terça-feira, 31 de março de 2009

Brasília 49 anos, pode ser tudo, menos uma festa!

Os pilares de uma sociedade são fundados na segurança, educação e saúde. E por que não na cultura?

Todos nossos pilares estão sendo destruídos. Os três principais já são motivos de preocupação, pois os problemas só aumentam: a educação não é valorizada e, se não há respeito, desenvolve-se a violência, e se esta é óbvia, existem mais atendimentos nos hospitais, e, sem atendimento médico, avistamos morte e sofrimento.

Não existe política pública e séria para promover segurança, educação e saúde, Isso é fato! Afinal, vemos exemplo dessa derrocada todos os dias de nossa existência.

A cultura é uma das vítimas desse aviltamento! Esse discurso não é pelo fim dos artistas que desaprovo, pois há espaço para todos. Esse discurso é pela valorização de um bem comum que pode ajudar em vários aspectos nas dificuldades que afligem segurança, educação e saúde. Com cultura, a sociedade se desenvolve e aprende a ter, no mínimo, respeito.

A festa de aniversário pelos 49 anos de Brasília, que acontecerá dia 21/04, é um arquétipo perfeito para as citações acima. Apesar de não gostar dos confirmados Xuxa, Jota Quest, Jorge e Matheus, Cláudia Leitte e das possíveis apresentações de Padre Marcelo Rossi e Ivete Sangalo. Creio que alguns deles deveriam vir, sim, mas todos juntos é uma desvalorização total de um molde cultural razoável.

Na festa de 2007 dava forma ao evento, Calypso e Zezé di Camargo e Luciano, mas também Os Paralamas do Sucesso, que já provaram o seu valor cultural. Em 2008, era a vez de Chiclete com Banana, RBD e o cantor Leonardo. Capital Inicial, que é a cara da cidade, fez um show maravilhoso e inovador, mostrando porque estavam ali.

As comemorações para 2009 tornaram-se uma prova do mau gosto. Houve a preocupação apenas com o “populismo” e não com a “responsabilidade”. Sim, concordo que os políticos têm a necessidade de ser populares, mas não podem, nunca, afastar-se da responsabilidade de governar e perder a oportunidade de deixar um legado social e útil para o povo.

Reitero! Ok, tragam esses artistas, mas valorizem também quem pode dar exemplo e ensinar algo. Afinal, nem só de circo vive o homem.

Para que você tenha consciência da opinião do N.R.D.R., separei alguns links abaixo para que você não nos ache pedante. Leia nossa opinião. Apenas nos preocupamos com o futuro da nação. Que País é Este?

P.S.: Depois desses shows, U2 em Brasília 2010 é obrigação! Embora utópico.

Links:

O Julgamento de quem gosta de Música (aqui)
Música pra que? (aqui)
Modernidade Sim! Esculhambação Não! (aqui)
A Cultura como Elemento Conscientizador e Mobilizador de um Povo (aqui)
Brock engajado dos anos 80 (aqui)

segunda-feira, 30 de março de 2009

Conferência Nacional de Comunicação

Senhoras e senhores;

Transcrevo abaixo texto de convocação para a Conferência Nacional de Comunicação que se realizará em dezembro deste ano aqui em Brasília. É um momento ímpar para discutirmos e melhorarmos a programação da tv brasileira que é pouco educativa e cultural.


Conferência Nacional de Comunicação: O que temos a haver com isso?

A presença de mulheres, negros, homoafetivos e portadores de necessidades especiais na mídia ainda é marcada por preconceito e por falta de espaço.
Os trabalhadores dos movimentos sociais, populares e sindicais também sofrem a mesma discriminação. Quando há reivindicações salariais e mobilizações por melhorias, os trabalhadores aparecem como baderneiros.
Servidores Públicos, professores, médicos, psicólogos, bancários e tantos outros que atendem a população do nosso Brasil enfrentam uma mídia comprometida com interesses políticos e econômicos.
Quando o cidadão não aceita o conteúdo da televisão, não tem alternativa senão desligar e ficar desinformado. Trabalhadores de rádios, TV’s comunitárias, em luta por programas educativos que reflitam a realidade brasileira, são perseguidos presos e têm seu equipamento confiscado.
A democratização da comunicação no Brasil sempre foi vista como uma utopia. Agora, porém, começa a surgir uma expectativa de mudança. Em dezembro deste ano será realizada a 1º Conferência Nacional de Comunicação, em Brasília, por força da mobilização de várias entidades junto ao governo. As etapas municipais e estaduais começam a ser organizadas.
Neste momento histórico, convidamos todas as organizações da sociedade civil a colaborar na discussão sobre a mídia. Precisamos nos mobilizar para a conferência regional de comunicação. Temos que dar voz aos cidadãos, movimentos sociais, entidades e sindicatos. Vamos lutar para mudar a realidade e levar nossas propostas à Conferência Nacional de Comunicação.
Encontro de discussão sobre a Conferência Nacional de Comunicação:
Data: 30 de março de 2009 (segunda-feira)
Horário: às 19h.
Local: Auditório da CUT-DF SDS Ed. Venâncio V - 1º Subsolo

Comissão Distrital Pró-Conferência Nacional de Comunicação.
Central Única dos Trabalhadores – CUT-DF
Para aqueles que não puderem ir na reunião mas que tem interesse em saber mais sobre a conferência o telefone da CUT aqui no DF é 3251 9374 - Fax 3251 9393
Abraços a todos;
Carlos Henrique.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Kiss no Brasil !!!!!!!!!

Está confirmado! O show do Kiss fará parte da turnê “Alive/35”, em comemoração aos 35 anos da banda, que não pisa em solo brasileiro desde 1999, na turnê Psycho Circus, e desde então, não lançaram nenhum trabalho novo.

Todavia, de acordo com a revista Rolling Stone, o quarteto lançará ainda este ano um novo disco. Confira o trecho da reportagem:

“Por diversas vezes, integrantes do grupo disseram à Billboard que eram dois os motivos pelos quais não gravaram novos álbuns. O primeiro: ‘o tamanho da bagunça que virou a indústria fonográfica’, como afirma o baixista Gene Simons. O outro lembrado por Paul Stanley, é: ‘fãs podem tolerar músicas novas, mas querem mesmo ouvir as antigas’.”

Kiss é uma banda de hard rock, formada em Nova York no ano de 1973, que ficou conhecida mundialmente por seus shows mega produzidos, juntamente com suas roupas e maquiagem, marcando toda uma geração.

Inspiraram-se na banda New York Dolls e Alice Cooper para a formação do estilo irreverente nos palcos (e também fora deles). A maquiagem foi definida se baseando em elementos referentes a verdadeira personalidade de cada um. Gene Simmons adora filme de terror e assumiu uma maquiagem que o deixaria com cara de mal. Paul Stanley pintou uma estrela em seu olho direito pois sonhava em ser um astro do rock. Ace Friley concebeu sua maquiagem baseada no espaço sideral e numa estética futurista por ser uma pessoa "aérea" e dispersa. Por adorar felinos, Peter Criss adotou uma imagem de homem-gato, acredita ainda que tenha sido um gato em outras encarnações.

Após várias mudanças na sua formação, o Kiss atualmente é constituído por:
- Gene Simmons (vocal e baixo);
- Paul Stanley (vocal e guitarra);
- Tommy Thayer (guitarra);
- Eric Singer (bateria).

Nessa última formação, temos apenas Gene Simmons e Paul Stanley da formação original. Tommy Thayer entra no lugar de Ace Frehley e Eric Singer no lugar de Peter Criss.

Curiosidade: foi no Brasil o maior público presente nos shows do Kiss. Atualmente o Acústico da MTV do Kiss é o segundo maior em vendas, perdendo apenas para Robert Plant e Jimmy Page.


Provável setlist:

1. Deuce
2. Shout it out loud
3. C'mon and love me
4. Lick it up
5. I love it loud
6. Calling Dr Love
7. Shock me
8. Let me go, Rock’N’Roll
9. Firehouse
10. 100,000 years
11. God of thunder
12. Black diamond
13. Love gun
14. Detroit rock city
15. Shandi
16. I was made for lovin’ you
17. Rock and Roll all Nite


Data e local do show do Kiss no Brasil em 2009:


07/04: em São Paulo, na Arena Anhembi

08/04: no Rio de Janeiro na Praça da Apoteose

Valor dos ingressos: R$ 170,00 (pista inteira) e R$ 350,00 (área vip) .
Ingressos no site http://www.ticketmaster.com.br/ ou quem tiver interesse em ir de excursão o telefone é 61 3033 6017 / 8147 8269 (Luís) ou pelo e-mail rocktotaltour@hotmail.com

Vamos lá galera! Não marquem bobeira, ainda dá tempo!

Até breve,

Abraços, Daiane Ramone

Papos & Dicas!

emmanuelle5 Acordei hoje (27/03) às 3h30 da madruga, o sono foi para algum lugar na P$%@ que o P%¨&! Vasculhei os armários, embaixo da cama e nada de encontrá-lo, a única solução foi "zapear" em frente à TV, no canal Brasil passava a Super Fêmea com Vera Fischer, não obrigado, próximo, no Telecine Action a opção era Emmanuelle 5, no erótico que não é erótico, a tal "Manu" foi sequestrada para fazer parte de um harem, durante o resgate, hahahahaha, a produção erótica adota o estilo Rambo, Braddock e Comando para Matar, quase eu morri de rir, o que não é normal, para algo considerado "erótico" as sensações teriam que ter sido outras!

CatchIfYouCan Mas o "zapear" ficou difícil de aguentar mesmo, quando me deparo no canal Multishow com uma apresentação ao vivo de uma banda chamada Tokio Hotel! Pelo amor de Deus, alguém ponha abaixo esse hotel ou no mínimo interdite por questão de saúde pública. A banda, seus componentes, música e maquiagem são repugnantes, uma coisa pior que a outra. Minha santa Querupita rogai por nós. Acompanhar o mundo da música está cada vez mais difícil!

Um programa para hoje, chegando em casa a tempo, fugindo dos malditos engarrafamentos é assistir ao excelente Prenda-me Se For Capaz, dirigido por Steven Spielberg e estrelado por Leonardo DiCaprio, vai jantando em frente à televisão mesmo, porque o filme começa às 19h25 no Telecine Premium.

nosferatu1922 Amanhã (28/03), tenho uma dica e um AVISO. A dica para quem gosta de terror é o Nosferatu (1922) que irá passar no Telecine Cult às 9h15, caso você se interesse pelo vampirismo, um bônus, às 20h20, no mesmo canal Cult, irá ser exibido A Sombra do Vampiro, que trabalha como se o vampiro Nosferatu fosse um personagem real, interessantíssimo!

Agora o aviso, em hipótese alguma assista a estréia de Jumper, às 22h no Telecine Premium, é um dos piores The-Pro-ZéPedrofilmes de todos os tempos. A atuação de Hayden Christensen é uma das coisas mais terríveis que já apareceram, assim como os tsunamis, AIDS e pancada no saco. O ator Ricardo "cigano Igor" Macchi é um excelente comparado a ele, pode acreditar!

Então, como é final de semana você não quer assistir TV, a boa opção fica para sábado, às 21h, no Landscape Pub. Aonde rolará uma festa-show com a banda carioca Moptop e as candangas The Pro, Brown-Há, Rainha Vermelha e Watson. Pode ir sem medo, The Pro e Brown-Há são sensacionais. Para a galera do álcool, a caipirinha estará liberada até a meia noite. Os ingressos custam: R$ 15,00 (até 23h) e R$ 20,00 (após). A lotação é certa, não marque toca e entre na rota!

quinta-feira, 26 de março de 2009

KISS: I Love It Loud

I Love It Loud é uma música clássica e "felomenal", hit instântaneo do álbum Creatures of the Night (1982), pena que os caras não a toquem mais ao vivo. Creatures tem a missão ingrata de representar o último disco da era mascarada, que definia cada integrante do grupo. Só foram retomar as pinturas quase no final da década de 90, perto de lançar o cd Psycho Circus.

O videoclip dirigido Paul Davey mostra a ruptura do jovem junto aos pais conservadores. O grito de liberdade liderado pelo Kiss! As cenas de estúdio são permeadas por uma apresentação ao vivo da banda com todo seu "poder" de fogo, caras, bocas e língua! Um ótimo aquecimento para quem vai ao show agora em abril.

terça-feira, 24 de março de 2009

Radiohead em São Paulo

Depois de tanto Iron Maiden, vamos falar do outro show internacional de peso que o Brasil teve neste último fim de semana. Apesar de não ter sido em Brasília, eu estava dando um rolé em São Paulo e acabei entrando no show com a ajuda de um corintiano com pinta de malandro que oferecia uma pulseira de imprensa por reles R$150, patrocinados pelas senhoritas Rita Kramer do Disk Rizza e Clarissa do Tsc, tsc, tsc, figuras adoráveis!

Pois bem, não sou fã histérico do Radiohead mas reconheço a importância da banda, além de realmente gostar de algumas músicas. Reconheço a importância do Kraftwerk também, mas nem por isso deixo de achar a banda chata, apesar de interessante visualmente. Não sou nenhum "fãscista" do Los Hermanos também, apesar de gostar MUITO de várias músicas. O fato é que o show só não foi um entretenimento de nível próximo ao supremo porque a organização do Just a Fest escolheu um lugar mais lamacento que a nossa velha Granja do Torto para comportar os 30 mil pagantes e o bar tinha três fichas: R$3, R$5 e R$8, respectivamente água, cerveja/refrigerante e "lanche aleatório não declarado" (e a gente reclamando da cerveja a R$4 daqui com amplas e variadas praças de alimentação).

Fora isto, Los Hermanos empolgou quem estava com saudade, Kraftwerk surpreendeu com os robôs que os substituem, não deixando o show parar, para uma rápida troca de roupa e a iluminação de palco do Radiohead era a decoração.

Eram como aquelas lâmpadas compridas, mas gigantescas, penduradas no palco. Funcionava como um plugin de espectro do Winamp, reagindo às músicas ou aos temas, com várias cores e movimentação constante. Este foi um show à parte, se querem saber. Como a maioria do setlist era baseado no último álbum, "In Rainbows", só fã que é fã mesmo conhecia tudo e cantava junto. É algo meio novo para fãs de "Ok, Computer", acostumados com outra sonoridade. Isto tornou o show morno, só aquecendo a multidão na hora dos hits. Abaixo você vê o setlist, com negrito nas que realmente causaram furor na platéia inteira:

15 Step
There There
The National Anthem
All I Need
Pyramid Song
Karma Police
Nude
Weird Fishes/Arpeggi
The Gloaming
Talk Show Host
Optimistic
Faust Arp
Jigsaw Falling Into Place
Idioteque
Climbing Up The Walls
Exit Music
Bodysnatchers

Bis 1
Videotape
Paranoid Android
Fake Plastic Trees
Lucky
Reckoner

Bis 2
House of Cards
You and Whose Army
Everything In Its Right Place

Bis 3
Creep


Esta última causando lágrimas até neste que vos escreve, fazendo valer cada dor muscular e cansaço acumulado. Um show absolutamente incrível mesmo para os semi-fãs.

Epidemia de Dengue: De quem é a culpa?

Camaradas;


O texto que segue foi produzido por minha pessoa a algum tempo atrás. Em conversa com o Cristiano, manifestei a ele a necessidade de o compartilharmos com outras pessoas visto que o mesmo trata de uma questão de interesse do todos. O que o referido concordou de pronto. Tal necessidade se dá inclusive pelo fato por nós verificado de que quase ninguém tem conhecimento a respeito dos reais motivos que estão nos levando às sucessivas epidemias de Dengue, Febre Amarela etc... em nosso país. Doenças das quais todos nós podemos ser vítimas. Inclusive parentes e amigos próximos.
Faço a observação de que o texto tem um conteúdo eminentemente político e não tem como não ter, pois a gerência da questão e tão somente do Estado e o Estado é uma entidade política.
Além do mais, este espaço (blog), mais do que acertadamente, tem uma abertura para a discussão de questões políticas como aliás já foi demonstrado em diversos textos políticos já escritos e debatidos por mim e demais companheiros.
Sem mais delongas, vamos ao texto.


Epidemia de Dengue: De quem é a culpa?


Nos últimos anos, temos acompanhado pelo noticiário as informações pertinentes à epidemias de dengue pelo Brasil a fora e em especial no Rio de Janeiro. Em vários estados da federação ainda não existe epidemia, no entanto, o número de registros de casos da doença aumentou consideravelmente.
Doenças como a Febre Amarela, que se encontrava praticamente extinta, existente apenas na região amazônica, voltaram com força total. Diante de tudo isso, nos perguntamos: De quem é a culpa?
Os meios de comunicação relatam o problema, mas não a causa. Em 1990, o presidente Collor sancionou a Lei 8.029, autorizando a “extinção e dissolução de entidades da administração Pública Federal”. Foi extinta a Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (Sucam) e criou a FUNASA como fruto da fusão desta última com diversos outros órgãos.
Em 1999, o Governo Federal (ainda nos tempos de FHC) elaborou a Política de Descentralização dos Serviços da FUNASA. Tal política consiste em passar aos Estados e municípios o trabalho de combate às endemias (Dengue, Febre Amarela etc...) onde as secretarias estaduais e municipais de saúde, respectivamente passaram a ser as responsáveis pela tarefa. Os servidores continuaram pertencendo à FUNASA mas passaram a ser geridos pelos governadores e prefeitos. Acontece que as Secretarias Estaduais de Saúde (SES) não estavam e não estão devidamente preparadas para a demanda pelo simples fato de que foram criadas para cuidar de hospitais, que, aliás, já se encontram caóticos. Os recursos são repassados pelo Ministério da Saúde a elas. No entanto, nem sempre são usados de forma integral no combate às endemias. Prova disso, é que na maioria dos estados os servidores trabalham sem as menores condições. Falta quase tudo. De luva passando a uniforme e até carros para transporte de pessoal. Muitos trabalhadores se intoxicam pelo manuseio do veneno de combate ao mosquito. Neste caso, há o afastamento do trabalhador e como não há concurso o contingente que já é deficiente se torna ainda menor. Isso sem falar nos baixos salários, no fato dos mesmos trabalharem expostos ao sol, frio, chuva, enfrentando cachorros e risco de assaltos. No que diz respeito ao material de trabalho, esses problemas não acontecem aqui no DF devido à mobilização que os servidores através do SINDSEP fizeram.Inclusive os trabalhadores conquistaram o Protetor Solar, sendo assim, não trabalham mais sob o sol estando livres de desenvolverem câncer de pele.
No que diz respeito especificamente ao Rio de Janeiro, a situação historicamente sempre foi mais grave. Em 99, no Governo FHC, José Serra então Ministro da Saúde, demitiu, 5.792 Guardas de Endemias, os chamados Mata-Mosquitos. Tudo isso sem nenhuma justificativa minimamente plausível. Tanto que após alguns anos (2003) a justiça concedeu ganho de causa a estes trabalhadores e o seu emprego de volta. Na gestão Serra, foram gastos 81,3 milhões em propaganda e apenas três milhões em campanhas educativas de combate à dengue. Serra se foi como Ministro, mas na prefeitura do Rio, César Maia implementou a mesma política de destruição do Estado do PSDB/DEM. Hoje tal política é implementada por Eduardo Paes (PMDB).
Mas e quanto ao Governo Lula? Há muito, as entidades sindicais, entre elas SINDSEP, CONDSEF E CUT, tem alertado o mesmo quanto à necessidade de reverter a Política de Descentralização de FHC/Serra e o governo finge que não ouve e ignora. A política é mantida porque os prefeitos e governadores de olho nas verbas destinadas aos estados e municípios pressionam o Governo Federal para manter a política de descentralização. Tudo isso para pagar a terceirização e contratar seus “cabos eleitorais” para trabalharem no combate à Dengue e à Febre Amarela nas prefeituras com o argumento de que o atual contingente não é suficiente. Assim conseguem manter o voto destas pessoas. Com isso o Governo Lula agrada os governadores e prefeitos da base aliada e cala a boca dos que pertencem à oposição, ou seja, agrada a “gregos e troianos”.Realmente há déficit de contingente. Mas tal problema é resolvido com a abertura de Concurso Público e não com terceirização, onde a mão de obra é barata mas o trabalhador não possui estabilidade e garantia de emprego. E todos nós sabemos quem são os donos dessas empresas terceirizadas. Grande parte deles está no Congresso e no Senado.
Os servidores da FUNASA cedidos aos governos estaduais e municipais, se encontram sem pai e sem mãe. São verdadeiros órfãos sem ter a quem recorrer no tocante à resolução de diversos problemas administrativos.
Recentemente a governo elaborou uma Minuta de criação da GACEN – Gratificação de Combate às Endemias. No entanto tal proposta contempla apenas Agentes de Saúde e Guardas de Endemias, exclui cerca de 5.000 (cinco mil) servidores em todo o país. No caso do DF, 70% da categoria que atua no combate ao mosquito está fora da proposta apresentada pelo órgão. A justificativa apresentada para tal é de que esse enorme contingente está desviado de função. Se existe desvio é por culpa do próprio governo onde quando era interessante ao mesmo permitiu o envio destes companheiros ao trabalho. Se eles estão lá, foi com o aval do Governo Federal. E mais, foram treinados e capacitados para desenvolver suas tarefas tanto quanto os demais. Portanto, como excluí-los? O governo tem isto sim, que valorizá-los. E para terminar, ainda temos a ausência total de um Plano de Carreira.
E como se não bastasse tudo isso, agora o governo cria o PL (Projeto de Lei) 3.958 que retira atribuições da FUNASA e as repassa ao Ministério da Saúde. É a pá-de-cal no referido órgão, ou seja, a sua extinção.Justamente ela que é uma instituição com mais de 100 anos de vida (juntando o período de SUCAM). Um patrimônio do povo brasileiro.
Tudo isto de que vos falo, representa uma política de destruição e privatização dos Serviços Públicos que como são públicos são nossos. É nessecessário valorizar e dar mais condições de trabalho para o Servidor Público, pois sem isso, é impossível termos um Serviço Público de qualidade. É necessário que haja mais investimentos e concurso público para o setor. Não é justo culpar o servidor com Desvio de Função fazendo-o pagar a conta o excluindo de uma proposta de gratificação. Não é justo colocar a culpa no Servidor Público culpando-o pela má qualidade dos serviços prestados à população. Se os nossos Serviços Públicos não são de qualidade, a culpa é do governo pois ele é o gestor do sistema. Da mesma forma, não é justo colocar a culpa na população sob a desculpa de que tampas de caixa d’água não foram tampadas ou que águas não foram retiradas de pneus. É preciso ir mais além. O problema é político e é necessário que a população saiba disso. Lamentavelmente, os meios de comunicação assim não o colocam e nem era de se esperar o contrário. Porque estão a serviço dos capitalistas de plantão que pregam a destruição do que é público para fazer valer a lógica do lucro fácil através da terceirização e privatização dos Serviços Públicos.

Carlos Henrique Bessa Ferreira, é servidor da FUNASA e diretor do SINDSEP-DF – Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Distrito Federal.

Fotos Iron Maiden em BSB

Para fechar com chave de ouro nosso ciclo de matérias sobre o histórico show do Iron Maiden em Brasília (20/03), curta algumas fotos enviadas pela Assessoria de Impresa. O crédito das fotos é de Felipe Brito.

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Up The Irons!!!

segunda-feira, 23 de março de 2009

20/03/2009 - O Dia em que Brasília Parou!!

Histórico! Inesquecível! Inacreditável! Só quem foi ao show do Iron Maiden na última sexta (20/03) no estádio Mané Garrincha sabe que eu não estou exagerando.
Para quem foi pela primeira vez é um evento único. Este é meu terceiro show, mas a sensação é como se eu estivesse debutando somente agora, tamanha a emoção e o sentimento que causou.
Temos vários exemplos de shows bem produzidos, com excelência na parte técnica (iluminação e som) e sincronia entre artista e público. Mas os shows do Iron são exemplos únicos de extrapolação destes conceitos. Em todos os lugares do mundo, onde a donzela se apresenta a ligação com seus admiradores é única. E com certeza, no Brasil, a relação é ainda mais próxima. É uma legião de fãs muito carismática e apaixonada por tudo o que envolve a banda. Começando pela devoção dos fãs seguindo o grupo desde a sua chegada ao aeroporto, na quinta, continuando pela persistência em frente ao hotel em que estavam hospedados.
Finalizando, dessa forma, com a presença de aproximadamente 25.000 pessoas no mega evento. Um público excelente para nossos padrões brasilienses, e considerando o preço salgado dos ingressos, esta foi a melhor resposta para aqueles que não acreditam que possamos comportar shows desse porte.

Voltemos aos eventos decorridos. Tinha uma grande expectativa em relação ao show, que realmente foi correspondida. Como o maior espetáculo já visto aqui em Brasília, havia ressalvas no quesito organização. Para minha grata surpresa a organização do evento foi um dos fatores mais surpreendentes. Não tivemos problemas com a entrada (estavam muito bem sinalizadas).
Em relação à segurança, foi tudo perfeito, mesmo com a aglomeração de 25.000 pessoas. Se fosse um show de Axé teríamos, com certeza, muitas ocorrências policiais, fato que praticamente não houve. Mais o que me chamou mais atenção foi o horário do início do show. O Maiden entrou no palco às 21h10min, com apenas 10 minutos de atraso em relação ao horário oficial presente no ingresso. Para os britânicos é um atraso, para nós brasileiros, uma honestidade poucas vezes utilizada em outros eventos musicais.
Em suma, fomos realmente tratados como todo cliente e consumidor devem ser tratados, com respeito e seriedade. Só os preços dentro do estádio estavam abusivos, como uma cerveja Sol (Arghh!) custando quatro reais. É o preço que se paga para prestigiarmos o Maiden.

Antes de o Iron entrar no certame, tivemos a ingrata presença da Hanna Montana inglesa: Lauren Harris. Com uma arrogância sem tamanho e músicas que dariam azia até em um copo de Sonrisal, seu show foi totalmente descartável. Duraram eternos 30 minutos. Esperamos mais 30 minutos para o início do grande espetáculo que todos esperavam.
A expectativa era enorme. Quando o relógio marcou 21h10min, as luzes se apagaram e iniciou o clipe nos dois telões ao lado do palco. Ao som de Transylvania eram mostradas imagens da turnê, fãs insandecidos e o Ed Force One nos ares. Welcome to the show!

1.Aces high: até quem não conhece a música (o que é bastante improvável) canta o refrão junto. É hora dos headbengers baterem cabeça. Com o cenário do álbum Powerslave, o público cantando e o céu sem nuvens, eu imaginava os aviões Spitifire sobrevoando o palco. Seriam duas horas inesquecíveis de nossas vidas.

2.Wratchild: Adoro a introdução de baixo do Steve Harris. Foi a única a entrar do álbum Killers no set list do show. Hora de alguém me beliscar para ver se eu não estava sonhando. Olhando no telão percebe-se a capacidade do baterista Nicko Mc Brain de fazer as viradas após o refrão e ao mesmo tempo sorrir para a câmera. Por isso que é considerado o mais divertido da banda.

3.Two minutes to midnight: O primeiro clássico da noite. Esta é cantada desde a arquibancada até a área premium. Só não entendi a roupa utilizada pelo Bruce, que é o figurino utilizado na turnê do Brave New world, já que a temática é do Somewhere in time. Deve estar faltando dinheiro para trocar de roupa.

4. Children of Damned: Esta é pouco conhecida. Bela canção, com o peso certo nas melodias e letra. Boa transição entre um hit e uma balada.

5.Phanton of the opera: Outra que gosto bastante, presente no primeiro álbum. Uma música longa, com uma melodia que quase me fez chorar. Durante os solos, no meio da música, eu observei que Bruce já não demonstrava o desempenho de outrora. Logicamente pela idade e tempo de estrada isto é aceitável, até porque são aproximadamente 100 shows por turnê. Mais ainda é o Mestre Bruce.

6.The tropper: “Scream for me Brasília! Scream for me Brasilia! The troppperrrrrrrr!”.
É assim que Bruce inicia este clássico”. Arrepia ao ouvir TODOS cantando desde o primeiro até o último verso. O cenário de fundo é trocado através de uma espécie de cortina, trocada de acordo com o tema da música. Aqui entra em cena o Eddie, presente na capa do single, empunhando a bandeira da Grã-bretanha. Era a estampa de camisa mais vista em toda a cena. Em um dos momentos mais esperados do show, Bruce Dickinson sobe na parte mais alta do palco, em um nível acima da bateria e balança uma bandeira da Grã-bretanha. Inclusive o Cristiano comentou comigo que algum desinformado falou que não gostou desta atitude do Bruce, que ele deveria pegar a bandeira do Brasil jogada no palco. Se esta pessoa não sabe, a música é justamente sobre a resistência dos ingleses contra os russos. Nada mais coerente que erguer a bandeira inglesa. Fora estes comentários desnecessários, é uma música que levanta até defunto da cova.

7.Wasted years: A baladinha da noite. Dá até para aprender a cantar o refrão na hora. Já que a turnê chama-se Somewhere back in time poderiam colocar outras músicas além desta. Como o set list é seguido rigorosamente, não é possível introduzir outras. Mas esta é muito boa e compensa esta falta das outras canções do álbum.

8.Rime of ancieNegritont mariner: Quem não conheceu a perfeição é só escutar está música. Já havia citado os motivos desta afirmação no post sobre o álbum Powerslave. O impressionante é a capacidade da banda de realizar o mesmo som em estúdio e ao vivo. Com mais de 13 minutos é o momento ideal do show para descansar e apenas admirar o trabalho da banda. Bruce Dickinson demonstra sua capacidade vocal entoando seus agudos durante toda a música. Utiliza também um figurino com um sobretudo que lembra a saga do marujo ancião citado na letra. Uma obra-prima eterna.

9.Powerslave: Voltamos ao ritmo inicial do show. Uma das preferidas do público. Cantada em uníssono na parte “Slave to the power of death...”. A virada da bateria na introdução é o meu destaque da música. No fim viramos escravos do poder que powerslave nos remete.

10.Run to the hills: Os riffs de guitarras iniciais me arrepiam toda vez que eu a escuto. Já passávamos do meio do show e isto me preocupava. Mas não era hora de preocupação e sim de descontração. Passava pela minha cabeça o que ainda estaria por vir.

11.Fear of the dark: Sempre começa com Bruce recitando o nome da música de uma forma sombria. É a única música anos 90 presente na turnê. Talvez o maior hit da banda. É o “Pais e filhos”, e o “Até quando esperar”, e o “Satisfaction” do Maiden. Até a tia do cachorro-quente conhece. Não é por isso que a música perde sua magia, pelo contrário. Se tivesse sido lançada nos anos oitenta veríamos os nostálgicos isqueiros pairando no ar, com labaredas de fogo contrastando com o ambiente sombrio que o instrumental transmite.

12.Hallowed by the name: Sagrado seja o Iron Maiden!! Uma das minhas preferidas por conter uma variação melódica incrível. A introdução, que lembra o badalar de sinos, nos prepara para uma das mais belas composições da banda. Emocionante.

13.Iron Maiden: O ápice do show. Primeiro porque reúne tudo o que o Maiden representa: letra forte, vocal firme e instrumental rápido é reconhecida a quilômetros de distância. Segundo porque esta é a minha preferida neste show. Percebemos que uma música é importante quando ela mexe com a gente. É incrível escutar essa música e lembrar do passado, quando ser headbenger era bater cabeça e cantar do início ao fim toda a letra. Sensacional. Estava me esquecendo. Temos o Eddie também. O querido mascote sempre entra em ação na música que dá nome à banda. O Eddie dessa turnê é aquele com temática futurista-robótica. Com mais de 3 metros de altura ele aponta sua arma para o público e destila rajadas de versos como este: “ Iron Maiden... wants you for dead...” Fantástico!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

14.The number of the beast: A banda sai após tocar Iron Maiden. O público começa a gritar “Maiden, Maiden”. Eles voltam para o bis. E logo invocam o demo com esta música que até os sertanejos de Brasília conhecem como Six, Six, Six. O cenário é um Eddie gigantesco manipulando o diabo. É outra que adoro. Tem algo de mágico, de místico nela. É como se todos tivessem possuídos. Tenebrosooo! Do cenário saem chamas que nos lembram o inferno. Uma música que trouxe toda a fama de satanista ao Maiden. Contudo, é justamente isso que faz deles uma banda única.

15.The evil that men do: A preferida de Bruce. Gosto muito também. O vocal é bem diferente do usual nas outras músicas da turnê. No cenário aparece um Eddie lobotomizado destruindo a Terra para encontrar no centro do planeta seu cérebro que foi retirado no álbum Piece of mind. Uma música especial para o grupo. E para os fãs também.

16.Sanctuary: O fim chegou. É uma canção boa, mas acredito que teriam outras melhores para fechar. Bruce apresenta sir Nicko McBrain na batera, the big boss Steve Harris no baixo, o divertidíssimo Janick Gers, o sério Adam Smith e o carismático Dave Murray nas guitarras. O pessoal pede: “One more song! One more song!”. Infelizmente acabou mesmo.

É hora de fazer um balanço deste que foi, com toda certeza, um dos maiores eventos que Brasília já viu. Com todos os presentes (vinte e cinco mil), servirá de argumento para transformar Brasília na rota dos grandes eventos. E ressaltando: com o show começando no horário, mesmo com o público ainda entrando, serviu de exemplo para mostrar a quem não acreditava que é possível um show iniciar na hora marcada impressa no ingresso. Algo assim apenas se repetirá se incorporarmos em nossa cultura a educação de exigir nossos direitos como cidadãos e consumidores. Espero que venham outras oportunidades como a descrita. A oportunidade de sonhar acordado.
Abraços.
Danilo Duff e Daiane Ramone

Iron Maiden enlouquece o público!

AVISO: Antes que você pare de ler, utilizando do seguinte pretexto: Ah, o cara é fã, fica fácil falar do show. É literalmente o oposto, Danilo Duff é o super fã (ele também vai escrever sobre o evento), eu não sou louco pelo Iron, ao contrário, não acompanhava uma linha ou acorde sequer, só passei a respeitá-los e prestar atenção no trabalho depois show no Rock In Rio em 2001, não sou muito fã de vocais agudos e/ou melódicos, prefiro algo mais “sujo”. Uma das únicas bandas que eu não queria ver no RIR 3, foi a responsável por uma das melhores apresentações que eu já vi na minha vida, atropelando de longe meus favoritos como Red Hot Chili Peppers e Guns'n'Roses, que tocaram no festival.

No show dessa sexta-feira (20/03), não foi diferente, a banda arrasou, deixando a todos os presentes hipnotizados e com um gostinho de quero mais. A expressão impressa no rosto da platéia ao final das 02 horas de Iron Maiden era a de puro êxtase!

As histórias contadas pela platéia eram diferentes, mas levavam ao mesmo lugar, o amor pelo Donzela de Ferro. Narrações como: 1) Uma pessoa ligada à produção me informou que um adolescente comprou uma credencial de um funcionário da Mondo Entretenimento, produtora do show e foi pego no camarim da banda, o que é pior, alegando que era fotógrafo do jornal Correio Braziliense. Terminou indo parar na delegacia, provavelmente pagou caro, ficou sem o sonhado autógrafo e para completar não viu os caras ao vivo; 2) Um alucinado que estava acompanhando a turnê por todo o país; 3) Visivelmente emocionado, o saudosista Diogo, conseguia contabilizar os anos e dias que não assistia o Iron ao vivo, a última vez fora no primeiro Rock In Rio em 11/01/1985; e 4) O segurança que não se aguentava nas próprias pernas, agoniado com a camisa da banda por baixo do uniforme de trabalho, e não via a hora que tudo começasse.

O rock tem o poder de congregar, estavam presentes 25.000 pessoas e nenhuma confusão, a platéia representada por várias gerações, com pais e filhos que fazem parte da nova nata do rock e os bons e velhos "metaleiros" de guerra. Todos com um objetivo, cantar, curtir e se divertir, simplesmente sensacional!

SHOW DE ABERTURA: LAUREN HILL, OPS, LAUREN HARRIS

Em 1998 rolava um trocadilho com a cantora Lauren Hill, sem graça, diga-se de passagem. Era mais ou menos assim, se ninguém Hill, a Lauren riu. Essa turnê do Iron tem algo do tipo se a Lauren não Hill, o Harris riu, pois só o pai, Steve Harris, baixista do Maiden para rir de algo tão sem graça. A menina é sem expressão, cantando um popzinho ruim de doer. A banda é uma versão sem graça da formação clássica do Guns'n'Roses, com cabelos loiros ao vento e cartola. O nome do disco é ridículo Calm Before the Storm, afinal, Calma Antes da Tempestade é um título digno de trabalho de Avril Lavigne. Em tempo, acho que eu prefiro a Avril, pelo menos é bonita.

Triste espetáculo, poderíamos ter sido poupados. Para piorar a situação, se eu entendi correto, ao final da primeira música da apresentação, a moçoila soltou algo do tipo: Brasília idiotas, para calar a multidão que bradava Maiden, Maiden, Maiden. Como Lauren é filha do homem, o público achou melhor se calar e fingir que estava prestando atenção.

IRON MAIDEN

21h, Transylvania ecoa através do P.A., no telão imagens da banda em suas viagens pelo mundo na tour Somewhere Back In Time animam e preparam os fãs para a apresentação. Bruce faz o primeiro encore após 2 Minutes to Midnight, informando que 25.000 estavam presentes, brincou em relação ao show de Liza Minelli (a cantora se apresentaria na cidade no mesmo dia), informando que ela estava hospedade no mesmo hotel que eles, e ela teria sentido o poder do Iron pelos gritos dos fãs que se ouvia nos quartos. No mesmo contato o vocalista perguntou se uma roda que se formava era uma galera “polgando” (claro que ele não usou esse termo) ou se era uma briga; completou vociferando que se fosse uma briga ali não era lugar para isso, era melhor eles irem ao show da Liza. =) Continuou falando de Brasília dizendo que era muito bonita e estava adorando a cidade.

Em outras oportunidades falou que ama o Brasil, que podemos esperar pelo retorno deles em 2011 com disco novo, sacaneou Liza Minelli mais umas 03 vezes. Falou que Nicko era um péssimo jogador de golfe e criticou a Globo por ter atrapalhado o jogo deles.

Aku-Aku Bruce é o cara! Totalmente carismático, tá certo que o espetáculo também é teatral, mas não precisava da máscara engraçadíssima que deixou ele igual ao Aku Aku do jogo Crash Bandicoot (budagabá!) ou da roupinha que deixou ele parecido com algum personagem maltrapilho do filme Harry Potter. O vocal falhou senão me engano em umas duas oportunidades, mas daí é compreensível em função da idade e do esforço para cantar algumas coisas. Como Dickinson é tão legal, acho que foi o microfone que falhou. A banda como sempre perfeita, os caras tocam demais, vamos torcer para que realmente voltem em 2011!

O Eddie futurista deu as caras na canção Iron Maiden. O Mané Garrincha quase desabou em Fear of the Dark, o público respondeu em uníssono, muito bonito. Pena que não puderam trazer todo o palco, o que encareceria a produção, então acharam melhor trazer o básico com apenas um Eddie, alguns fogos e efeitos e com a troca do cenário ao fundo.

Como eu me manifestei anteriormente em outro post, não pude levar a máquina fotográfica por exigência da produção da banda, por isso a ausência de fotos. =( Em uma comunidade no Orkut: Iron Maiden em Brasília eu FUI (clique aqui) você pode trocar impressões sobre o show e vasculhar um tópico com troca de fotos e vídeos (aqui).

Achei o palco muito baixo, e, outra coisa que eu sempre vou reclamar em Brasília é dos andarilhos, a galera vai aos eventos musicais para ficar passeando, ninguém aguenta, ô saco, acha um lugar e fica parado, curtindo, que “caceta”!

SETLIST

Transylvania (Iron Maiden) – telão.

01. Aces High (Powerslave).

02. Wrathchild (Killers).

03. 2 Minutes to Midnight (Powerslave).

04. Children of the Damned (Number of the Beast).

05. Phantom of the Opera (Iron Maiden).

06. The Trooper (Piece of Mind).

07. Wasted Years (Somewhere in Time).

08. Rime of the Ancient Mariner (Powerslave).

09. Powerslave (Powerslave).

10. Run to the Hills (Number of the Beast).

11. Fear of the Dark (Fear of the Dark).

12. Hallowed Be Thy Name (Number of the Beast).

13. Iron Maiden (Iron Maiden).

BIS

14. Number of the Beast (Number of the Beast).

15. The Evil That Men Do (Seventh Son of a Seventh Son).

16. Sanctuary (2º single, sem lançamento em disco).

Up the Irons!!!

sexta-feira, 20 de março de 2009

Up The Irons: Show, Promoção, Cobertura e Fotos

SHOW

Bem galerinha é hoje! Os fãs que tanto aguardaram, contando nos dedos os dias desde o anúncio oficial do show em novembro de 2008, vão agora curtir e se descabelar ao som da "Donzela de Ferro"; é hora de aproveitar cada minuto do espetáculo, torcer e ajudar para que tudo dê certo, afinal, é o maior show internacional que o Planalto Central já presenciou. Que venham outras bandas grandes "gringas" para o nosso deleite!

PROMOÇÃO

O atraso na divulgação do resultado da promoção aconteceu em função do seguinte problema. A senhorita Simone Valente, ganhadora da nossa promoção que aceitou inscrições até o dia 14/03 (sábado), recebeu a notícia que havia vencido no dia 15/03 (domingo) e retirou seu ingresso conosco segunda (16/03) pela manhã. Quando fui publicar o resultado no blog juntamente com o vídeo, percebi que a mesma havia excluído seu vídeo e também a sua conta. Entrei em contato pedindo que ela o postasse novamente, prontamente se negou a fazê-lo. Foram vários contatos. E fui adiando o resultado da promoção e também da verdade, porque achei que a envolvida fosse voltar atrás.

A senhorita Simone alegou que não se sentia à vontade com a publicação do seu vídeo, por isso o excluiu, e que também não devolveria o ingresso que lhe foi consignado, pois havia ganho a promoção. Desde então não respondeu mais aos meus e-mails e nem atendeu ao celular que vive desligado. Terei que repensar regras de promoções futuras em função de atos como este.

COBERTURA

Hoje estaremos lá cobrindo o evento, Eu e Danilo Duff, postarei as impressões do show, mas a cobertura oficial deixarei a cargo do Danilão, pois o cara é fanzão, escreveu com propriedade sobre os discos e tem experiência no quesito Iron ao vivo (clique aqui).

FOTOS

Um dos fortes do N.R.D.R. é a cobertura fotográfica, mas a produção do Iron restringiu o número de fotógrafos; os credenciados poderão clicar apenas durante as 03 primeiras músicas apenas. Então, estaremos publicando o texto, mas estaremos "quebrados" fotograficamente. Se você tirar umas fotos legais e quiser compartilhar gratuitamente, pode nos enviar para narotadorock@gmail.com com seu nome para lhe darmos o devido crédito.

Obrigado, bom show e Up The Irons!

quarta-feira, 18 de março de 2009

Setlist do Iron Maiden publicado no Taverneiro

ironMaiden_header

Publicado originalmente no blog O Taverneiro, não pude deixar passar em branco, o texto é ótimo tanto para fãs do Iron tanto para os desavisados que embarcarão na viagem musical do Donzela de Ferro na próxima sexta (20/03), então, com vocês o texto do jornalista Leandro Galvão. Divirta-se!

Conversa entre eu - um cara que aprendeu a ouvir Iron Maiden há 19 anos - e um amigo, que só escuta Asa de Águia, Chiclete com Banana, Babado e coisas afins. SÓ ISSO! Aliás, o som mais pesado que ele escuta, de vez em quando, é Capital Inicial... Inclinado a vir para o "lado bom da força", com ingresso do Iron na mão, pede uma orientação. "Bicho... não conheço porra nenhuma de Iron Maiden. Quero que me passe as músicas que você acha que vai rolar no show para eu não ficar perdido". Com o setlist dos shows já realizados no Brasil em mãos, disse para ele: "Essas são as músicas que serão tocadas no maior show de todos os tempos. Baixe apenas essas músicas, ouça até seus ouvidos sangrarem e o cérebro ficar dormente e serás eternamente feliz". Para amplificar a orientação, ainda passei alguns humildes comentários sobre cada uma das faixas.

SETLIST SHOW DO IRON MAIDEN EM BRASÍLIA:
1. Aces High - covardia começar com essa... se não der tempo, decore pelo menos o refrão: "Run, live to fly, fly to live, do or die/Won't you run, live to fly, fly to live, Aces high". É provável que a gurizada mais afoita já termine essa música sangrando;
2. 2 Minutes To Midnight - um clássico populista; dá para aprender na hora;
3. Wrathchild - algo jurássico pra dar uma descansada. Fraca... (a não ser que já estejamos bêbados);
4. Children Of The Damned - a primeira balada. Uma balada nervosa, é verdade. Mas em se tratando de Iron, é uma balada. Primeira oportunidade para acender os isqueiros e quebrar tudo no refrão/solo;
5. Phantom Of The Opera - introdução macabra e é só. Hora de buscar mais uma cerva e dar uma mijadinha;
6. The Trooper - "The trooopeeeeeeerrrr!!!!" A melhor de todas. Essa periga implodir o Mané Garrincha;
7. Wasted Years - só a guitarra inicial já vale um "iiiiiiiiihhiiiiiiiiii!!!! Caraaaaaaaalhooooooo!". Preciso dizer algo mais?;
8. Rime Of The Ancient Mariner - quase uma ópera de marinheiro, com instrumental pouco comparável por aí. Tem 13 minutos e meio. Hora do cachorro-quente, cerveja e mijadinha;
9. Powerslave - se quiser tomar mais uma cervejinha, dá tranquilo. Inclusive, essa é melhor de ser ouvida com uma latinha na mão, encostado em alguma coisa para descansar. Só observando;
10. Run To The Hills - Depois da acalmada, a ressureição. Clássico, clássico, clássico!! É a hora que a gurizada se esgoela no refrão;
11. Fear Of The Dark - o maior clássico do sistema solar. Até minha filha de cinco anos saberia cantar essa música. Isqueiros acesos de novo e bagaceira no refrão;
12. Hallowed Be Thy Name - Essa é de chorar. Mais isqueiros. Catarse coletiva;
13. Iron Maiden - terreno preparado previamente e gurizada arrasada. Mas essa não dá pra ficar sem bater cabeça e brincar de "bateria imaginária" e "guitar hero";
14. The Number of the Beast - Isso é "o número do Fred" em inglês. Até os axezeiros já cantaram o glorioso refrão: "Six, six, six, the number of the beast". Demaixxx. Se ainda estivermos vivos, estamos mais do que no lucro;
15. The Evil That Men Do - Isqueiros na introdução. Só na introdução. O resto é acabação. (Deixem uma ambulância por perto);
16. Sanctuary - chamem os paramédicos e saiam da frente!!!!! Porrada total. E mais uma cerva por favor.... ;
E que venha a "Donzela de Ferro"

Visitem o blog O Taverneiro, clique aqui.

Serviço do show, não marque toca:

Data: 20 de março de 2009
Horário: 21h
Abertura dos portões: 16h
Local: Estádio Mané Garrincha
Classificação Indicativa: 16 anos

IMPORTANTE: Ainda tem ingressos à venda, mas corra!

Valor dos ingressos:**
Pista Premium: R$ 300,00*
Pista Normal: R$ 130,00*
Arquibancada Descoberta: R$ 80,00*
Arquibancada Superior: R$ 70,00*
Cadeira Coberta: R$ 150,00*
*Valores referentes à meia entrada.
**Abaixo, o mapa do estádio Mané Garrincha e seus setores.

Aonde comprar:
- Bilheterias do estádio Mané Garrincha, das 10h às 18h (somente em dinheiro).
- Call center: 4003 1527 - valor de ligação local (será cobrada taxa de entrega).
- Internet: www.livepass.com.br (acesse o site para verificar as opções de entrega).

terça-feira, 17 de março de 2009

Iron Maiden: Seventh son of a seventh son

O último capítulo da série sobre os grandes álbuns do Iron Maiden lançados durante a década de 80 e base da turnê Somewhere Back in Time Tour fala do belíssimo álbum Seventh son of a seventh son.
Depois de escutá-lo algumas vezes, mudei meu conceito sobre este disco. Muito bem trabalhado, uma história interessante e um fato desagradável marcaram a gravação deste álbum. Ao começar pela saída do espetacular guitarrista Adrian Smith após a turnê de lancamento do álbum.
Smith já vinha com a ideia de seguir carreira solo e com a decisão tomada o Iron necessitaria de outro guitarrista. Contrataram o ótimo guitarrista e dublê de acrobata Janick Gers como substituto para o próximo álbum – No prayer for the dying.
Voltando ao álbum, conta a história do nascimento do sétimo filho de um sétimo filho. Foi baseada no conto do inglês Orson Scott Card que, segundo a lenda, o novo messias viria sob a forma deste sétimo filho de um sétimo filho, com poderes inimagináveis, mas com duplicidade de caráter, ora para o bem como para o mal.
A diferença seria quem conseguiria manipulá-lo primeiro. Uma bela metáfora para o que chamamos de índole. Se este filho optar por fazer alianças com o cramunhão o mundo acabará nas trevas. Optando pelo lado bonzinho o mundo viverá seu lado tranqüilo e calmo. A capa tem um Eddie saindo de um lago em que segura em uma das mãos o sétimo filho envolto numa espécie de placenta.
Com revés conceitual, mais próximo do rock progressivo dos anos 70 do que o mal falado rock do final dos 80, este disco inseriu conceitos espirituais aos temas abordados pela banda. No campo instrumental foi acrescentado teclados em algumas músicas, com bons resultados. Vejamos o resumo das músicas presentes neste álbum:

Título: Seventh son of a seventh son
Ano: 1988
Duração: 44’08’’

Integrantes:
- Bruce Dickinson: vocal;
- Steve Harris: baixo;
- Dave Murray: guitarra;
- Adrian Smith: guitarra;
- Nicko McBrain: bateria;

Faixas:

1. Moonchild: Tem uma introdução no violão e Bruce Dickinson recita a estrofe inicial. As guitarras são rápidas e bateria entra em um ritmo alucinante. O baixo de Steve Harris segue a linha de sempre. A letra conta a lenda do nascimento do sétimo filho e a presença de um anjo das trevas aconselhando-o a seguir o caminho das trevas. Tenebrosoooo!!

2. Infinite dreams: A abertura tem um riff bem legal de guitarra e um baixo como base de fundo. A bateria é cadenciada, em um ritmo bem mais lento que na música anterior. A terceira parte da música é mais acelerada, com destaque para um belíssimo solo de guitarra no final. A letra fala basicamente de uma pessoa que tem pesadelos constantes, contrariando o título da música. Até que a faixa agrada, mas perde-se no conceito proposto no disco.

3. Can I paly with madness: Essa é para empolgar qualquer filho de quem quer que seja. Com um refrão que chega a arrepiar, é uma das minhas preferidas do disco. Não tem muita variação harmônica, começando com um riff legal das guitarras que será repetido no final da faixa. Só no meio da música, antes da repetição do refrão que entra um solo de guitarra. A bateria é de uma energia contagiante. O vocal de Bruce Dinckinson é sensacional, com uma letra falando do questionamento do sétimo filho sobre que caminho seguir. Um clássico!

4. The evil that men do: Esta tb é um classico. É a preferida de toda a carreira do Bruce Dickinson no Maiden. Eu gosto bastante do vocal, com uns agudos impressionantes. A introdução é um acorde de guitarra magnífico, em seguida entrando um numa melodia diferente. Além de um refrão forte, um verso interessante é o que precede o refrão – “ Don’t to cry for me” . A frase faz sentido na letra que é baseada em um texto de Shakespeare que diz:
"O mal que os homens fazem vive após os homens morrerem, mas a bondade é enterrada juntamente com seus ossos".
Supostamente, o sétimo filho teria tido uma paixão ao modo shakesperiano de relatar tragédias amorosas (vide Romeu e Julieta). Se bem que prefiro o Romeo and Juliet do Dire Straits.

5. Seventh son of a seventh son: Esta faixa - título conta toda a história sobre a lenda do sétimo filho do sétimo filho. Na letra é bem conceitual. Na melodia é estupenda. Com quase 10 minutos tem tempo de sobra para se fazer experimentalismos, inclusive com um coral parecido com aqueles cantos gregorianos ao fundo, passando uma sensação de sofrimento no nascimento deste filho. A música confunde qual a origem desta “criança”, se nesta faixa ou na primeira. Não importa porque esta faixa é bem orquestrada, fugindo do esteriótipo de que músicas grandes são apenas para os músicos mostrarem sua técnica e para dar sono na platéia.

6. The profecy: É sobre a profecia proferida pelo sétimo filho. Como ninguém acreditou a Terra desandou e tudo terminou em trevas e no fogo ardente do inferno. Uma música bem feita, mas que não me chama muita atenção.

7. The clairvoyant: Outro clssico. Tem uma das mais belas introduções de baixo da banda de Steve Harris. Tem um teclado que não fica em evidência, entretanto cadencia bastante os riffs de guitarras entre uma estrofe cantada e outra. A bateria tem uma virada muito boa, sem sair do ritmo que a música necessita. A letra fala do poder de clarividência que o sétimo filho tem ao nascer. E como um observador externo pergunta-se: ´
But for all his powercouldn't foresee his own demise... and reborn again?”
"Mas por todo o seu poder não poderia prever sua própria morte... E nascer novamente?"
Uma canção sensacional!

8. Only the good die young: Fechando este excelente álbum, uma música pouco conhecida dos fãs do Iron. Belos solos de guitarras narrando o desfecho trágico do mal vencendo o bem. Relamente finaliza bem o álbum.

Estes sete álbuns que comentamos formam, basicamente, a melhor fase do Iron Maiden. Não falarei do álbum Fear of the dark porque este não foi produzido na década de 80, mesmo a faixa titulo sempre presente nos shows da turnê.
Esta série visava mostrar uma banda com grandes variações musicais e temáticas, fugindo da ideia que banda de heavy metal são apenas guitarristas virtuosos e letras sem nexo. Gostemos ou não de determinadas bandas, temos que respeitá-las por vários motivos, entre eles a sua historia. O Iron Maiden é uma delas.

Conto os minutos para o show histórico desta sexta feira (20/03) aqui em Brasília. Estaremos no Mané Garrincha cobrindo, e principalmente, curtindo este grande momento para os todos os fãs.
Agora é só esperar Bruce Dickinson e cia entrarem no palco e gritar:
Scream for me Brasília!!!”
Abraços. Up the Iron!
Danilo Duff.

segunda-feira, 16 de março de 2009

SINDSEP retoma o Projeto Sexta Cultural

O Sindsep-DF traz de volta o seu projeto Sexta Cultural – música de qualidade para alegrar o horário de almoço dos Servidores Federais. Toda sexta-feira, o sindicato apresenta uma atração diferente no Espaço do Servidor – Esplanada dos Ministérios (ao lado do Bloco "C" Ministério do Planejamento), sempre das 12h30 às 14h. Em 2005, ano em que o projeto foi colocado pela primeira vez em prática. As apresentações ocorriam no auditório do sindicato. Este ano, a direção decidiu por colocá-lo ainda mais próximo da categoria por ela representada. E nada melhor do que do que o local escolhido. É importante frisar que a atividade cultural não é aberta apenas aos servidores. Toda a comunidade pode e deve comparecer.
Abraços a todos;
Carlos Henrique.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Iron Maiden: Somewhere in time


O futuro chegou. Inclusive no Iron Maiden com o lançamento deste álbum com estilo futurista.

Como dito no post anterior este disco é o álbum da discórdia. Massacrado pela mídia que não entendeu a ideia da banda de modificar seu som, com inserção de guitarras sintetizadas, dando o ar de modernismo que o grupo procurava.

Também é motivo de desacordo entre os fãs da banda. Os cinco primeiros álbuns haviam sido lançados em cinco anos conseguidos (80-84). Em se tratando de álbuns de extrema qualidade isto é um feito, um álbum por ano.

A expectativa em torno de Somewhere in time aumentou porque a banda não lançou um disco de inéditas em 1985. Apenas no fim de 86 seria lançado este e provocado todo esse rebuliço. Ao tratarmos de uma banda ícone do heavy metal espera-se uma continuidade do trabalho.

A mudança brusca de rumo causa estranheza, narizes torcidos e testas enrugadas. Talvez um único ponto de concenso seja a capa de Derek Riggs. Belíssima, inspirada em músicas e histórias do grupo. Mostra um Eddie futurista, robotizado, cibernético, talvez um vingador do futuro. Há várias curiosidades grafadas na ilustração:

- Um relógio aponta 23:58 (alusão a música 2 Minutes to midnight);

- Um placar eletrônico mostra o resultado inimaginável do jogo West Ham 7 x 3 Arsenal (Fanáticos pelo "timaço" londrino West Ham -a Portuguesa de Londres);

- O nome da rua onde Eddie está chama-se Acacia Avenue;

- Um Icaro caindo com suas asas queimadas (Flight of Icarus);

- Teatro Phantom of Opera House;

- Live after death e Blade runner são os filmes em cartaz no cinema (O primeiro é o nome do álbum ao vivo de estréia e o segundo é o filme com Harrison Ford onde é um caçador de andróides);

- Na Acacia Avenue, em uma das janelas tem uma garota sentada em uma cadeira, possivelmente Charlotte – a prostituta;

- Ruskin arms (pub onde começaram a tocar);

- Aces High bar, com um spitfire (avião de combate inglês da segunda guerra) voando no alto;

Entre outros.

Controvérsias a parte vamos as 8 faixas do álbum e a ficha técnica resumida:

Título: Somewhere in time
Ano: 1986
Duração: 46’04’’

Integrantes:

- Bruce Dickinson: vocal;
- Steve Harris: baixo;
- Dave Murray: guitarra;
- Adrian Smith: guitarra;
- Nicko McBrain: bateria;

Faixas:

1. Caught somewhere in time: Nos primeiros acordes já percebe-se os riff sintetizados das guitarras de Adrian Smith e Dave Murray. A faixa -título é bem arquitetada, com belos solos de guitarra e um baixo em estilo cavalgada. Bruce Dickinson utiliza de seus recursos vocais para enriquecer a música. Só acho que poderia ser um pouco mais curta (tem 7 minutos).

2. Waster years: O único hit do álbum. Junto com Stranger in a strange land são minhas preferidas do disco. As guitarras sintetizadas até ajudam a manter um clima de expectativa durante a introdução. Tem um daqueles refrões cativantes que todo mundo canta junto. Boa parte da música tem uma velocidade que, na minha opinião, foi reproduzida em outras canções do álbum Fear of the dark. A última parte da musica volta a ser tocada os acordes da introdução. Realmente emocionante.

3. Sea of madness: Começa com uma bateria violenta. Logo após diminui o ritmo. Depois da loucura de Bruce Dickinson inicia-se um belo solo, a marca registrada deste álbum. Volta do mesmo jeito (instrumental cadenciado e vocal idem). E é só. Poderia ter um pouco mais de criatividade.

4. Heaven can waint. Começa com acordes perfeitos de baixo com as guitarras fazendo o fundo. O vocal é igual uma metralhadora, cuspindo frase sem perder o fôlego. A letra é sobre a experiência de quase morte de uma pessoa quando percebe seu espírito saindo do corpo físico. Música bem legal, ainda mais quando o pessoal da equipe técnica é convidada a ir ao palco para cantar o refrão.

5. The loneliness of the long distance runner: Uma faixa com este titulo (A solidão do corredor de longa distância) só poderia dar errado, servindo apenas como música de cabeceira de corredores quenianos. Mas não. É uma faixa bem trabalhada, com variações que iniciam lentas e tornam-se rápidas. A bateria é a la Clive Burr, parecidíssima com a faixa Iron maiden.
6. Stranger in a strange land: Uma das minhas preferências neste disco. Ao começar pelo baixo, com inclinação direta para Wratchild. As guitarras tem o peso certo, criando um riff que “canta” a uma frase marcante da música. A letra conta sobre uma expedição rumo ao pólo norte que naufraga e os corpos são encontrados anos depois em perfeito estado de conservação. Bela letra, vocal apurado e melodia que agrada aos mais exigentes ouvidos.

7. Deja Vu: Acho que todo mundo conhece esta expressão, entretanto não custa lembrar. Palavra que expressa a sensação de já ter vivenciado aquele momento antes, mas não nos lembramos plenamente deste. A letra fala algo em torno da reencarnação. Música rápida e vocal bem trabalhado. Boa para preencher o lado B dos antigos bolachões.

8. Alexander – the great: Como todo álbum do Maiden tem que ter um clássico épico, e esta recebeu o título. E que título! Tem um monólogo inicial atribuído ao pai de Alexandre, chefe-rei da Macedônia, que nomeou o titulo a Alexandre após este, aos 13 anos, conseguir domar um leão que outros guerreiros haviam tentado sem sucesso.
A frase é esta:
“Meu filho, consiga para você um outro reino
Pois este que deixo é pequeno demais para ti.”
Começa com a bateria em ritmo de funeral, continuando com a entrada das guitarras. Após 2 minutos de introdução segue-se a melhor participação de Bruce Dickinson no álbum. Com uma voz firme e coesa para a grandeza da canção, não desafina uma única nota. No meio da música criou-se um riff poderoso de guitarra. A bateria e o baixo tem um acompanhamento único, dando o ritmo necessário a história cantada por Dinckinson. Uma letra maravilhosa e a melhor composição harmônica do álbum transformam está em um clássico que, infelizmente, não pegou entre os fãs. Uma pena.

É um disco diferente. Acredito que os fãs não aceitaram tão bem porque incorporaram a opinião dos críticos. Todos nós sabemos que críticos foram criados para falar mal, falar que goste de algo que ninguém nunca ouviu falar, só pra falar que é cult.

Sobre o álbum. Dentro de sua proposta é eficaz e com uma qualidade técnica igual aos seus antecessores. Não agradou tanto porque a expectativa era tão grande pelos 3 trabalhos anteriores que dificilmente conseguiria repetir feito extraordinário alcançado por estes três. O importante é que diverte, e diverte bem.

No próximo post um excelente álbum que agradou a gregos e troianos: Seventh son of a seventh son.

Até mais, abraços.

Danilo Duff

Watchmen? Sensacional!

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Após assistir Watchmen e ao ficar boquiaberto, só resta lhe avisar: não é um filme de heróis convencional, a produção abdica das velhas fórmulas utilizadas no gênero como ação desenfreada e a necessidade de evidenciar o carisma dos "paladinos da justiça", situação difícil é identificar quem é vigilante ou vilão porque seus respectivos atos mudam tudo, como diria a música: "a mesma mão que acaricia, fere e sai furtiva"  (Flores do Mal - Barão Vermelho). O bem ou mal se confundem, pois estão intrinsecamente conectado as escolhas e ao turbilhão de problemas e/ou soluções que elas podem causar.

vlcsnap-70792A obra em quadrinhos de Alan Moore que inspirou a película, deu ao diretor Zack Snyder um arsenal incrível para fazer um filme explosivo, que provavelmente precise ser visto mais de uma vez para decifrar todos os nuances e detalhes que são lançados a todo o momento em nossa retina. O diretor faz de Watchmen uma produção densa, permeada pelo mundo em crise à beira de uma hecatombe nuclear, graças a duas superpotências (EUA x URSS) em guerra fria. Ao tratar dos heróis, Snyder evita a armadilha do maniqueísmo, aonde o grupo de "vigilantes" precisa administrar conflitos internos, a busca de identidade, uma conspiração, escolhas e renúncias.

Depois de Batman, O Cavaleiro das Trevas recebemos novamente um soco no estômago, só que agora a pancada dói mais, o roteiro tem o poder de nos deixar estupefato, a linguagem de câmera e a fotografia nos coloca próximo a situações que certamente preferiríamos não testemunhar ou ter que opinar. Nada é gratuita, inclusive a violência, tudo tem seu sentido pleno embora você não concorde.

Pontos de destaque estão em todos os fotogramas, seja pela trilha sonora devidamente encaixada em pontos importantes por grandes nomes como Nat King Cole, Bob Dylan, Jimi Hendrix, Simon & Garfunkel, Janis Joplin, KC & The Sunshine Band, Leonard Cohen e Nina Simone ou pelas referências à cultura pop e política, estão lá: a alusão ao futuro presidente Ronald Reagan, o destituído Richard Nixon, a figura Che Guevara, o assassinado John F. vlcsnap-71610Kennedy, o pop Andy Warhol (15 minutos de fama), a chegada do homem à Lua, a guerra do Vietnam, as torres gêmeas, a santa ceia, alusão a fotos famosas (abaixo) e vários outros. Boa parte dessa sequência está nos créditos de abertura do filme. Só não leva nota 10 porque a música é do Bob Dylan, mas a construção das cenas é espetacular.

Watchmen destrói o sonho americano, satiriza o comportamento humano, é sexy, violento e nos faz filosofar sobre a sociedade e a vida. Vale lembrar, quem gosta de filme adocicado de herói vá ver o Quarteto Fantástico porque agora o bicho pega!

Confira a programação de cinema e compareça, totalmente na rota, nota 8,5!

Curta abaixo algumas fotos filme, inclusive as comparações propositais com fotos famosas.

enfermera_alfredeisenstaedt Originalbeijo-japanFilme

1945, O Japão se rende e o EUA em festa vai as ruas para comemorar, o fotógrafo Alfred Eisenstaedt capta o exato momento que um marinheiro beija uma enfermeira. Em Watchmen esse momento é muito moderninho e sairá caro.

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Riboud apresenta um jovem colocando cravos nas armas de soldados durante uma manifestação em protesto contra a guerra do Vietnam em 1967. No filme a surpresa é avassaladora.

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Protesto de um monge que ateia fogo em seu próprio corpo.

SantaCeia A pintura de Leonardo da Vinci

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Santa Ceia

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Assassinato de John F. Kennedy e o desespero de sua esposa Jacqueline Kennedy.

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A contestada viagem à Lua.

Clique nas fotos para vê-las em melhor resolução.

Se quiser ler o que postei antes do filme estrear está aqui.

terça-feira, 10 de março de 2009

Iron Maiden: Powerslave

Neste quinto capítulo da série falarei do álbum que fecha a trinca de ouro do Maiden: o álbum intitulado Powerslave. Este álbum é um primor de técnica e qualidade.
Começando pela capa, com detalhes ocultos, como a inscrição “Indiana Jones was here 1941 (Indiana Jones esteve aqui 1941)” e o desenho de um Mickey Mouse bem tosquinho. Pela primeira vez a banda consegue repetir a formação do álbum anterior. Musicalmente não tem erros técnicos. Bateria, baixo e guitarras bem equalizadas, na mesma amplitude de som do vocal.
O que mais me impressiona em Powerslave são as letras. Além do contexto em que são escritas (seguindo a tendência de falar sobre guerras – Aces high – e literatura - Rime of the ancient mariner), são de uma sincronia incrível com as melodias.
Com 8 canções, talvez seja o álbum com o maior número de hits da história do Maiden (Aces high, 2 minutes to midnight, poweslave, rime of ancient mariner). Embarquemos nesta fábula da escravidão.
Título: Powerslave
Ano: 1984
Duração: 51’01’’

Integrantes:
- Bruce Dickinson: vocal;
- Steve Harris: baixo;
- Dave Murray: guitarra;
- Adrian Smith: guitarra;
- Nicko McBrain: bateria;

Faixas:

1. Aces high: Clássico indispensável em qualquer show da donzela. Abre o disco com riffs de guitarras e a bateria apenas na caixa e prato. Com esta perfeita sincronia a música é reconhecida desde a Groelândia até o Sri Lanka. O baixo é a galopante, juntamente com a voz de Bruce em um dos mais refrões mais empolgantes da história do heavy metal. O instrumental é tão “felomenal” que esqueci de mencionar a letra, que descreve a batalha entre a força aérea britânica e o exército alemão nos céus da Inglaterra durante a Segunda Guerra. Queria ter cabelo grande novamente só para bater começa nesta música!

2. two minutes to midnight: Vão ser f* lá no quinto dos infernos. Adrian Smith e Dave Murray estavam inspirados para criar riffs poderosos como desta música. A bateria segue um ritmo tão rápido quanto na música anterior e o baixo é pesado e perfeitamente audível. Música perfeita e refrão idem.

3. Losfer words (Big’ Orra): Não é todo mundo que gosta de música instrumental. Já teve até amigo meu falando: “Já que você gosta tanto de instrumental, monta uma orquestra sinfônica!”. Pois é! Eu gosto é de música, não disso aí citado. E adoro instrumental (já ouviram YYZ do RUSH? Levanta até defunto). Losfer words não é muito longa (4 minutos) e tem um andamento bem característico, começando com guitarras e baixo no mesmo compasso. Após a introdução tem um belo solo de guitarra e volta com repetições de acordes. Talvez a melhor instrumental já gravada pela banda.

4. Flash of the blade: Uma das faixas preferidas pela minha senhora (dona Daiane Ramone). Realmente é empolgante. Musicalmente esta faixa tem a característica de cada guitarra fazer um papel diferente na composição harmônica. Enquanto uma faz a base a outra produz um solo simples, mas eficiente. Em outra parte da música, enquanto as guitarras se degladeiam, o baixo conduz a base da música. A bateria mantém uma velocidade constante durante toda melodia. O vocal de Bruce lembra bastante aquele utilizado em Piece of mind, com agudos no fim de cada estrofe. Um pouco desconhecida, mas de excelente qualidade.

5. The duellits: Diz-se que a letra é baseada em uma lenda dos séculos 15 e 16 que quem pegasse uma luva jogada no chão por um desafiante lutaria com este até a morte. Aparentemente tb foi baseada em um filme de Ridley Scott. O maior destaque é o vocal de Bruce e as viradas de Nicko na bateria.

6. Back in the village: O ritmo alucinante das outras faixas continua. O baixo é galopante, mas as guitarras são um pouco menos pesadas do que nas outras músicas. A letra tem relação direta com The prisioner , da qual eu gosto bastante (do álbum The number of the beast).

7. Powerslave: A introdução de baixo de Steve Harris é uma das mais bem trabalhadas de toda sua carreira. A música tem o peso certo, com um vocal sombrio e a mesmo tempo melódico de Bruce. O coro de vozes como fundo da música nos remete ao significado da faixa-título. A letra é sobre um rei faraó que tem seu pai morto, e reza a lenda que os mortos são incorporados ao deus egípcio Osíris. Com a morte do pai este rei é dito como Deus vivo na Terra. Por sua vez este se sente refém da crença. Por isso o “powerslave” (escravo do poder).

8. Rime of the ancient mariner: um palavra basta para definir esta música: Excepcional. Com mais de 13 minutos e sem repetir uma única frase, esta canção conta a história de um marinheiro que é amaldiçoado por Deus por matar um albatroz, sendo baseada em um poema do escritor Samuel Taylor Colerige. Composta apenas por Steve Harris, é considerada por este como sua melhor composição. O instrumental é épico, com grandes variações rítmicas e um vocal esplendoroso de B. Dickinson. Magnífico.

Um álbum completo com instrumental pesado e complexo, músicas para todos os gostos. Sem dúvida o auge da capacidade criativa da banda. Chega ao fim os tempos áureos da donzela - não que os próximos dois álbuns não seja bons - mas esta fase é brilhante demais para se conseguir algo próximo.

No próximo post falarei sobre um álbum que é uma verdadeira discórdia entre os fãs: Somewhere in time. Por que a polêmica sobre este álbum? Analisaremos no próximo programa, nesta mesma hora, neste mesmo canal!!
He!He!He!He!

Abraço
Danilo Duff.

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