sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Set List - Capital Inicial

Vamos imaginar que me deram o poder de fazer o Set List do show do Capital Inicial que vai ser gravado em Brasília. Esse show que estamos fazendo o manifesto e tals.

É... sei que é impossível. Mas é só uma brincadeira sadia. Tipo malhar do choro dos botafoguenses.

Vou montar o Set List de acordo com o meu gosto e de acordo com o que eu classificaria como um show perfeito. Logo, não vai ter "à sua maneira", que é uma versão de uma música argentina, eu acho, mas que a versão do Paralamas é muito melhor.

Vamos a show...

Início igual ao do show gravado no Ao Vivo de 1996. Sombrio preparando para os acordes iniciais de Fátima. Destaque para a farinhada final que Fê Lemos faz junto com riffs estrondosos. Na guitarra pode ser o Yves, mas se o Loro Jones quiser tocar ele já está escalado.

Emendando, para não perder o ritmo, Estranha e Linda do Atrás dos Olhos, de 1999. É uma música contagiante e mescla junto com Fátima, as duas fases boas de Dinho no Capital.

Para começar a falar de amor, Eletricidade, do álbum homônimo de 1991. No meio da música, Dinho canta algumas estrofes de 2001, música do álbum Todos os Lados, de 1989, composta por Rita Lee e Tom Zé e que tocada pelo Capital, é um bom e velho exemplo de Rock and Roll.

Seguindo o amor, toca Kamikaze, também do Eletricidade e Tudo Mal, do 1º álbum da banda de 1986 (aquela música da tatuagem).

Após uma breve respiração e troca da guitarra, chegamos ao segmento Política do show. Quatro sem tirar (ui): Psicopata, Mickey Mouse em Moscou, Autoridades e Projetos Engavetados. Projetos Engavetados é do álbum Rua 47, o único de estúdio gravado com Murilo Lima, que, por isso, é convidado ao palco para cantar junto com Dinho. Autoridades é uma música que, mesmo lançada em 1987, parece que foi composta ontem. É o retrato do Brasil incompetente atemporal.

Pra galera recuperar, três clássicos para todos cantarem juntos: Descendo o Rio Nilo, do compacto de 1985, Prova e Vem bater no meu tambor, ambas do álbum Independência de 1987. CRÁSSICOS.

Voltamos para uma fase mais recente e leve, tocando a introspectiva Religião, do Atrás dos Olhos, Não olhe pra trás, de 2004, uma canção bem rimada do álbum Gigante, e o hit Eu nunca disse adeus, carro chefe do álbum de mesmo nome lançado em 2007.

Na reta final, os clássicos 80: Todos os lados, de 1989, Ficção Científica (a versão do álbum Você não precisa entender, de 1988, porque a versão do álbum Aborto Elétrico é desnecessária) e Independência, de 1987. Obrigatórias em qualquer Set List sério do Capital.

E, pra fechar como se fosse o Rolling Stones tocando Satisfaction e Gimme Shelter, Veranei Vascaína e Música Urbana. Versões fortes, com guitarra no volume máximo e voz indignada de Dinho.

Após histeria total, no bis, a versão elétrica de Passageiro, do álbum Eletricidade, a contundente 1999, do Atrás dos Olhos, novamente, Música Urbana.

1. Fátima
2. Estranha e Linda
3. Eletricidade/2001
4. Kamizake
5. Tudo Mal
6. Psicopata
7. Mickey Mouse em Moscou
8. Autoridades
9. Projetos Engavetados
10. Descendo o Rio Nilo
11. Prova
12. Vem bater no meu tambor
13. Religião
14. Não olhe pra trás
15. Eu nunca disse adeus
16. Todos os lados
17. Ficção Científica
18. Independência
19. Veraneio Vascaína
20. Música Urbana

BIS
21. Passageiro
22. 1999
23. Música Urbana

E aí?? Esquecia algo?? Ficou bom?? Pra mim, seria perfeito.

Passo a vez agora pro Cristiano Castor Troy, que está incumbudo de fazer o Set List do Biquini Cavadão!

PS: É proibido, durante o show, falar as seguintes palavras: moçada e caralho. Cumpra-se.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Discografia Básica: Capital Inicial

O ano: 1986. A banda: Capital Inicial. O disco: Capital Inicial



A opinião:
Qual a chance de uma banda lançar o primeiro disco e 6 músicas de 11 gravadas se tornarem clássicos do BRock80?? Clássicos nacionais?? Esse é o Capital Inicial do Capital Inicial. O primeiro trabalho de Dinho Ouro Preto (cantor e também vocalista), Lorô Jones (guitarra) e dos irmãos Flávio (contrabaixo) e Fê Lemos (bateria) é marcado por um rock cru, direto e influenciado pelo momento social que vivia o Brasil e a entrada do rock inglês no final dos anos 70. O disco que, apesar de lançado somente em 1986, é baseado em canções anteriores, ainda compostas sobre a "administração Turma da Colina".

Flávio e Fê eram da lendária Aborto Elétrico junto com Renato Russo. Depois da separação, o Capital ficou com os clássicos Música Urbana, Veraneio Vascaína e Fátima. Renato levou Que país é este e Conexão Amazônica para a Legião Urbana.

Da santíssima trindade do rock de Brasília dos anos 80, Legião, Plebe e Capital, o Capital foi a última a estrear o primeio álbum. Plebe e Legião lançaram seus debuts em 1985. O Capital em 86. Ah, e a voz do Dinho era muito boa... não parecia tão artifical.

1. Música Urbana
CLASSÍCO! CLÁSSICO! CLÁSSICO! Talvez a primeira música sobre Brasília feita por quem vivia/sofria na cidade com a distância cultural do restante do mundo, superada pelos contrabandos de discos e informações dos irmãos Müller, além da inquietação da supracitada Turma da Colina. A letra composta pelos irmão Lemos e Renato, também conta com a participação de André Pretorius, ícone do nascimento do rock de Brasília.

2. No cinema
Letra simples. Música simples. Canção empolgante. Uma das minha preferidas (junto com frigelis de melão) do álbum.

3. Psicopata
CLASSÍCO! CLÁSSICO! CLÁSSICO! A música de qualquer adolescente que goste de rock nacional. Quase chorei quando a banda cover que eu atrapalhava conseguiu tocar (mal) a música e eu consegui (pior ainda) cantar. Nada contra o Francisco Couco, mas a citação sobre ele na letra é maravilhosa. Guitarra forte. Baixo e bateria alinhados. Indignação na voz de Dinho.

4. Tudo Mal
A minha preferida. Não virou clássico mas para mim é uma música especial. "Quem sabe algum dia/Vamos entender o que passou/Descobrir quem foi que errou". É uma música de autonomia. É uma música de progresso. É o egoísmo saúdavel.

5. Sob Controle
Acho que quando o Capital Inicial fala que tem vergonha dos anos 80, acho que estão falando dessa música. Fraca. Mas totalmente aceitável para primeiro trabalho.

6. Veraneio Vascaína
CLASSÍCO! CLÁSSICO! CLÁSSICO! Música semi-eufemista de subversão à políça. Arranjos agressivos. A letra é um pouco preconceituosa quando fala que somente o pobre quando nasce com instinto assassino vai virar PM. O rico vira o quê?? Deputado ou Senador?? Esquece, deixa pra lá... Mesmo assim, é uma música que quando começa a tocar (a versão original, não o crime do acústico) não tem como ficar parado e não entrar na roda.

7. Gritos
Mais uma música que entrou para o rol de esquecimento. Nada a acrescentar.

8. Leve desespero
CLASSÍCO! CLÁSSICO! CLÁSSICO! Porém manchada pelo sucesso que fez no acústico e posterior pedidos feito pelos fãs de "Toca Natasha". E, como diria meu sábio colega surdo, melhor natasha do que noprego. Mesmo assim é inegável o estrondoso sucesso que a música fez. Uma letra extremamente ácida. Uma música de auto-reflexão.

9. Linhas Cruzadas
Rockzinho leve, letra lacônica e desilusão amorosa. Junte esses 3 ingredientes e tenha uma das melhores músicas lados B do Capital.

10. Cavalheiros
Nada demais. Boa letra mas melodia aquém.

11. Fátima
CLASSÍCO! CLÁSSICO! CLÁSSICO! Uma das mais belas composições do BRock de todos os tempos. Arranjos extremamente complexos para o período em que foi composta. Versão perfeita no ao vivo de 1996. Música atempestiva. Tem o melhor final de música de todos os tempos, com aquelas viradas de bateria e os solos de guitarra. Foi trilha de musical de várias noites à procura do que fazer em Brasília e de diversas rodas de violão.

Se gravarem no DVD ao vivo Tudo Mal, eu tatuo o Dinho nas costas.

Atenciosamente,

Farinha

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

MANIFESTO ORIGENS - CAPITAL INICIAL

O blog www.narotadorock.com, criado por fãs de música dos anos 80, acredita que o Capital Inicial ignora seu repertório da referida década não por maldade, e sim porque nós, os fãs, nunca nos manifestamos ao ponto de que a banda reconhecesse a necessidade de ouvirmos nos shows canções clássicas.


Durante a produção, gravação e lançamento do álbum Acústico MTV, que os trouxe merecidamente de volta à mídia, o Capital, por mais que tenha lançado um produto muito bom, transmutou a expectativa em frustração para todos nós que acompanhamos a trajetória da banda desde o início. Entendemos que o trabalho trazia canções com a alcunha de clássicos como: Fátima, Independência, Leve Desespero, Música Urbana, O Passageiro, Todas as Noites e Veraneio Vascaína. Mas vale lembrar que as músicas que continuaram no setlist dos shows, mesmo depois de outros trabalhos lançados, mantinham seu arranjo no formato acústico, diluindo assim todo o poder de seus arranjos originais, com o agravante de aos poucos as mesmas irem sendo limadas das apresentações.


Acreditamos na dificuldade da banda, que ao possuir uma bagagem imensa de álbuns lançados, tenha que organizá-los de forma coerente, buscando tocar as canções que se traduzam num setlist perfeito. Mas acreditamos que também possamos ser agraciados por ter ajudado a banda durante toda a década de oitenta, enfim, só buscamos o reconhecimento. Ainda mais que o show de gravação do DVD Ao Vivo Multishow será grandioso e gravado aonde tudo começou, afinal, Brasília é o berço do Capital Inicial e a cidade teve a oportunidade de presenciá-los em shows antológicos, sendo este, que se realizará em 21/04, será o maior de todos!


Ao buscarmos idéias para esse manifesto, tivemos uma receptividade incrível de fãs que começaram a curti-los a partir da década de 90, e que também sonham em ouvir nos shows canções clássicas que não são de sua época, mas que fazem parte da sua trilha sonora pessoal de todos que curtem o som de Dinho e companhia.

Então Capital, pedimos a vocês, encarecidamente que seja analisada a possibilidade das referidas incursões. No nosso blog preparamos uma enquete na qual lhes será enviado o resultado, bem como, a participação das comunidades via Orkut.


Você, fã da banda, ajude-nos a divulgar da forma que achar melhor, juntos alcançaremos um número de seguidores que nos auxiliará a ter em DVD, um dos melhores registros de apresentações ao vivo de todos os tempos!


Este manifesto será enviado com cópias para a banda, gravadora, canal Multishow, e-mails, comunidades virtuais e núcleos de cultura de jornais, rádios e emissoras de televisão.


Obrigado pela atenção e um grande abraço!


Cristiano de Queiroz

narotadorock.com

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Cobertura Bikini Party!

Começa o espetáculo! O Biquini começa arrasador com Carta aos Missionários, emenda com Chove Chuva, Bruno dá um banho na galera do gargarejo com água mineral, arrebatador! Na sequência o vocalista anuncia uma música do novo disco e tocam a ótima Em Algum Lugar no Tempo. Agora é o momento estou numa de te azarar gatinha e vamos de Vou Te Levar Comigo emendando a Quanto Tempo Demora Um Mês e mais uma nova Estou Com Saudade de Você. Sequência com Múmias e Dani, Bruno ensina ao público cantar mais uma inédita a canção Cada Um Com a Sua Cara e vem com a sempre atual Toda Forma de Poder e também Janaína. Hora do primeiro convidado da noite, George Israel que está lançando o álbum Distorções do Meu Jardim, toca com o Biquini sua música de trabalho A Noite Perfeita, parceria do saxofonista com Leoni, surge então uma nova roupagem do clássico Lágrimas e Chuva do Kid Abelha com a música incidental Eye Of The Tiger da banda Survivor (filme Rocky) e Tédio, nesta o vocal do Biquini lembra que George participou da gravação original. Agora é a vez de No Mundo da Lua com a indefectível participação de alguém da platéia, desta vez uma menina, vem aí Timidez com a música incidental Wonderwall do Oasis e o segundo convidado da noite, Anderson do Mr. Gyn com composição própria da banda goiana intitulado Sonhando, cantada em uníssono pela platéia e a sensacional Impossível. O biquíni agora toca um cover de Tropa de Elite (Tihuana) tendo como arranjo base a destruidora Enter Sandman do Metallica e uma segunda participação de alguém da platéia, desta vez um rapaz sofre na mão do Capitão Gouveia que pede para ele sair, dá uma lata para o mesmo segurar dizendo: - Isso é uma granada, se deixar cair matará a todos nós; só para citar alguns momentos do filme e finalizam o set com Vento Ventania. O bis inicia-se com Quanto Tempo Demora Um Mês e sobe ao palco o terceiro convidado, Edgard Scandurra do extinto Ira!, tocam juntos outra inédita Só Quem Sonha Acordado Vê o Sol Nascer que dá nome ao novo disco da banda carioca liderada por Gouveia, e uma das mais famosas do Ira! intitulada Envelheço na Cidade. Agora o tablado recebe novamente George e Anderson, mal sinal, o show estava chegando ao fim e juntos tocam o hit Zé Ninguém finalizando a festa.

Foi um show irreparável, inenarrável e inesquecível, o público que lotou as dependências do Clube Jaó saiu maravilhado e esperando que a banda retorne o mais breve possível. Assim como eu já havia destacado no review do álbum Só Quem Sonha Acordado... a banda está imbatível e super entrosada; perguntei a Bruno de onde vem essa energia e o crescimento do show que é um dos melhores do pop nacional, e o mesmo me disse que está cada vez melhor porque a cada reunião da banda eles aparam arestas e dão outras idéias para que o espetáculo fique cada vez mais perto da perfeição. Na minha opinião, o público pode comprovar o quão perto do perfeito a apresentação está. Sensacional, completamente dentro da rota, sem percalços, duas horas do mais puro e sincero rock n’ roll.

O local do show também ajudou bastante em relação às dependências, palco, estrutura em geral. A produção foi nota 10, nunca em Brasília vi um open bar funcionar com tanta autoridade. O público de Goiânia mostrou porque tem tantos eventos, muito participativo e educado, mas como nem tudo são flores, teve uma briguinha durante o evento, que se dissipou tão rápido quanto começou, nada que manchasse o sucesso da Festa Bikini Party. Parabéns!

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sábado, 23 de fevereiro de 2008

Discografia Básica: ZÉ

O ano: 1989. A banda: Biquini Cavadão. O disco: ZÉ.

A opinião:

Aguardava ansioso o sucessor dos LP’s Cidades em Torrente (1986) e A Era da Incerteza (1987), álbuns que já faziam parte do inconsciente de qualquer fã de Brock ou do próprio Biquini, a responsabilidade em suceder discos que tinham as clássicas No Mundo da Lua, Tédio, Timidez, ¼, Ida e Volta e Catedral, só para citar as mais óbvias era uma tarefa nada fácil, mas na minha humilde opinião, a banda tirou de letra. O disco era um debut às experimentações, talvez o grande público não tenha comprado a idéia, mas com certeza, os fãs adoraram ouví-lo e o Biquini gravá-lo. Nós, biquinistas de carteirinha, ganhamos canções sensacionais como Bem Vindo ao Mundo Adulto, Brincando com Fogo e Corredor X e os radiofônicos Teoria e Meu Reino. Acho que entre vendas e encalhes todo mundo saiu ganhando, eu pelo menos adotei o como um dos meus discos preferidos até hoje.

O Disco:

1. Bem Vindo Ao Mundo Adulto:
O disco começa com um tapa, acorde, o mundo não é do jeito que você acha que é “Eu digo Bem vindo ao mundo adulto, não creia em ingenuidades. Amigos sempre fomos, negócios sempre a parte. Você que descobriu tudo isso um pouco tarde!” Uma canção aditivada com metais, coral e uma boa pitada de sarcasmo. Sensacional!

2. Brincando Com Fogo:
Essa meio que locupleta Bem Vindo Ao Mundo Adulto, na primeira você é forçado a descobrir que precisa crescer, nesta você tem que agir e parar de tratar como se o mundo fosse só seu, mexa-se e o faça girar. “O sol nasceu quadrado hoje, você parece nem ligar. O teu descaso é tão grande já começa a me contagiar”. É a tradução do famoso acorda pra cuspir!

3. Corredor X:
Liberdade!!! Com uma boa linha de teclados, final enlouquecido e versos “Como seria bom se o destino nos desse a opção de escolher, por que causa nós vamos sofrer”, descobrimos o sabor de podermos ser livres e definitivamente usarmos o livre arbítrio a nosso favor.

4. Teoria :
A Radio Hit do álbum, tocou incansavelmente mesmo com tema polêmico, era engraçado ouvir os comentários na época, do tipo: “o biquini é uma banda de ateus?”, “interessante as questões filosóficas da música nova do biquini!”. Todo mundo queria ser antenado as questões que a música levantava, e entendidos da vez pipocavam para decifrar o que havia por trás de versos como “Se Deus me explicasse, ao menos me conformaria, mas como acreditar se Deus também é teoria”. Arranjos simples fazem bem o seu papel aliados a uma boa letra e o belo vocal do Bruno.

5. Samba De Branco:
Literalmente um Sambão! De branco, mas não deixa de ser um samba, uma música gostosa e safada afinal, “Eu quero amantes bem safadas e um carrão envenenado. Aquele emprego no governo, eu sou uma ovelha desgarrada” Let’s party!!!

6. Meu Reino:
Um bela balada que nos reflete a introspecção, é o momento de celebrar nosso canto e nossas conquistas, brindar tudo o que possuímos. “Para formar minhas idéias e meus sentimentos. Eu sou a soma de tudo que vejo e minha casa é um espelho”.

7. Na Memória:
O arranjo tem como base os teclados numa canção que se desenvolve nos desencontros do amor. “Você passa rápida na esquina, o mundo parece tão distante e eu torno a acelerar”.

8. Certas Pessoas:
É a valorização do EU! As vezes nós somos a nossa melhor companhia. Keyboard Miguel! “Eu não quero ninguém andando comigo, só certas pessoas. Uma pessoa só já basta”.

9. Meus Dois Amores:
Um folk sarcástico, o violão é base dessa canção que retrata a vida de duas paixões, sua mulher feia e rica e sua égua campeã. “E assim que eu acordo, quero logo te agradar, espero que você nunca me largue e nem me dê um coice pelas costas”.

10. Direto Pro Inferno:
A música com mais elementos do disco, nuances e vinhetas, arranjo perfeito que nos diz que ninguém é bom 100%, enfim, curta também seus dias negros. “As vezes a vida fica tão triste que nem uma mulher peituda é capaz de me alegrar...”.

Ficha Técnica:

, Polygram Polydor, 1989.
Gravado nos Estúdios Polygram, Fevereiro/Abril de 1989
Capa (fotografias): Maurício Valladares.
Capa (design e colagem): Ricardo “McCartney” Leite.

Biquini Cavadão é uma entidade musical incorporada por:
Alvaro Birita Lopes (bateria)
Andre Sheik Fernandes (baixo)
Bruno Gouveia (vocal)
Carlos Coelho (guitarra e violões)
Miguel Flores da Cunha (teclados)

TODAS AS FAIXAS COMPOSTAS PELO Biquini Cavadão

Arranjos de base - Carlos Beni / Biquini Cavadão
Arranjos Adicionais e regência - Miguel Flores da Cunha
Direção Artística: Mariozinho Rocha para MR Produções Artísticas
Produzido por Carlos Beni para Criação Produções
Gravado por Marcus Adriano
Mixado por Marcus Adriano, Carlos Beni e Sheik
Assistência de Produção - Ronaldo C Lima e Paulo André Mossman
Assistência de Gravação - Marquinhos Vicente e Sheik

Participações especiais:
Ronaldo Cunha Lima Filho: Jew's Harp em "Meus Dois Amores", Pandeiro em "Brincando Com Fogo", Conga e Chocalho em "Brincando com Fogo", Bongôs e Congas em "Direto Pro Inferno", Surdo Ganzá Cuica e Tamborim em "Samba de Branco"
Cecília e Betina - Coral em "Bem Vindo Ao Mundo Adulto" e "Corredor X"
Raul de Barros - Trombone em "Samba de Branco"
Beni, Birita e Marcus Vicente - Tamborins em "Samba de Branco"
Metaleiros Radicais - Metais em "Direto Pro Inferno " e "Bem Vindo Ao Mundo Adulto"
Júlia Borja - Narração Adulta em "Bem Vindo Ao Mundo Adulto"
Sheik - Cano em "Certas Pessoas"
Nilton Rodrigues - Flugelhorn em "Meu Reino"

Cordas em "Meu Reino" : Pareschi/ Vidal / Perrota / Zé Alves - Violinos
Jesuina / Penteado / Stephany - Violas
Marcio / Alceu - Cellos

Metaleiros Radicais : Barreto / Nilton Rodrigues - Trumpetes
Roberto Marques - Trombone
Aurino Ferreira - Sax Barítono
Macaé - Sax Tenor

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Review CD: Só Quem Sonha Acordado Vê O Sol Nascer

Existem discos que da primeira vez que os ouvimos não causam estranheza e colam diretamente no nosso cérebro, são trabalhos gostosos de acompanhar e cantar, feitos com honestidade, auras líricas e suas pitadas dançantes, em sumo são obras que foram feitas para serem ouvidas e curtidas milhares de vezes, pelo meu gosto citaria como tais o 9 Luas dos Paralamas, Disco 2 da Legião, All That Cant Leave Behind do U2 e King For a Day... do Faith no More só para ilustrar, a novidade aqui, é que Só Quem Sonha Acordado Vê O Sol Nascer do Biquini Cavadão (2007) entra fácil para essa lista.

Só Quem Sonha... é uma grata surpresa para os fãs, com boas melodias e composições que refletem o dia a dia de pessoas comuns reforçados no tema preferido que é o amor.

Canções do Álbum:

Em algum lugar no tempo: Abre o álbum com uma música para curtir, muito boa que reforça o amadurecimento e entrosamento da banda.

Você me perdoa?: Tem sua pitada reggae, é divertida, tem uma letra cretina e interessante com versos como: “A verdade não cabe no amor... Eu juro pra você, que vai ser pra sempre, até o amanhecer.”

Só Quem Sonha Acordado Vê O Sol Nascer: A canção título é uma ode ao otimismo, é a perfeita tradução da expressão “to cagando e andando”, é impossível escutá-la sem imaginar o Bruno chacoalhando no palco e o público se acabando de pular, sensacional!

Restos de Sol: Música que segue os moldes líricos de Dani e Quanto Tempo Demora um Mês, bastante bonita.

Antes do Mundo Acabar: Canção sobre aprendizado e só o verso: “Antes que aconteça do mundo acabar vou aprender alguma coisa” já é suficiente para a acompanharmos em letra e música e mudarmos algo na nossa vida.

Estou Com Saudade de Você: Ska básico, gostoso e da modalidade gostaria de escutá-la ao vivo, assim como as duas próximas músicas.

Cada Um Com a Sua Cara: Essa é a segunda da tríade quem sabe faz ao vivo, afinal, “cada um com a cara que Deus lhe deu” e curta prá caramba o som dos caras.

Uma Menina Apareceu Pra Mim: Fecha a trilogia seqüencial de canções que foram feitas para empolgar, música pop, dançante, também com sua pitada de Ska, irrepreensível e obrigatória para sair pulando, é só curtir os versos “Vem que não mistério que eu não levo a sério, que eu posso cuidar de mim” e sair cantarolando.

Quem Dera a Vida Fosse Sempre Assim: Mais um reggae, com jeitão de jingle para programas de TV, é uma música de paz, estilo bicho grilo reforçada com letras como “Quem dera a vida fosse sempre assim, pular da asa de um avião, nadar no mar com um tubarão”.

Você Foi Feita Pra Mim: Música bonitinha e romântica “Você foi feita pra mim e vai ser assim, não saio daqui sem você”.

Foi Só Distração: Uma das canções pop mais legais do disco, é a luta pelo amor, afinal “Foi só distração, mas acontece que foi mais sério pro meu coração”.

Alguma Verdade: Você já ouviu a introdução dessa canção em uma publicidade de companhia telefônica, é a fé na vida, na mudança, no fim da violência, com arranjos bonitos e líricos, versos como: “Eu não sei o que fazer, pra ver o mundo em paz, mas garanto que não basta a palavra basta escrita num cartaz” e “Eu só quero uma verdade que me prove que ela existe, que eu não sou um sonhador” atestam a proposta da banda na diversão com responsabilidade, consciência política e preocupação com o futuro. Chega de ostracismo, vamos lutar pelo que é certo, fazer nossa parte!


Quando Já Acabou: Mais uma canção do álbum com seu “Q” de Ska, básica e dançante e romântica e “não, de novo não, com esse papo de se ver quando já acabou”.
Um Beijo Pra Acabar: Bela e encerra o disco de forma melancólica, só nos resta dar o play e começar a ouví-lo novamente, afinal “Mas o tempo vai passar e não podemos terminar assim”.

Só Quem Sonha... é um disco coerente com o estilo da banda, com composições sinceras e perfeito tecnicamente. Discão!!! O Biquini está de parabéns na sua volta a discos autorais e de estúdio desde o Escuta Aqui (2000), a formação Biquinistica com Bruno (Vocal), Coelho (Guitarra), Birita (Bateria) e Miguel (Teclados), reforçados por Patrick Laplan (Baixo) e Walmer Carvalho (Saxofonista), mostra uma banda entrosada e imbatível, não é a toa que a rapaziada faz hoje um dos melhores shows de pop rock nacional. Confira ao vivo!

O disco saiu de forma independente e você já o encontra em lojas virtuais assim como nos shows da banda, além deste, corra também atrás dos álbuns Biquini Cavadão: 1985 / 2007 – Sucessos Regravados – Volumes 1 e 2.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

A um passo da eternidade


Este título serviria para várias pessoas. Entre estas o nosso carismático (?) octagenário Fidel Castro. Ele não morre nunca, mas pelo menos não é mais presidente (oficialmente) de Cuba. É estranho para nós que vivemos em um país com regime democrático, no qual escolhemos nossos representantes (mesmo que escolhas erradas) ver algo assim, em que alguém se perpetua no poder por cinco décadas e sempre é reeleito por ser candidato único. Também têm um partido único em que os representantes nunca discordam de Fidelito senão são mandados direto para o fuzilamento dançar mango.

Acumula-se notícias de cubanos pelo mundo, principalmente EUA, que "sonhavam com este dia", que "finalmente poderei ver minha família". Mas como a única liberdade de imprensa aceita na ilha é a propaganda oficial, é noticiado que o irmão de Fidel, Raul Castro, assumirá seu lugar, com nenhuma mudança aparente.

Como não vivemos na ilha e temos apenas opiniões formadas por matérias publicadas na imprensa brasileira, tendenciosamente contrária as idéias do regime cubano, acreditamos que a vida lá seja uma porcaria. Realmente é uma vida miserável, geladeiras apenas com garrafas d'agua, carros do tempo da Guerra Fria, casas com pinturas desgastadas. Mas como saberemos se realmente a vida deles é ruim se eles não podem falar?

Hoje vivemos em uma sociedade consumista, sedentos por produtos e serviços o tempo todo. Isso gera uma instabilidade ou talvez a principal tese para a violência crescente, além do fator cultural. Por isso que em uma sociedade como a cubana a violência não seja tão banal, pelo simples fato de não haver desigualdade social e econômica. Realmente não há desigualdade social.Lá todo mundo é miserável.

Mas o fato principal da conversa é a queda(!) do nosso querido comuna Fidel, com seus discursos longevos (já imaginou Sílvio Santos presidente vendendo carnês do baú p/ Fidel) e que já fizeram escola (vide Hugo Chaves).Mas será que seu regime é tão ruim? Alguns exemplos: a saúde em Cuba é uma das melhores do mundo, com acesso universalizado e gratuito. O esporte é outro bom exemplo, com as práticas esportivas inseridas no currículo escolar já no primário. O resultado é Cuba como a segunda potência olímpica das Américas e dentre as 10 do mundo.

Os problemas são provavelmente maiores. Médicos (30 a 60 dólares por mês) e outras profissões que seriam hipervalorizadas em outros lugares são desmerecidas financeiramente pelo governo de Fidel. Para reformar sua casa é preciso a autorização do Ministério do Interior cubano. Todos os regimes têm defeitos,
talvez acostumados com a democracia acreditamos que seja o menos injusto.

Vejamos outra hipótese. A família Castro realmente acabe e é convocada eleições gerais p/ Presidente e representantes da população (igual ao regime presidencialista brasileiro). Os EUA comandem esta transição. O interesse americano é puramente democrático, com suas empresas de plano de saúde invadindo o país. Acabam-se a universalização à saúde e somente existirá hospitais particulares. Na pior das hipóteses o atendimento público fique igual ao Brasil. Pode acontecer assim? Acho que sim e não só nesta aréa.

Não que eu defenda o regime de Cuba, até porque por mais batido que esteja este discurso, a democracia é menos indolor.Mas Cuba é um país soberano, não têm petróleo p/ os ianques se interessarem por algo na ilha, então deixemos que eles se virem sem nenhuma interferência externa. Há pessoas que dirão que Fidel fará falta. Outros falarão que foi tarde. A verdade é que igual a ele nunca mais veremos. Rejeitar ajuda e aguentar embargo americano por todos estes anos não é para qualquer um. Também que falta faz um MC Donald's. Qualquer um vive sem.

Agora pergunta pro Fidel se ele vive sem sua riqueza avaliada em aproximadamente 1 bilhão de dólares.E quando perguntaram pra ele por que a população passava fome e ele tão rico a resposta foi:
" Estou guardando p/ uma nova revolução e quem sabe p/ minha aposentaria..."

Até breve. Viva la revolucion, Zapata vive!!!!!!

Danilo Duff

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Bruno Gouveia


Porta do quarto do hotel. A entrevista era para durar 30 minutos. Foram 3 horas no total.

Dia 20/07/2007. Sagüão do Hotel Meliá de Brasília. 10h da manhã. Bruno Gouveia, vocalista do Biquini Cavadão, concede entrevista à uma rede de televisão. O motivo era o cancelamento do show previsto para acontecer na noite anterior, no evento chamado Super Jam Session, devidamente coberto aqui, aqui e aqui.

Bruno, na noite anterior, fez o possível para o show acontecer. Aguardou, no local, o máximo possível. Falou, pelos auto-falantes, tentando acalmar o público presente do lado de fora. Não foi o suficiente, mas Bruno não arredou o pé do local, mesmo depois de 5h de atraso e confusão.

Bruno Castro Gouveia é mineiro de Ituiutaba e lidera o Biquini Cavadão, banda que dispensa apresentações, mas destaca-se por ser uma das poucas do BRock 80 que conseguiu sobreviver aos anos 90 fazendo show. Vento Ventania, inclusive, foi a música mais tocada nas rádios de 92 (informação dada pelo prórpio Bruno). É muito complicado colocar uma lista de músicas clássicas do Biquini. Vem desde Tédio até Dani.

Meu 1º contato com Biquini se deu quando ouvi Zé Ninguém. Não me lembro o ano, nem a ocasião, mas é claro em minhas obscuras memórias a imagem de Bruno com suspensório gritando "Eu sou do povo, eu sou um Zé Ninguém". Daí, por conseqüencia, fui crescendo e ouvindo sempre as músicas que tocavam na rádio. Fui ter um maior contato depois que um colega de faculdade me indicou o álbum "O melhor do Biquini Cavadão". Covardia! É muito fácil gostar de Biquini ouvindo um set-list contendo Vento Ventania, Tédio, Zé Ninguém, Timidez, Múmias, 1/4, Domingo, Ida e Volta, Impossível, No mundo da lua, Arcos, Teoria, Meu Reino e Cai água, Cai Barraco. É como começar a gostar de Titãs por ouvir Cabeça Dinossauro ou Que país é este da Legião. Sei que é uma coletânea, mas é perfeita.

O primeiro show que vi foi o do Rock in Rio. Foram praticamente 3 anos de espera. Não podia ter começado melhor. O show, apenas um aperitivo da turnê do álbum 80, foi o mais vibrante e, para mim, um dos destaques do festival, ao lado da Plebe Rude, do Tom Zé e do Branco Melo.

Lobato e Lobato

Voltando ao sagüão do hotel, depois da entrevista e de um breve encontro com a trupe d´O Rappa, Bruno nos convida para realizar a entrevista no quarto (sem gracinhas...). "Vamos fazer a entrevista em meia-hora porque tenho algumas coisas pra fazer e hoje é casamento do Phillipe (Seabra, Plebe Rude)". Subimos 10h. Descemos 13h. É impossível conversar apenas meia-hora com o sujeito. Bruno, além da competência em cima dos palcos, é um ser-humano na mais ampla definição que isso pode gerar. Engraçado, contundente, muito inteligente, sagaz e, principalmente, inquieto.

Inquieto porque consegue embasar qualquer resposta e concatenar com diversas idéias que parecem viajar numa velocidade incalculável dentro de sua mente, visando ser claro em suas colocações. Consegue relacionar South Park com política brasileira, geografia política com insônia. É um rockstar e, acima de tudo, simples e autêntico. Engraçado e indignado. "A platéia grita Zé Ninguém durante os shows com a mesma intensidade de alegria e raiva."

Respondeu à todas as perguntas feitas. Seu relacionamento com os amigos de banda. A admiração pela competência de Álvaro Birita em compor. "Álvaro é um ogro na melhor concepção da palavra. Meu Reino, Teoria e Impossível são composições dele... É um gênio".

Ao perguntar o que ouvia em seu I-pod, foi sucinto: "Confere aí..." E colocou o aparelho na mão do Cristiano Castor Troy. Uma rápida zapeada revelou: disco novo do Nenhum de Nós, disco novo do Brian May (Queen) e uma banda lá que eu não conheço mas fiz cara de bom entendedor pra não passar por muito idiota.

Perguntado sobre a evolução do público que o acompanha, foi muito tranquüilo: "Hoje, o nosso fã que é muito mais novo, tem dificuldade em reconhecer nosso grandes hits. Conseguem se identificar com as músicas novas. É natural. O fã antigo saiu da primeira fileira e foi um pocuo mais pra trás. Ele aproveita de maneira diferente. O cara amadurece, muda as prioridades e acaba mudando sua concepção. Ele saiu de um ao vivo com muita guitarra e prefere ouvir o acústico, mas não porque ele parou de gostar de rock, mas imagina o seu dentista cantando enquanto faz o seu tratamento: ATÉ QUANDO ESPERAR, A PLEBE AJOELHAR!! Não tem como... o Capital se adaptou a isso. Se ficou ruim, não cabe a mim julgar." Bem Bruno, eu julgo por ti: antes o Capital era muito melhor.

Bruno estava alergre, ansioso pelo lançamento do disco novo, Só quem sonha acordado vê o sol nascer, que estava previsto pra lançamento dois meses depois daquela data. Mostrou, como um pai que apresenta um filho recém-nascido, as primeiras gravações da música e por conseguinte sabíamos que ia ser um discão!

Ao ser perguntado se gravaria um acústico, foi lacônico: "Sem dúvidas! É um formato que, quando bem feito, me agrada." Comentou sobre os acústicos brasileiros: "O do Gilberto Gil é muito bom. O do Titãs serviu pra mostrar que uma banda de rock podia vender mais de um milhão de cópias, mas foi um último suspiro, do tipo: vamos convidar fulano, beltrano e ciclano para abençoar, mas mesmo assim é muito bom. Só não faria a continuação, o Volume Dois, apesar que os Titãs acertaram no nome do álbum. Aquilo é para ser ouvido no volume dois do rádio". Quando falamos do álbum 80, ele falou que gostava muito do repertório, mas que queria ter gravado a canção Aluga-se, de Raul Seixas. Não gravou porque na mesma época os Titãs gravaram em "As dez mais". Pensamos numa versão 90 do 80. Ele foi categórico: "Com certeza teria Raimundos. E, eu gostaria de gravar Mulher de Fases. É perfeita a música."

Bruno é quem coordena o site da banda. Se não for a primeira banda com site no Brasil, é uma das primeiras com certeza. Eles começaram em 1996. Pra quem não se lembra de 1996 ou não era nascido, a internet era à carvão, os computadores eram à carvão, as churrasqueiras eram à carvão e as carvoarias eram à carvão. Isso explica a íntima relação de Bruno com a grande rede. Bruno mostrou-se profundo conhecedor de sites, blogs e do cotidiano virtual.

Enfim, o arquivo com o áudio da entrevista padeceu, mas da memória não sai a figura única de Bruno. Um cara apaixonado por rock. Pra mim, um fã, foram 3 horas mágicas (eu sei que é piegas e boiola, mas foram). A admiração só aumentou. Bruno, obrigado.

Abraços,

Farinha
Lobato, Bruno e um desconhecido.
PS: Bruno, caso você leia esse texto, duas coisas: o episódio de South Park que comentamos era o que mostrava o africano adotado chamado Starvin Marvin e desculpa-pela-demora-foi-mal-mesmo.

Biquini Cavadão em Goiânia!!!

O Biquíni Cavadão estará de volta à Goiânia para deixar a cidade de pernas pro ar, a banda liderada pelo carismático Bruno Gouveia apresenta um dos melhores shows do pop rock nacional e mostrará no Clube Jaó todo esse vigor juntamente com seu 10º disco: Só Quem Sonha Acordado Vê o Sol Nascer (2007). O show que contará com os convidados Edgard Scandurra (Ex Ira!), George Israel (Kid Abelha) e Anderson (Mr.Gyn) está sendo muito aguardado e contará com a presença maciça de Goiânia e Brasília, o Jaó ficará pequeno para tamanha celebração.

A Rota do Rock prestigiará o evento e durante a semana trará algumas curiosidades sobre a banda.
Serviço: BIKINI PARTY (Mega festa com Biquini Cavadão & convidados)
Data: 23/2/2008 (sábado)
Local: Clube Jaó
Informações: (62) 3941 6070 ou www.bikiniparty.com.br
Ingressos: [OPEN BAR] antecipados promocionais até dia 20/02 (valores referentes a meia entrada)
* Valor vip (cerva, água e refri) R$ 30,00
* Extra vip (em frente ao palco - open bar: cerveja, água, refri, vodka e suco) R$ 40,00
Vendas: Trupe do Açai, Bob’s, Bali, Officina Grill, Rival Calçados e Jaó

O Bruno na Rota

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Açougue cultural T-Bone

Enquanto terminamos de preparar a matéria especial sobre Fortaleza, vai um texto sensacional sobre dois assunto que eu já queria ter escrito: açougue que traz cultura e paradas de ônibus da W3 Norte.

Com a palavra, Moriael, que o programa de head-hunter NRDR trainee pretende, futuramente quando pudermos comprar o passe dele, convencê-lo a escrever de graça para nós:


COMAM CARNE VERMELHA!

O título do post pode soar estranho, mas me sinto obrigado a homenagear e divulgar o trabalho de um cara que é um héroi. Luiz Amorim é o dono do Açougue Cultural T-Bone, aqui de Brasília. Fica na 312 norte e tive o prazer de virar cliente dele há uns 10 anos.

picture1.pngLá tem tudo que se espera de um bom açougue: carne de qualidade, bom preço, atendimento de primeira. Esse último quesito então é cumprido à risca pelos divertidíssímos atendentes, os quais adoro sacanear quando o Mengão ganha - mas que preciso aguentar calado nas raríssimas vezes quando os timinhos do Vasco ou do Fluminense têm a sorte de ganhar alguma coisa.

Mas o que torna o T-Bone tão especial? E que papo é esse de Açougue Cultural?

Porque não é de hoje que o Sr. Luiz Amorim, um apaixonado por livros, alfabetizado apenas aos 16 anos, resolveu fazer um trabalho que merece aplausos diários, promovendo a partir do Açougue, a cultura da cidade.

Além de muita carne é claro, o T-Bone é uma verdadeira biblioteca pública. Tem todo tipo de livro para pegar emprestado pelo tempo que achar conveniente. Quando o espaço apertou, surgiu o “Espaço Cultural T-bone”, ali na 712 norte. O açougue também é o point da já conhecida “Noite Cultural T-Bone”, onde novos artistas da cidade dividem o palco com estrelas já consagradas. Por conta dessa versão inovadora de açougue, Luiz já foi diversas e merecidas vezes tema de reportagens em jornais e revistas, além de entrevistado no Programa do Jô.

Mas a última do T-Bone merece ainda mais destaque: foram colocadas diversas estantes com livros para empréstimo em pontos de ônibus da Asa Norte. Sem vigia, sem lista, sem controle aparente. Uma iniciativa de tirar o chapéu que promove não só o hábito de leitura mas como divulga que é possível confiar no “bom comportamento” de quem passa por ali sem vandalizar o espaço. Serviço de utilidade pública, obra com a criatividade característica do Luiz Amorim e sua equipe.

Se isso vai ajudar a financiar mais obras como estas, defendo que todos comam mais carne vermelha! Mas não deixem de comprá-la no único “açougue do mundo onde os bois são alfabetizados”, como diria o Cláudio, gerente do T-Bone.


Moriael Paiva, que é gerente de comunicação digital da Knowtec, também entende tudo de marketing político e é fã de iguarias, como a coxinha de frango no boteco do Geraldo.


Agora eu de novo: Cada um tem um jeito para resolver os seus, mas o único caminho para os problemas de todos é a educação.


PS: Texto original no blog do autor. Valeu-brigadão-abraços-depois-te-pago-uma-coca-cola.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Dicas de Cultura Parte 1

Olá pessoas!

Este post é uma dica para quem gosta de curtas metragens, tem um site que possui um acervo interessante e acessível, não consegui baixar nenhum filme, mas na pesquisa encontrei pérolas como "Ilha das Flores" do fantástico Jorge Furtado (Houve Uma Vez Dois Verões, O Homem Que Copiava, Meu Tio Matou Um Cara só para citar alguns).

A pesquisa tem opções avançadas para facilitar sua busca e reduzir as opções de resultado, para você poder ir direto no que quer, e não ficar perdendo tempo, a cara do site é simples e bonita, além de ser boa a sua navegabilidade, tem notícias sobre curtas, links muito legais, opção de fazer sua cinemateca, ou seja, vale a pena conferir.

O site é patrocinado/mantido pela PetroBras, empresa que tem ajudado o nosso cinema.
Então não deixe o trem passar, assista a curtas brasileiros. Acesse http://www.portacurtas.com.br/index.asp e se delicie com o material lá encontrado, não esqueça de divulgar e colocar nos favoritos.

Salve Todos!

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

FILMES FILMES FILMES FILMES FILMES FILMES

Mesmo gripadaço tive que ir ao cinema neste FDS para assistir duas estréias.

Cloverfield é muito bacana e não é pioneiro, afinal, câmeras tremendo já nos foram apresentadas na Bruxa de Blair, outra comparação com a Bruxa é o hype criado em torno dos filmes graças a Internet, assim como Serpentes a Bordo. Mas acho que comecei errado a falar de Cloverfield, porque Bruxa de Blair é um bom exemplo de como não se deve fazer um filme, Serpentes a Bordo é um trash de 1ª qualidade que teve a sorte de contar com Samuel L. Jackson e Cloverfield não é ruim, longe disso, provavelmente o que atrapalhará sua cotação pessoal em relação à película será sua proporcional expectativa, assim aconteceu comigo.

A perspectiva em nos aproximar das personagens deixando o monstro apenas como pano de fundo é ótima, a fotografia que lembra uma filmagem caseira é interessante, os atores fazem bem o seu trabalho e como todo filme de ação tem que ter sua mentira, neste, a mesma é difícil de engolir, me diga, que filmadora caseira filma mais de 10 horas na mesma fita e sem acabar a bateria? Essa é uma autêntica filmadora Tabajara.

O diretor Matt Reeves já colhe frutos pelo seu trabalho, várias propostas começam a pipocar na sua mesa, inclusive já acertou para 2009 a continuação que será trabalhosa, porque se ele continuar com a mesma idéia vão dizer que faltou imaginação e se optar por algo mais acadêmico será acusado pela falta criatividade.

A história? Nova Iorque pela milésima vez é destruída e acompanharemos a saga pela sobrevivência das personagens com uma câmera em punho. Dica: Se você é dos que enjoam fácil, assista antes comer algo, ou o treme treme vai te deixar meio de bucho embrulhado.

Vá com fé, a rota é bem pavimentada, longe de ser Anhanguera (São Paulo) merece um belo 7,5.

Sweeney Todd, O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet me deixou um problema sério para administrar, eu sou um cara que odeio musicais, e esse é quarto deles que me amarrei, os outros foram: South Park, Moulin Rouge e Estranho Mundo de Jack (este escrito e produzido por Tim Burton). Tá certo, como todo musical tem suas partes (canções) chatas, mas nada que atrapalhe a diversão.

Tim Burton é o cara, sem sombras de dúvidas, tem uma filmografia sensacional e como todo gênio é amado ou odiado. Sweeney Todd é seu quinto trabalho em conjunto com Johnny Deep (Edward Mãos de Tesoura, A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça, A Fantástica Fábrica de Chocolate e a Noiva Cadáver) que resulta em uma simbiose perfeita!

A parte técnica ultimamente nos filmes de Tim tem sido um espetáculo à parte, trilha sonora, fotografia, montagem e etc, funcionam como um relógio suíço. As três indicações ao Oscar para melhor Ator (Johnny Deep), Direção de Arte e Figurino são merecidas, mas minha torcida mesmo fica para o prêmio de Ator; Academia, não deixe o velho Johnny, mesmo com bons concorrentes (Daniel Day-Lewis, George Clooney, Tommy Lee Jones e Viggo Mortensen), de mãos abanando, por favor!

O demoníaco barbeiro busca vingança contra o crápula Juiz Turpin (Alan Rickman), que não faz inveja alguma ao Juiz Nicolau Lalau e o ex-Senador Roriz, que o bota em cana só para se apossar de sua família. O elenco de apoio é excelente, destacando-se aí a bela performance da horrosa Helena Bonham Carter que ajuda Sweeney em sua trajetória íntima em busca de sangue.

Filmão em todos os sentidos, eu recomendo, na rota, sem desvios, sensacional, merece nota 9,0 por ser um musical, senão, seria 10.

RODAPÉ: Está passando quase despercebido nos cinemas o filme O Gângster, dirigido por Ridley Scott (Blade Runner, Gladiador, Alien só para citar alguns) e brilhantemente protagonizado por Denzel Washington (Frank Lucas) e Russell Crowe (Detetive Richie Roberts), conta a história do primeiro negro a passar a perna na máfia e criar sua própria distribuição de drogas e do detetive honesto que persevera fazendo uma das maiores prisões de todos os tempos. Filmão de primeira e muito sacaneado pelos membros da Academia de Hollywood por ter abocanhado só duas indicações ao Oscar (Direção de Arte e Atriz Coadjuvante (Ruby Dee). Na Rota, darei um 8,5 por que deveria ser um pouco menor.

LINKANDO: Eu ia falar sobre o divertido A Lenda do Tesouro 2, mas vou abrir espaço para você ler sobre o mesmo no blog Roteiro, Script e Crítica que tem impressões muito parecidas com as minhas.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Revista Vanity Fair homenageia Alfred Hitchcock

O bordão uma imagem vale mais que 1.000 palavras, pode soar arrogante, mas a verdade é certeira, uma prova disso é o belo ensaio publicado na revista gringa Vanity Fair que homenageia o mestre do suspense Alfred Hitchcock, recriando cenas de seus grandes clássicos como: Disque M para Matar, Janela Indiscreta, Marnie - Confissões de Uma Ladra, Rebecca, Pacto Sinistro, Vertigo, Ladrão de Casaca, Um Barco e Nove Destinos, Os Pássaros, Intriga Internacional e Psicose.

As belas fotografias reproduzem fielmente o trabalho do mestre com um elenco de fazer inveja, citarei alguns só para que você fique de boca aberta: Renee Zellweger, Gwyneth Paltrow, Robert Downey Jr., Javier Bardem, Scarlett Johansson, Jodie Foster, Charlize Theron, Marion Cotillard, Naomi Watts, Keira Knightley, Jennifer Jason Leigh e Seth Rogen.

O blog gringo Faded Youth é o responsável pela divulgação das fotos que farão você babar:

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Filmes com adolescentes e JUNO!

Filmes com temática adolescente e/ou infanto juvenil geralmente rendem boa diversão, seguindo uma matemática (temática, matemática, sacou?) simples somada a temas e esses aborrecidos, teremos com minha respectiva cotação os filmes:

Vampiros: Os Garotos Perdidos – Cotação: 8,0

Piratas: Os Goonies – Cotação: 10,0

Bebidas e sexo: Superbad – Cotação: 9,0

Escola: Clube dos Cinco – Cotação: 9,0, Namorada de Aluguel – Cotação: 7,5 e A Garota de Rosa Shocking – Cotação: 7,0

Tédio: Curtindo a Vida Adoidado – Cotação: 10,0

Carteira de Motorista: Sem Licença Para Dirigir – Cotação: 7,5

Neuras: Uma Noite de Aventuras – Cotação: 7,0

Computadores: Jogos de Guerra – Cotação: 8,0

Extraterrestre: E.T. – Cotação: 10,0

Vai dar certo: Negócio Arriscado – Cotação: 8,0

Informática e criação sem devida explicação: Mulher Nota 1000 – Cotação: 7,5

Robôs alienígenas: Transformers – Cotação: 8,5

Desejo e realização sem sentido: Quero Ser Grande – Cotação: 8,5

Pai? Mãe? Cadê Vocês?: Esqueceram de Mim 1 e 2 apenas, o resto é fuleragem. – Cotação: 8,0 para ambos

Gravidez: Juno – Cotação: 8,5 (Não citarei Em Qualquer Outro Lugar com a Natalie Portman, porque mesmo sendo um filme de adolescente grávida, é um drama sessão da tarde pé no saco e só vale por causa dela e da Susan Sarandon).

Outras pessoas colocariam na sua lista clássicos como Footloose (8,5), A Última Festa de Solteiro (7,5) e Porky’s (7,0), eu não, porque mesmo sendo Superclássicos, as personagens estão com perfil de quem está prestes a entrar na faculdade, o que já distancia da temática adolescente que resolvi desenvolver.

Todos os filmes citados possuem seu status de clássico, com excessão dos sensacionais Superbad e Transformers, que são de 2007 e terão um tempo para mostrar se possuem fôlego ou não para continuar na lista.

Outro que seguirá o mesmo caminho, mas sai na frente de Superbad e Transformers é Juno, pois em função do hype criado concorre a quatro Oscar: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Atriz, Melhor Roteiro.

Na minha humilde opinião, leva a estatueta de Filme só no caso de zebra, para Diretor (Jason Reitman) e Atriz (Ellen Page) a história também é complicada porque tem gente boa e treinada no páreo, a melhor das perspectivas ficam para Roteiro, mas, tem o Conduta de Risco lá cutucando.

Juno é um filme muito bom e divertido, além de seus momentos de emoção para moçoilas com lenço em punho, possui muitas qualidades e vale cada fotograma elogiado, podemos destacar: fotografia belíssima, trilha sonora que ajuda a compor o ambiente (apesar de umas canções chatas), a direção de Jason Reitman (do fodaço Obrigado Por Fumar), Michael Cera faz bem o papel de adolescente “panga” de pangaré e a super Ellen Page que está em vias de fato de completar 20 anos; a moçoila já havia me chamado a atenção em X-Men 3 no papel de Kitty Pryde e no filmaço Menina Má.com. Agora ela mostra todo o seu potencial no papel da adolescente Juno, grávida de primeira “pinbada” e que tem que segurar as barras e neuras que essa condição podem trazer.

O elenco de apoio com J.K. Simmons (pai de Juno), Allison Janney (madastra da bela moçoila), Olivia Thirlby (amiga maluca para o que der e vier), Jennifer Garner e Jason Bateman (Casal que quer adotar o “preazinho” de Juno) seguram legal o filme e ajudam a dar veracidade a história.

Na minha concepção (essa palavra pega bem em filme sobre gravidez?) vá ao cinema, pois vale à pena, o filme nunca Sai da Rota, legal pacas e ainda tem Ellen Page, é uma daquelas que queríamos levar prá casa mesmo “buchudinha”, ternurinha e uma maravilha de atriz!

P.S.: Na relação de filmes clássicos, se você não viu algum, corra atrás e assista Mané, tu tá perdendo tempo!

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SoSuechtig, Burajiru