ou em Minas Gerais por exemplo. Pensou? O que acha? Tire suas conclusões e tome uma atitude agora, veja o filme e faça sua parte.


Aproveite e clique aqui para aprender algumas dicas como ajudar o planeta e aqui para baixar alguns posters e papéis de parede.


Fique de olho, pois o mesmo deve estar entrando em cartaz, novidades avisaremos por aqui e não vá sozinho, leve alguém.


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SoSuechtig, Burajiru