sábado, 28 de fevereiro de 2009

Faith No More está volta!

Nada melhor do que encerrar um hiato de quase uma semana sem posts com uma boa notícia, o Faith No More está de volta!

faithnomore-oldSim, você leu corretamente, a banda liderada pelo maluquete Mike Patton anunciou nesta semana carnavalesca de 2009, o seu retorno através de nota oficial, publicada no rascunho de site oficial da banda, felizmente atestando os boatos que preencheram o mês de fevereiro acerca deste fabuloso e esperado "reunion". Desde o fim do FNM em abril de 1998, me sentia meio que órfão musicalmente, principalmente se levarmos em consideração a boa teoria do nosso amigo Daniel Farinha de que 95% do que é bom e criativo na música já foi feito, agora só existem cópias e muita coisa ruim. Em minha opinião o Faith faz parte desses 95% e torço por um novo álbum, bom de preferência, ajudando a preencher os 5% restantes.

A banda que teve seu embrião em São Francisco, Califórnia/EUA no ano de 1982, conheceu a fama após Mike Patton assumir os vocais em 1988, no lugar do limitado "rasta" FNM-TRTChuck Moseley. Após lançarem dois discos We Care a Lot (1985) e Introduce Yourself (1987) com Chuck, o FNM só conheceu o sucesso com The Real Thing (1989), começava a era Patton, o disco instantaneamente catapultou a banda às paradas de sucesso com Epic, deste disco ainda se consagraram Falling To Pieces e From Out Of Nowhere, depois vieram mais 3 álbuns, Angel Dust (1992), King for a Day...Fool for a Lifetime (1995) e Album of the Year (1997), até que o desgaste interno acarretou no fim do grupo.

Da fase Patton até o do fim do FNM, banda e Brasil viveram um caso de amor a parte, ao desembarcarem em 1991 para os shows no Rock In Rio, acabaram voltando alguns meses depois para uma mini turnê pelo país, felizmente Brasília teve a "graça" de receber uma delas. Em Setembro daquele ano com o Mané Garrincha como palco, o público "polgou" e cantou junto com o grupo, em uma das maiores performances que tivemos o prazer de assistir. O show já quase em seu fim, foi abreviado por um Patton empolgado que desceu do palco, pulou sobre a cobertura de acrílico do banco de reservas e acabou espatifado no chão. Uma curiosidade, a banda de abertura era do vocalista Robby Rosa, ex-Menudo, ô coitado, pense em umas criaturas querendo fazer rock e só levando sacos de mijo no palco, dedos em riste e outras "cositas" a mais, como xingamentos a mil!

FaithNoMore_thumb1 Conheci o Faith No More por volta de 1990 em uma boate extinta do Lago Sul, fui lá com Fábio Souza "in memorian", enquanto "rolávamos" pelo local e prestávamos atenção nas gatinhas, enquanto o videoclip de Epic era exibido no telão. Gostei muito, mas não tinha noção que a partir daquele contato e ao comprar o LP de The Real Thing eu viraria fã!

O Faith No More voltaria ao Brasil mais algumas vezes, em 2/9/95 tive a oportunidade de vê-los pela segunda e última vez, pelo menos até agora. O evento era o famoso Monsters Of Rock, além do FNM ainda tinha atrações como Ozzy Osbourne, Alice Cooper e Megadeth.

O Heavy, Rock, Rap, Funk e outros gêneros englobados na música do grupo deu a eles juntos com o Red Hot a paternidade de novas vertentes e bandas que foram surgindo, eram a inspiração por exemplo para o New-Metal ou Nu-Metal e seus maiores representantes como Slipknot, System Of a Down, Korn, Linkin Park e etc.

Algumas considerações:

* É injusto atribuir o sucesso do grupo apenas a Mike Patton, com certeza não podemos negar que o carisma, as entrevistas polêmicas, os gostos esquisitos sobre sexo e todos os projetos sempre o mantiveram na vitrine. Mas a banda tem suas qualidades.

FNM-KFAD * O guitarrista Jim Martin não assina o comunicado oficial do "reunion" porque foi banido pelos integrantes do FNM, que preferiram manter o último guitarrista que deu certo na formação, Jon Hudson.

* A história dos caras é muito maior, dei uma resumida básica, e não, não foi só o álbum The Real Thing que deu autonomia ao FNM. Os outros discos possuem canções excelentes e indispensáveis na carreira como Midlife Crisis, A Small Victory, Caffeine, Easy, Digging The Grave, Evidence e outras. O cd que eu mais gosto é o King for a Day, pretendo fazer uma matéria Discoteca Básica sobre, mas concordo que TRT é o mais importante na vida do Faith.

* A banda é muito respeitada por todas as outras do universo rock, inclusive de gêneros e estilos diferentes.

* Conheça um tributo brasileiro ao FNM, o Brazilian Sabor. A Pitty participa desse projeto com uma ótima versão de Digging The Grave. Clique aqui para conhecer o Brazilian e fazer o download dos dois cds.

FaithNoMore-AngelDust* Existe um DVD duplo chamado Faith No More - Live at the Brixton Academy London - You Fat B**tards/Who Cares A Lot: The Greatest Videos que nada mais é que o histórico show em Brixton e a coleção de clips dos caras. Fenomenal. Depois postarei um review.

* Leia aqui em inglês o comunicado oficial. E aqui a ótima tradução feita por Marcelo Sant’Anna da comunidade Faith No More - Brasil no Orkut.

* O boato é que os shows irão rolar apenas na Europa, mas não acredito, para mim o FNM está de volta e para ficar, mesmo que seja por tempo suficiente para matar a saudade.

Abaixo um vídeo de Epic ao vivo no Chile (1991).

domingo, 22 de fevereiro de 2009

NRDR na Cobertura do Oscar 2009

Publicamos comentários em tempo real conversando ao vivo com participantes, se quiser saber como foi é só clicar no símbolo de "replay" logo abaixo e curtir a nossa cobertura on-line do Oscar 2009. Tudo isso, aqui no seu N.R.D.R. Aguarde mais novidades!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Promoção Iron Maiden!

SERVIÇO sobre o show, clique AQUI.

 

IronMaiden-bannerQue tal ganhar um ingresso para o Iron Maiden, nada mau hein?*

Quer saber como?

Para garantir uma entrada para o show é simples, basta usar sua criatividade e produzir um vídeo bem legal utilizando o Iron Maiden como tema, seja fazendo imitação, air-guitar, contando uma história, aprontando alguma loucura ou qualquer outra coisa, só não esqueça, o Iron Maiden é a sua influência. Seja criativo!

INSTRUÇÕES E REGRAS:

1) Crie seu vídeo e publique no YouTube.

2) Envie o link da sua produção postada no youtube para o e-mail narotadorock@gmail.com colocando no campo assunto: promoção Iron Maiden.

3) No corpo do e-mail além do link do seu "vídeo" no YouTube, informe seu nome completo, idade e telefone.

PROMOÇÃO:

1) Só serão aceitos e-mails preenchidos corretamente e enviados até o dia 14 de março de 2009 até as 18h.

2) O(s) vencedor(es) será(ão) escolhido(s) pela comissão julgadora composta pelos colaboradores do site. Observando os quesitos tema e criatividade.

3) A divulgação do(s) vencedor(es) acontecerá na segunda-feira (16/03) e o convite deverá ser "retirado" com a pessoa e endereço indicados após o contato de comunicação da premiação.

IMPORTANTE!

* O ingresso pode ser de arquibancada superior ou descoberta, conforme disponibilidade.

1) Ao nos enviar o e-mail, junto com os seus dados e referido link, você está se comprometendo que esse vídeo é de sua propriedade e criação. Então não cometa nenhum plágio ou outro crime que possa lhe causar algum problema perante a lei.

2) Além da responsabilidade sobre o vídeo, participar da promoção automaticamente nos reserva o direito de divulgá-lo em qualquer tipo mídia, como internet, televisão e etc, assim como seu nome e imagem sem o pagamento de qualquer valor ou direitos autorais.

3) Nenhum parente (qualquer grau) ou colaborador direto do site Na Rota Do Rock poderá participar da promoção.

Publicações sobre este show do Iron Maiden em Brasília.

SERVIÇO sobre o show, clique AQUI.
Quer usar um TÊNIS do Iron, clique AQUI.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Cobertura e entrevista Cia. de Comédia de 4 Naipes

Acompanhamos a Cia. de Comédia de 4 Naipes durante o último final de semana (14 e 15/02), curtimos a peça de Volta Aos Anos 90 e aproveitamos para entrevistá-los. A cobertura jornalística e fotográfica está publicada a seguir e o bate papo via vídeo, logo abaixo:

De Volta Aos Anos 90

Como cobrir uma peça, esmiuçando-a em detalhes para o leitor sem entregar os pontos fortes e surpresas? Uma tarefa nada fácil! Assim, vou opinar de forma objetiva: a peça é muito boa!

A década de 90 foi notadamente ácida, pobre culturalmente - que reverbera até hoje na música -, politicamente conturbada e buscava desatar os laços que a ligava diretamente aos anos 80, principalmente os culturais. Os anos 90 foram responsáveis por momentos que entraram para a história como o impeachment do Presidente Collor (92) - e os "manipuláveis" caras pintadas -, o último título brasileiro do Flamengo (92), a música grunge, o tetra brasileiro no futebol (94), a morte do piloto Ayton Sena (94), a era MTV e o desenvolvimento da Internet e dos celulares "tijolão" Motorola, só para citar alguns fatos.

O texto da peça De Volta Aos Anos 90 relembra de forma cômica uma série de acontecimentos, suas esquetes em grande maioria são muito divertidas e transportam automaticamente o espectador para um túnel do tempo calcado em boas risadas.

O grupo funciona a 05 mãos, composto pelo produtor Flávio Nardeli e os atores Bernardo Felinto, Eduardo Moraes, Fabianna Kami e Márcio Minervino. Todos possuem sua função de contribuição dentro de um espetáculo, como poderá ser conferido na entrevista abaixo, dividida em 3 blocos, divertida, com muitas novidades, um pouco da história da Companhia e um convite especial para que você, além da peça em cartaz, também compareça ao especial de Carnaval nos dias 23 a 25/02, Teatro dos Bancários.

Cópia de IMG_5406 cópiaCópia de IMG_5854 cópiaCópia de IMG_5869 cópiaCópia de IMG_5475 cópiaCópia de IMG_5791 cópiaCópia de IMG_5747 cópiaCópia de IMG_5571 cópiaCópia de IMG_5773 cópiaCópia de IMG_5780 cópiaCópia de IMG_5612 cópia Cópia de IMG_5583 cópiaCópia de IMG_5909 cópia

Clique nas fotos para vê-las em seu tamanho original.

Crédito das fotos: Cristiano Porfírio

Entrevista

Primeiro bloco - Duração: 9:58

Segundo bloco - Duração: 9:05

Terceiro bloco - Duração: 2:33

Outras publicações sobre a Companhia de 4 Naipes no N.R.D.R. aqui e aqui.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Dublado versus Legendado

Vamos colocar as coisas em pratos limpos, sobre este lance, nesta cidade?

Eu não vou muito ao cinema desde que assinei internet ADSL, em 2001, a não ser que seja um filme de terror bem legal, daqueles da mocinha grudar no braço. Mas aí eu comecei a admirar as animações. Ah! As animações!

Um trabalho tão sensacional que merece ser prestigiado no cinema, por mais porcaria que ele seja, principalmente aqui em Brasília. Como todos os frequentadores de cinema bem sabem, não há uma sala que preste nesta cidade e o Cristiano já relatou isso muito bem neste post. Mesmo assim, gosto de ir ao cinema quando aparece o que eu chamo de "filme que vale a inteira".

Coraline é uma animação que vale a inteira, mas vejam que sensacional! NÃO HÁ NENHUMA CÓPIA LEGENDADA POR AQUI.

Então fica a dica pro pessoal dos cinemas de Brasília: Eu vou baixar da internet e assistir aqui no conforto do lar. Me processem.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Os Melhores do Mundo Futebol Clube

futebol-neutro FUTEBOL4

A Cia. de Comédia Os Melhores do Mundo são famosos por casar de forma ímpar em suas peças temas cotidianos como o sexo, jornalismo, esporte, sociedade, religião e vááárioos outros. Em julho de 2002 (mês da Copa do Mundo) estreava Os Melhores do Mundo Futebol Clube, utilizando como pano de fundo a "sagrada" paixão nacional dos Brasileiros, geradora de famosos bordões como ripa na chulipa, pimba na gorduchinha, acertou lá aonde a coruja dorme, o jogo é 11 contra 11 ou simplesmente iiiiiiii que golllllllllllllllll!!!!!!!

FUTEBOL1 Os Melhores do Mundo deslancharam sua carreira com muito trabalho, dedicação e um repertório original, após consolidar o sucesso em todo o Brasil, foram contratados pela Rede Globo e eternizaram em DVD o concorrido espetáculo Notícias Populares , atualmente negociam a gravação de mais um "home video" e trabalham duro para realizar um sonho, o do primeiro longa-metragem.

Mas o papo agora é futebol, a Copa do Mundo de 2010 vem aí, então nada mais justo do que a marcar um GOLAÇO com uma de suas mais divertidas comédias, Os Melhores do Mundo Futebol Clube volta a campo, ou melhor ao teatro, com novas piadas, recursos multímidia e a mesma escalação, pois não se mexe em time que está ganhando.

FUTEBOL2 O.S.D.M.F.C. não é apresentada em Brasília desde 2006, naturalmente a escolha da cidade como pontapé inicial para uma temporada de apresentações por todo o Brasil, provavelmente a Companhia sairá mais uma vez campeã, administrando uma verdadeira e tecnica "aula" de futebol ao transitar com muito humor por personagens, história e situações do mundo da bola, você ficará conectado emocionalmente e cenograficamente como se estivesse em um estádio. Então compre seu ingresso e divirta-se, porque a Cia. de Comédia Os Melhores do Mundo está na área, e se derrubar, é PÊNALTI!!!

Abaixo curta um vídeo sobre a peça.
SERVIÇO
Local: Teatro Nacional Cláudio Santoro – Sala Villa Lobos
Datas/Horários:
Sessão Extra (03/03) - Terça-feira (21h)
INGRESSOS NA BILHETRIA DO TEATRO – SOMENTE A DINHEIRO
Valores: R$ 25 (meia) e R$ 50 (inteira) / Desconto de 50% no valor da inteira para: maiores de 65 anos, estudantes, professores (mediante comprovação na entrada do espetáculo)
Horário de funcionamento da bilheteria: Diariamente das 12:00 – 20:00.
Informações: www.osmelhoresdomundo.com e (61)3325-6256
Não recomendado para menores de 14 anos
Fotos crédito: Nicolau El Moor

MMlogo

Notícias publicadas no N.R.D.R.: clique aqui.

Nossa entrevista em vídeo com o grupo, clique aqui.

Um trecho da pessoa sobre futebol apresentada no programa do Jô.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

A Cultura como Elemento Conscientizador e Mobilizador de um Povo

Cultura (do latim cultura, cultivar o solo, cuidar) é um termo com várias acepções, em diferentes níveis de profundidade e diferente especificidade. São práticas e ações sociais que seguem um padrão determinado no espaço. Se refere a crenças, comportamentos, valores, instituições, regras morais que permeiam e identificam uma sociedade. Explica e dá sentido a cosmologia social. É a identidade própria de um grupo humano em um território e num determinado período.
Portanto, cada povo tem a sua cultura, suas tradições, seus costumes e crenças. Dentro do nosso próprio país, existe uma grande diversidade cultural que varia de estado para estado. Como nação, indiscutivelmente, temos muitos problemas, é verdade. Mas também temos inúmeros pontos positivos, sendo a imensa produção cultural realizada pelos nossos artistas uma das mesmas.
É bem verdade também, que a produção musical divulgada pela grande mídia, em sua maioria é de qualidade duvidosa. Entretanto, existe uma outra parcela desta produção à margem dos espaços “midianos”, que se faz presente em pequenas casas de shows, barzinhos etc... Enfim, lugares de música mais seleta.
É impossível medir a importância que a cultura tem para uma sociedade ou para um grupo de indivíduos. Tanto que, se analisarmos todas as grandes revoluções populares que ocorreram ao longo da história humana, constataremos que a cultura esteve presente, de uma forma ou de outra em todas elas. O maior de todos os exemplos que podemos citar, sem dúvida é a Revolução Bolchevique, no Leste Europeu na antiga União Soviética.
Através da cultura o Ser Humano, se redescobre, se renova, mas ao mesmo tempo valoriza mais suas raízes. Torna-se mais consciente de seus direitos e deveres. E valorizando suas raízes, se reveste da armadura de defesa contra o ataque de uma outra cultura dominadora, invasora, muitas vezes colocada por uma outra religião ou por um país colonizador dos tempos modernos.
Durante décadas, o Brasil adotou, por influência do capitalismo com sua sede voraz e sem escrúpulos pelo lucro, o regime escravocrata. O negro não apenas povoou o Brasil e deu-lhe prosperidade econômica através do seu trabalho. Trouxe, também, as suas culturas que deram o ethos fundamental da cultura brasileira. Vindos de várias partes da África, os negros escravos trouxeram as suas diversas matrizes culturais que aqui sobreviveram e serviram como patamares de resistência social ao regime que os oprimia e queria transformá-los apenas em máquina de trabalho. Aquele que não pode atacar frontalmente procura formas simbólicas ou alternativas para oferecer resistência a essas forças mais poderosas. Dessa forma o sincretismo assim chamado não foi a incorporação do mundo religioso do negro à religião dominadora, mas, pelo contrário, uma forma sutil de camuflar internamente os seus deuses para preservá-los da imposição da religião católica. Não havendo como fugir à religião oficial, num tempo em que existia o monopólio do poder político e o monopólio do poder religioso, pela classe senhorial e a igreja Católica respectivamente. Daí o mecanismo de defesa sincrético dos negros. A mesma coisa aconteceu com as suas línguas. Não possuindo unidade lingüística, os africanos foram obrigados a criar uma que fosse comum para que pudessem entender. Os povos bantos que chegaram em primeiro lugar e aqueles que habitavam a parte sudanesa da África, posteriormente, incorporaram ao nosso léxico milhares de vocábulos na estrutura do português. No entanto, ninguém, ou quase ninguém, viu essa incorporação como um fator de enriquecimento, mas, criou-se a palavra chulo para designar esses vocábulos. Após a escravidão, os grupos negros que se organizaram como específicos, na sociedade de capitalismo dependente que a substituiu, também aproveitaram os valores culturais afro-brasileiros como instrumentos de resistência. Isto não quer dizer que se conservassem puros, pois sofreram e sofrem a influência aculturativa (isto é, branqueadora) do aparelho ideológico dominante. É uma luta ideológico-cultural que se trava em todos os níveis, ainda diante dos nossos olhos. O exemplo das escolas de samba, especialmente no Rio de Janeiro – que perderam a sua especificidade de protesto simbólico espontâneo de antigamente para se institucionalizarem, assumindo proporções de um colossalismo quantitativo e competitivo antipopular e subordinando-se a instituições ou grupos financiadores que as despersonalizaram inteira ou parcialmente do seu papel inicial -, exemplifica o que estou afirmando. A raça negra, inclusive, é responsável por uma importante contribuição dada à cultura brasileira, através da música, da culinária e da dança.
Sob a égide da célebre frase: “Quem sabe mais, luta melhor”, dita por um estivador do porto de Vitória-ES de apelido Bisourão, tomei posse em dezembro de 2004 como Diretor de Cultura de um dos mais importantes e maiores sindicatos de Brasília. O SINDSEP – Sindicato dos Servidores Públicos Federais. Com quase 30 mil filiados, é o segundo maior sindicato do Distrito Federal, ficando apenas atrás do SINPRO. Então, tenho uma experiência na área e falo com um pouco de conhecimento de causa. Desde o começo, usando a citada frase como lema, temos feito a celebração de datas importantes do calendário, como o Dia Internacional da Mulher, Dia Nacional da Consciência Negra e o Dia Internacional de Combate ao Racismo. Com debates, palestras e atividade cultural, como teatro dança e shows com artistas de qualidade da cidade. Temos realizado também grandes festas juninas. A primeira com um público de 2.000 pessoas em 2005. A última, contou com um público de 5.000 pessoas.Vale dizer, que tais festas, constituem em uma das maiores expressões culturais do povo brasileiro. Aí entra a questão das raízes da qual falei.
Outro ponto é a festa de aniversário do sindicato. Desde 2006, pisaram neste palco nada mais do que Belchior, Guilherme Arantes e The Fevers. O primeiro trabalhou na resistência ao Regime Militar na área cultural. Uma de suas principais obras “Como Nossos País” feita em parceria com Elis Regina, é um desabafo diante das atrocidades cometidas pelo regime, uma conscietiza ção através da arte. O segundo, com a sua tradicional consciência política ecológica. Os terceiros, uma banda com nada mais do que 48 anos de estrada, sendo uma das pioneiras do rock no Brasil.
A diretoria do sindicato fez também um importante trabalho de incentivo à leitura, através do projeto “Toma lá da cá”.
Talvez o nobre leitor(a) se pergunte: Porque este cara está falando de tudo isto? Para provar de que é possível conscientizar através da cultura. Desde que eu e meus pares começamos a realizar tal trabalho, a participação dos servidores nas atividades do sindicato aumentou consideravelmente. Não posso afirmar aqui que o único motivo pelo qual isto se deu, foi pela questão cultural. Mas com certeza posso afirmar que o trabalho na área contribuiu substancialmente para tal. Vários servidores inclusive, nunca haviam pisado no interior do mesmo, começaram a freqüentá-lo, graças às atividades na área cultural desenvolvidas. Posso citar outros exemplos de entidades sindicais que investem na área cultural, tais como o Sindicato dos Bancários e o SINDJUS. Mas infelizmente, são poucos os sindicatos que investem na cultura como elemento conscientizador e mobilizador de um povo. Os aqui citados, ainda nadam contra maré.
Num Estado democrático de Direito, a participação popular tem que se basear em três tipos de canais institucionais. Em primeiro lugar, num canal de informação. Não ocorre participação cidadã, se não há informação qualitativamente pertinente e quantitativamente abundante sobre os problemas, os planos e os recursos públicos. Em segundo lugar, canais de consulta, tais como o plebiscito, referendo, tribunais populares, entre outros. E por fim, canais de reivindicação e de protesto. Para serem eficientes, esses canais têm que ser visíveis, de amplo e fácil acesso, e com limites claramente definidos.
Para o professor Juan Diaz Bordenave, autor de diversos livros, a qualidade da participação aumenta quando as pessoas aprendem a conhecer sua realidade; a refletir; a superar contradições reais ou aparentes; a identificar premissas subjacentes; a antecipar conseqüências; a entender novos significados das palavras; a distinguir efeitos de causas, observações de inferências e fatos de julgamentos. Além do mais, a qualidade da participação também melhora quando as pessoas aprendem a manejar conflitos; a compreender seus sentimentos e comportamentos; a tolerar divergências e a respeitar opiniões. E por fim, quando as pessoas aprendem a organizar e coordenar encontros, assembléias e mutirões; a formar comissões de trabalho; a pesquisar problemas; elaborar relatório e usar meios técnicos de comunicação. Portanto, a presença desses pontos indica que está havendo um aprendizado da participação, pois “a participação é uma vivência coletiva e não individual, de modo que somente se pode aprender na práxis grupal. Parece que só se aprende a participar, participando”.
É necessário, portanto, que a sociedade civil organizada, trabalhe mais com informação independente e de qualidade. Lamentavelmente, os meios de comunicação, na maioria dos casos pouco informam e despolitizam. Ou seja, omitem fatos ocorridos em uma cidade, estado ou nação. Fatos estes importantes para a real compreensão do que está acontecendo em um município, estado ao país, mascarando a realidade e passando a verdade que os interessa. Daí a necessidade de estarmos sempre nos “aculturando” e estarmos buscando fontes alternativas de informação e não apenas as Rede Globo da vida.
Temos também que ressaltar o importante trabalho realizado por grupos com página na Internet ou blog, que trabalham de forma firme e contundente na divulgação de atividades culturais e que discutem política de forma didática e aproveitável. E neste sentido, o N.R.D.R tem cumprido o seu papel na vida cultural de nossa cidade. Pelo menos é o nosso objetivo e o que temos tentado fazer. Pedimos perdão aos leitores por possíveis falhas aqui cometidas, pois também somos humanos. E temos diversos colaboradores. Cada um tem a sua própria cabeça, opiniões e gostos. Eu inclusive sou o mais recente membro. Sou um admirador do trabalho aqui realizado, por isso o meu ingresso na trupe. Mas com erros e acertos, o que importa é que damos nossa cara a tapa e nos dispomos a fazer algo pela cultura de Brasília, pois cultura é vida.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Retratação II

Para os fãs da sexagenária (já que ela não é Balzaquiana) inRita Lee:

Achou, né?? Então PARA DE CHORAR!!!

Agora, na boa, quem não consegue entender ironia sendo usada como figura de linguagem, pare de ler o site… é o suficiente para mim… inRita Lee é bacana. Acho até que consigo fazer uma coletânea dela. Acho não. Tenho certeza. Seria assim:

Lado A – Agora só falta você e 2001

Lado B – Papai, me empresta o carro e O gosto do Azedo

Pronto… assim… linda minha coletânea. E podia ser feita num compacto de 78 rotações, da época em que ela poderia ter se tornado a rainha do Rock brasileiro (mode Artur Dapieve[on]).

PS: Peço desculpa ao motorista, pois ao contrário do que eu informei anteriormente, ele tomou uns sopapos…

De Volta Aos Anos 90

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A peça De Volta Aos Anos 90 continua em cartaz até o dia 1º de março sempre aos sábados e domingos no Teatro dos Bancários, isso significa que você tem pelo menos mais 6 oportunidades de ver ou revê-los, pois outra temporada só no segundo semestre de 2009.

Anos90-corte1 Buscando entreter o público ao máximo, De Volta Aos Anos 90 brinca com detalhes, situações e fatos da referida década, como o conflito entre bloco e pipoca da primeira micarê candanga, propagandas marcantes, tecnologia ultrapassada, escândalos políticos, o Tetra, as eras MTV e “É o tchan“. Podemos ainda destacar as esquetes da saga dos Cabeleireiros dos Zoodíaco, a realidade paralela de personagens do vídeo game como o Sonic e a gangue do Street Fighter que comandam o submundo. Além dos exemplos citados temos uma interatividade junto ao público, músicas ao vivo, estrutura inovadora para o gênero e outras situações que refrescarão sua memória, divertindo e remetendo a nostalgia e uma saudade ainda não descoberta dos anos 90, tudo isso graças a um ótimo roteiro e o humor ágil e inteligente dos quatro premiados atores. Imperdível!

PAT_9219 Após faturar o prêmio de a melhor peça exibida em Brasília no ano de 2008 (Correio Braziliense), De Volta Aos Anos 90 nada mais é que um espetáculo cômico e ácido, retratando uma década que buscava sua identidade, desfazendo-se dos laços de todo o produto cultural gerado nos anos 80. A Cia. de Comédia De 4 Naipes, que já fez história na cidade com Eu Tenho A Última Temporada, está conquistando cada vez mais seu espaço, tanto que Eu Tenho... estreará em São Paulo no Teatro Bibi Ferreira. Desejo boa sorte ao grupo.

Serviço:

Quando: Temporada em cartaz até o dia 1º de março (sábados e domingos às 20h).

Local: Teatro dos Bancários

Ingressos: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20, 00 (meia). Leve um Kg de alimento e pague meia.

Podem ser antecipados nas bilheterias do teatro ou no sites: Ingresso Rápido ou De4Naipes (é só clicar no link para abrir o site).

Classificação: 12 anos

Atores: Eduardo Moraes, Bernardo Felinto, Fabianna Kami e Márcio Minervino.

Produção Executiva: Flávio Nardelli

Fotos: Grupo Magneto

Curiosidades:

- Todas as 20 sessões do espetáculo até hoje tiveram os seus ingressos esgotados e a peça acaba de alcançar 10 mil espectadores.
- A pesquisa para o roteiro contou com a ajuda do Almanaque dos anos 90, mas a maior fonte de pesquisa foram as lembranças de cada um do grupo e de amigos, frequentemente consultados.
- A pesquisa para os personagens utilizou muito o youtube, já que existem várias caricaturas de personalidades da época, encontradas facilmente na rede.

Moptop e outros adiado [atualizado].

Show do Moptop adiado. Comunicado oficial Torneira Produções.

“Como já era de se esperar, nos vimos forçados a transferir a data do show do Moptop (RJ), que seria realizada no dia 13/2 (próxima sexta-feira). Estávamos dependendo do deferimento de uma liminar, única chance de abrir o Landscape a tempo para o show. Ocorre que tal liminar não foi deferida. Diante de tal situação, que foge completamente às mãos da produção do evento, divulgamos agora oficialmente que o show do dia 13/2 foi, portanto, TRANSFERIDO para o dia 28/3! A programação e serviço do evento será EXATAMENTE a mesma! O único adendo é que o evento não fará mais parte do Grito Rock Brasília, que teve seu primeiro dia realizado em 7/2, tendo em vista que a nova data não faz mais parte do calendário oficial do festival. Ou seja, o Moptop está contratado e pago e, de uma forma ou de outra, virá para Brasília!”

Novo Serviço:
Sábado, dia 28 de março, às 21h, no Landscape Pub (Centro de Atividades 7, perto da Administração do Lago Norte). Festa-show com a banda carioca. Abertura das brasilienses The Pro, Brown-Há, Rainha Vermelha e Watson. Discotecagem de Cookie Valentino, Glamour e The Porn Queen Rocks. Ingressos: R$ 15,00 (até 23h) e R$ 20,00 (após).

O show será legal com as bandas da cidade Watson, Rainha Vermelha, Brown-Há, The Pro e a carioca Moptop. Das atrações: Moptop não posso falar muita coisa, porque conheço "ainda" pouca coisa, hehehehe, Rainha Vermelha não conheço nada, mas The Pro, Brown-Há e Watson é diversão garantida, ambas, inclusive tocaram no Festival Na Rota Do Rock Brasília e fizeram shows sensacionais, aproveite e curta!

Cartaz abaixo, com a DATA ERRADA, agora será em 28/03. Se liga!

moptop

Animou? Se mexa e vamos lá!

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Modernidade Sim! Esculhambação Não!

Modernidade Sim! Esculhambação não!


É flagrante a queda de nível em alguns ritmos da música brasileira. O Brasil é conhecido mundialmente pela sua diversidade de ritmos musicais. Nenhum outro país do globo é tão rico musicalmente com ritmos regionais. O Forró do nordeste como um todo, o Maracatu de Pernambuco, o Bumba-meu-Boi do Maranhão, O Boi Bumbá do Amazonas, a música gaúcha no caso do Rio Grande do Sul são alguns dos exemplos que podemos citar.
Entretanto, o que assistimos nos últimos anos, é uma depredação e porque não dizer, uma deturpação de vários ritmos e da música brasileira como um todo. A modernidade trouxe muito mais pobreza do que enriquecimento musical, ao menos no caso brasileiro. Senão, vejamos:
No exterior, freqüentemente a imagem do Brasil é associada ao samba e ao futebol. Com isso, grandes nomes como Cartola, Alcione, Almir Guineto, Zeca Pagodinho, Neguinho da Beija Flor, Martinho da Vila, Beth Carvalho, Clara Nunes, Chico Buarque etc... surgiram e fizeram sucesso. A riqueza das letras que surgiram é notável. Na década de 60 e 70, várias dos sambas que surgiram inclusive, falavam da Ditadura Militar, que sufocava o povo brasileiro na proibição de suas liberdades individuais tais como, Liberdade de Expressão, proibição da existência de Partidos de Esquerda, sindicatos, manifestações públicas etc... .Toda a obra artística, fosse ela, musical, teatral, plástica ou literária, tinha que passar pelo crivo da censura, que aliás era rigorosa. A música se tornou uma válvula de escape para vários de nossos artistas e sambas como “Quando o Carnaval Chegar” de Chico Buarque eram a mais clara imagem da realidade política e social do país. O carnaval do título na realidade era uma alusão à democracia. Lamentavelmente o nome carnaval teve que ser usado para “driblar” a censura do regime.
Vários jornais tinham em sua redação um “censor”, termo utilizado para denominar o representante do regime que trabalhava para a censura. E só era publicado o que era autorizado pelo mesmo. Críticas ao governo, nem pensar. Escândalos que atingissem o regime, menos ainda. Muitos foram mortos ou exilados do país, simplesmente porque gritavam por liberdade. E a música, apesar de todo o controle do Estado, foi um importante elemento de conscientização a respeito da realidade vivida por nosso país, além de servir como um desabafo que não era apenas de um grupo de artistas, mas de toda a sociedade.
Os sambas que vemos hoje, que muitos preferem chamar de Pagode, podem parecer normais para alguns, mas se comparados em termos musicais e de letra aos sambas do passado, é de uma pobreza de conteúdo, sem limites.
Quanto ao Forró, historicamente sempre foi como a divulgação do dia-a-dia do nordestino. O chamado Forró-pé-de-Serra, bem como o Xote nada mais são do que o Forró original produzido nos mais longínquos rincões do nosso país. Suas letras falam dos problemas sociais, das angústias, da falta de chuva que atinge boa parte do povo daquela região do país. Asa Branca, de Luiz Gonzaga é um forte exemplo disso, vejam abaixo:

1-Quando oiei a terra ardendo
qual fogueira de São João
Eu perguntei, ai a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação.
2-Que braseiro, que fornalha
Nem um pé de plantação
Por falta d'água perdi meu gado
morreu de sede meu alazão.
3-Até mesmo a asa brancaBateu asas do sertão
Então eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração.
4-Hoje longe muitas léguas
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Para eu voltar pro meu sertão.
5-Quando o verde dos teus oios
Se espalhar na plantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração.

Asa Branca, que dá nome à música, é uma ave típica da região. Uma música que retrata um grave problema social até hoje existente. Pergunto: Quai das bandas de forró da atualidade, fala de questões como essa em suas músicas? As bandas de Forró de hoje, prestam um desserviço à música e até mesmo à cultura do seu próprio povo, o nordestino, pois deixam de retratar tal situação para falar de amenidades, ou o pior, de chifres (traições). Isto sem falar na apelação sexual onde a mulher é frequentemente colocada apenas como um objeto sexual e a modificação do ritmo original com o Forró Eletrônico. Não sou contra modificações e muito menos contra a modernidade. Mas nesse caso, descaracteriza todo o ritmo e ataca a cultura daquela região do país. Tudo isso fruto da ganância de produtores e artistas, ávidos por dinheiro, que imaginam que assim poderão enriquecer mais rapidamente com maior venda de CD’s/DVD”s.
O próprio Rock não é mais aquele. E quem viveu a Geração Anos 80, sabe disso. Uma década que foi a responsável pelo surgimento de nomes como: Blitz, Bíquini Cavadão, Titãs, Barão Vermelho, Plebe Rude, Engenheiros do Hawaii, Capital Inicial, Zero, Nenhum de Nós, Legião Urbana etc... , hoje vive um momento um tanto quanto delicado, pelo menos em termos. Saem as letras que falavam de questões sociais e políticas que conscientizavam os ouvintes, como era o caso dos referidos anos citados aqui, e mais uma vez entram as ditas amenidades das letras roqueiras de hoje em dia que só falam de amores correspondidos ou não. Não sou contra que se fale disso. Nos anos 80 mesmo, várias músicas abordavam tal assunto. O que sou contra e acho terrível, é que se fale apenas disso como se a vida apenas isso fosse. Como se tivéssemos apenas este assunto para tratar em nossas músicas. Sei que o romantismo vende. Tudo bem, que abordem o tema se a intenção é vender DVD. Mas que tratemos também de outros assuntos igualmente importantes.
No caso do sertanejo, é outro problema crônico. A deturpação é tão grande quanto a que ocorre no Forró. As letras que outrora tratavam da cultura do “Homem do Campo”, hoje em nada tem haver com isso. E o sertanejo de raiz está acabando.
Alguns analistas musicais dizem que tudo é uma questão de conjuntura. No caso da ditadura, como havia uma grande repressão às liberdades individuais, a inspiração era maior. Duvido muito. E como se explica o conteúdo rico das músicas anteriores a esta época? E o que me preocupa é que as crianças e jovens de hoje serão os artistas de amanhã. Muitos inclusive já batalham no meio artístico. E como produzir arte, música de qualidade sendo que para a maioria deles o que está na crista da onda no momento é tudo isso do que estou falando? Como hoje em dia nada ou pouco se tem da alma musical de Luiz Gonzaga, da poesia de um Renato Russo, da rebeldia positiva de um Cazuza ou de um espírito caípira de um Tonico e Tinoco, dificilmente produzirão algo de igual qualidade.
Não quero aqui, ferir os gostos e mexer com os brios de ninguém. Não é essa a intenção. Quero dizer que respeito os gostos e opiniões de cada um, de cada Ser Humano. Sei que o NRDR embora seja eminentemente um Blog que do ponto de vista musical fale muito mais de Rock, é lido por pessoas que apreciam outros ritmos musicais onde muitas das mesmas gostam inclusive de artistas e bandas que infelizmente estão promovendo toda essa problemática para a música tupiniquim. E a visita virtual de todos vocês é importante para nós. Sem isso não sobrevivemos como tal. E cada um tem o direito de gostar ou não do que quiser e ninguém tem nada haver com isso. Mas isso não quer dizer que eu não possa ter a minha opinião e não possa aqui expressá-la. Eu mesmo, não gosto só de Rock. Gosto de MPB, de Forró e de Sertanejo. Mas de raiz. E isso, porque sou um apreciador da cultura e sei que ela se manifesta das mais diversas formas, inclusive nos mais diversos ritmos musicais e não apenas em um. Assim sendo, o debate está aberto.
Para quem quiser saber mais sobre essa página lamentável da nossa história que foi a Ditadura Militar deixo aqui algumas dicas cinematográficas tais como: Eles não Usam Black-Tie, O Ano em que meus Pais Saíram de Férias, Lamarca e Zuzu Angel.

Abraços a todos;
Carlos Henrique.

Mamãe Não Pode Saber [13 a 15/02]

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Depois de apresentarem o espetáculo Surto, os atores Thaís Lopes, Rodrigo Fagundes, Wendell Bendelack e Flávia Guedes trazem pela primeira a Brasília, a peça Mamãe não pode saber.
mamaenaopodesaber Mamãe não pode saber conta a história de uma família decadente, que enxerga na matriarca a possibilidade de salvação para todos os problemas. A trama está ligada aos conflitos de cada personagem. Glória é uma perua que tenta ganhar a vida com um serviço de auto-ajuda por telefone.
Ela é casada com Arthur, um político desonesto, que tenta deslanchar sua candidatura de deputado. A filha Priscila é aspirante a modelo aos 13 anos. Júlia é a amiga invejosa que faz de tudo para tentar engordá-la. O irmão Juninho é um adolescente que segue uma tribo a cada semana.
As armações da família vêm à tona com a chegada da mãe, que não está a par do que acontece. Inventaram para ela uma porção de mentiras, como Arthur sendo o prefeito da cidade. Todas as figuras enfrentam uma tremenda saia justa para driblar a matriarca e se safar das confusões.
FICHA TÉCNICA:
Texto e direção: João Falcão
Elenco: Flávia Guedes, Rodrigo Fagundes, Thaís Lopes, Wendell Bendelack e Leonardo Miranda
Priscila_1Duração: 80 minutos
Classificação: 12 anos
SERVIÇO:
Data: de 13 a 15 de fevereiro
Hora: Sexta e sábado às 21h / Domingo às 20h
Local: Sala Martins Penna do Teatro Nacional
Valor: R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia)
Duração: 80 minutos
Classificação Etária: 12 anos
Informações: (61) 3223-7777 e (61) 8403-4800

Texto do release oficial: Bruna Marques - Assessora de Imprensa

Papo de Sofá: As Séries - [Sarah Connor]

Estou acompanhando atualmente três séries: Terminator - The Sarah Connor Chronicles (2ª temporada), Lost (5ª temporada) e 24 horas (7ª temporada). Escreverei sobre cada uma delas separadamente para não ficar muito grande, então vamos ao que interessa.

Terminator - The Sarah Connor Chronicles

sarah-chronicle-postersPara acompanhar Sarah Connor Chronicles, um pré-requisito interessante é ter pelo menos algum conhecimento prévio dos filmes. A série costura de forma interessante o cotidiano conturbado de John Connor, a inclusão de personagens a cada episódio e as peripécias das máquinas para garantir a dominação. Sinceramente, demorei a engatar, gostar realmente, primeiro em função de uns capítulos meio chatos e segundo do desajuste irritante de alguns personagens, mas como faz parte do pacote, já me acostumei e os problemas não atrapalham mais a diversão.

O seriado Sarah Connor que está em sua 2ª temporada, não era exibido desde o dia 15/12/08, neste 13º capítulo (Earthlings Welcome Here), Sarah Connor busca resposta para um mistério que a assola, e a ciborgue Cameron respostas sobre uma pessoa importante para John Connor. Eu indico.

As aventuras televisivas de Sarah estão diretamente conectadas ao 1º e 2º filme do Exterminador, ignorando totalmente o 3º, alguns rumores indicam que a série fará ponte com o 4º filme que estreará mundialmente em maio deste ano. Foram anunciados mais 3 episódios que irão ao ar semanalmente a partir de 13/02 (EUA), não foram divulgadas se esta temporada se encerrará nesse 16º episódio. No Brasil, Sarah está sendo exibida pelo Warner Channel toda terça, 22h.

O Elenco:

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* Lena Headey (Sarah Connor) - Não é uma Sarah Connor de primeira grandeza, mas acostuma-se fácil com a cara dela, talvez lhe falte um pouco de carisma. Embora Sarah não precise de carisma e sim chutar algumas bundas para proteger seu filho Connor. Lena Headey que fez várias pontas no cinema (300, Irmãos Grimm e etc) tem em Sarah uma protagonista de "responsa".
* Thomas Dekker (John Connor) - Segura bem a onda de ser o salvador da humanidade, afinal, não deve ser fácil interpretar John Connor, personagem preso entre o presente, futuro e múltiplas escolhas. Thomas Dekker participou inúmeras séries, o papel como John serve de redenção, afinal, o coitado já trabalhou até em Seinfield, essa ninguém merece! 
* Summer Glau (Cameron Phillips) - O papel de exterminador eternizado por Arnold Schwarzenegger rendeu carisma e bordões como "i'll be back" e "come with me if you want to live", daí o desafio para Summer em interpretar a ciborgue que veio do futuro para proteger John. Summer é cara conhecida em inúmeras séries e fez um filme muito legal, a ficção científica Serenity.
* Brian Austin Green (Derek Reese) - Papel do tio de John e dá uns pegas em uma gata Jesse - estará no Terminator Salvation -, por enquanto esse é o papel do rapaz. Só trabalhou em seriados, seriados e seriados.
* Richard T. Jones (Agent James Ellison) - Um agente do F.B.I. que até agora não disse a que veio, deve ter entrado na série pelo sistema de cotas, hehehe. Seriados e pontas em filmes são suas especialidades.
* Garret Dillahunt (Cromartie) - Interpreta um ciborgue exterminador. O indivíduo também vem da sequência seriados, seriados e seriados e um trabalhou num dos PIORES filmes de todos os tempos, o cultuadíssimo O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford.
* Shirley Manson (Catherine Weaver) - Alguém deve ter tido a idéia de colocar uma gostosa no papel da empresária transforma, então escolheram a vocalista do extinto grupo Garbage, só que chegaram tarde demais, ela está feia que dói, como o tempo maltrata as pessoas. Estréia da moçoila como atriz.
* Leven Rambin (Riley) - Uma pessoa importante para a sanidade de John Connor. Esta gatinha está engatinhando como atriz, trabalhando apenas em algumas séries.

Aproveito a série para aumentar o hype em cima de Terminator Salvation que estréia em 22 de maio, neste link postamos os excelentes poster e trailer, clique aqui para ver.

Semana passada foi divulgada uma foto de um dos exterminadores do filme, veja que bicho bombado:

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Clique na figura para ver no tamanho original

domingo, 8 de fevereiro de 2009

U2 - G.O.Y.B. Official Video

Anteriormente eu postei aqui a letra, tradução e um link para ouvir a música nova do U2: Get On Your Boots, agora vamos ao vídeo oficial, dirigido pelo francês Alex Courtes. O clipe é super colorido, ágil e pontuado pela colagem de milhares de imagens no fundo que representam a letra, chega até ser anos 80. Muita gente vai achar cafona, mas eu achei "muito doido"!!!!

A música é o primeiro single do CD: No Line On The Horizon, que será lançado mudialmente em 3 de março; as maiores lojas virtuais do país já tem a pré-venda do produto. Uma novidade é que a Universal está lançando no país a edição em Digipack que é limitada, com booklet de 36 páginas, um pôster e a possibilidade de fazer download do novo filme de Anton Corbijn (um fotógrafo sensacional) que já fez inclusive vários trabalhos com o U2! Que chegue logo o dia 3 de março!

O U2 é U2, pena que alguns poucos com o Tiba por exemplo prefiram o Leandro Lehart e seu Art Popular ao Bono e Companhia. huahuahauhauahau.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Fatboy Slim [Push the Tempo] video

O Dj Fatboy Slim é respeitado em todas as tribos da música, além de criar hits como The Rockafeller Skank, Praise You e Right Here Right Now, ainda tem criatividade de sobra para vídeos sensacionais como Weapon Of Choice com o ator Chistopher Walken. O vídeo abaixo da música Push The Tempo é um dos mais engraçados de todos os tempos.

Clique no play e divirta-se.

Liquidificador Music Festival + Sotck32

Eu podia estar roubando, eu podia estar matando, mas estou aqui pedindo… hehehehe

Então… nesta comunidade do orkut está acontecendo uma votação para indicar algumas bandas para participarem do Liquidificador Music Festival. Solicito a todos que puderem e quiserem, entrar na comunidade e votar na banda Stock32.

Entra no MySpace da banda e confere as músicas também. Rock de primeira… Pra quem não se lembra, a Stock32 é a banda da violonista Vanessa “piercing no lábio” Soares, já citada aqui.

Stock32

Stock32. Você não está louco, é um violino mesmo no meio do palco.

Então, né… vota lá, porque foi um pedido especial. Satisfações.

Iron Maiden [Tênis]

Ir ao show do Iron Maiden customizado não tem preço, pelo menos para os fãs, que além das camisas, patches, bonés e etc, podem ir agora ao show com um tênis da Donzela de Ferro. É o Iron maníaco devidamente uniformizado!

A DF Sneakers, empresa importadora de moda urbana nos apresentou dois modelos dos tênis do Iron. Os interessados podem seguir nesse link para ver o catálogo, ou abaixo, no que se refere diretamente ao produto escolhido no final de cada foto.

Para adquirir ou solicitar informações, é só deixar um comentário no produto, no próprio Flickr, que a empresa entrará em contato.

1

Link direto para esse modelo

2

Link direto para esse modelo

Informações sobre o show do Iron em Brasília, aqui.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Planeta Atlântida 2009 no Multishow

PA2009

O canal Multishow promete transmitir ao vivo na sexta (6/2) e sábado (7/2), a partir das 19h, os shows da edição gaúcha do Planeta Atlântida. O festival já é tradicional no calendário de shows no Brasil tanto quanto nas transmissões do canal.

Esse ano a mistureba revela-se um tiro no pé, acompanhe abaixo a programação de shows com um guia que eu preparei para a hora da transmissão, é claro, se você compartilha das minhas opiniões.

Sexta-feira (06/02)

17h50min - Comunidade Nin-Jitsu - Transmissão infelizmente começa às 19h, os caras são legais.
19h10min - Fresno - Continue com a televisão desligada.
20h40min - Chimarruts & Papas da Língua - Dá para assistir dando aquelas cochiladas, mas bom não é.
22h20min - Marcelo D2 - O show do cara em 2007 foi muito bom, vamos ver o que ele apronta agora com o disco novo: A Arte do Barulho (2008). Provavelmente será um mico do Multishow, já que a transmissão ao vivo será interrompida pelo menos 25 minutos em função do BBB9.
23h50min - Ivete Sangalo - Lascou é hora de sair de frente da tv, saia correndo!
1h10min - Fat Duo (troca de palco) - Dupla de gordinhos cantando, epa, eu também poderia estar lá!
1h40min - Eva - Se o mundo não acabou na Ivete, poderia acabar agora.
3h10min - Exaltasamba & MV Bill - Só tenho uma palavra para essa parceria: esdrúxula!

Sábado (07/02)

17h30min - Reação em Cadeia - Felizmente a transmissão só começa às 19h.
19h - Skank & Negra Li - Boa pedida, mesmo com a Negra Li, afinal, Skank é Skank!!!!
20h30min - NX Zero - Hora de comer um lanchinho, esse ano tá difícil acompanhar.
22h - O Rappa - O show é imperdível, mas será o segundo mico Multishow por causa da exibição ao vivo do BBB9, na hora que isto acontecer, estarei xingando muito. Afinal, serão mais 25 minutos de música boa indo para o limbo. Carái!!!!
23h30min - Jota Quest - Hora de desligar a TV e procurar o que fazer, eles são muito chatos.
0h30min - Fat Duo (troca de palco) - Olha os gordinhos de novo aí gente!
1h - Victor & Leo - Na boa, apesar de não gostar, tento respeitar essas misturebas em festivais, mas acho que já estão forçando demais a barra. V&L é o C@%$&!!!
2h30min - Astrix - Dj israelense. Se nesse ano vem o Astrix, em 2010 deve vir o Oblix, não é mesmo? Será uma versão DJ dos bárbaros Asterix e Obelix?

multishow Pensando bem, desse Planeta Atlântida não se aproveita quase nada, respeito-o pela tradição, mas não aprovo-o, ainda bem que minha opinião não "apita" em nada. O Multishow que não tem nada haver com essa bagunça, apenas transmite, está de parabéns!

P.S.: Mallu Magalhães vai estar lá, ainda bem que não é no palco principal. Ahhhhhhhh!!! Grande cantora! kkkkkkkkkkkkkkkkkk. Meu ovo!!!!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Demo: Resident Evil 5

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Chris Redfield

Está disponível para download nas PSN's do Japão, Europa e logo mais na Americana o demo de Resident Evil 5. O aperitivo de um dos jogos mais esperados de 2009 era aguardado com grande expectativa pelos donos do console Playstation 3, já que os do X-Box 360 tiveram antecipadamente o prazer de experimentá-lo. A demonstração é composta por duas fases, tanto em modo single player, cooperativo e online, baixe agora e compartilhe da luta cheia de desafios e surpresas de Chris e Sheva pela sobrevivência em algum lugar da África infestado de zumbis.

A prévia realmente empolga, gostei muito do resultado apresentado, fiquei louco para ter o jogo completo em mãos, só preciso me acostumar um pouco com a movimentação em 3ª pessoas dos personagens, que em alguns momentos parece ser problemática em conjunto com a câmera. A série produzida pela Capcom é um dos games com mais longevidade do mercado, sempre buscando novidades para os fãs e produzindo grandes títulos, pelo jeito, Resident Evil 5 será com merecimento um dos melhores do ano.

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Sheva Alomar

P.S.: Para promover o jogo, a Capcom lançou em CGI um longa metragem intitulado Resident Evil: Degeneração. Vou tentar postar um review sobre esse desenho que é bem bacana.

Remakes: O Dia Que a Terra Parou e REC

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Remake: significa refazer. Hollywood vive um período de críticas, atribuídas pela falta de criatividade em função das refilmagens e/ou continuações. Os estúdios sempre requentaram grandes clássicos ou idéias, o problema é que a onda vem atingindo os cinemas como um tsunami. Podemos citar vários, de antigos a recentes como Onze homens e um Segredo, O Planeta dos Macacos, O Grito, Os Infiltrados, King Kong, Vanilla Sky, Miami Vice, Disque M para Matar, O Homem que Sabia Demais, Psicose, O Chamado, A Fantástica Fábrica de Chocolate, Guerra dos Mundos, Enigma do Outro Mundo, Assalto ao 13º Distrito, Viagem Maldita, O Massacre da Serra Elétrica, Sexta Feira 13, Amityville, Halloween e etc. UFA! Existem outras dezenas de títulos.

Nessa história de requentar, alguns só aproveitam a idéia, uns dão certo, outros terrivelmente errado, uns refilmagem e outros procuram ser uma homenagem. Atualmente dois estão em cartaz nos cinemas brasileiros, o primeiro é O Dia Que a Terra Parou com Keanu Reaves e Jennifer Connelly e o segundo Quarentena com Jennifer Carpenter (a irmã do protagonista Dexter na referida na série).

Vamos as considerações sobre os filmes:

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O Dia Que a Terra Parou (2008): Basicamente, a diferença em relação ao original (1951) está na mensagem do filme, no primeiro era pacifista e neste ecológica. Além do mote, outra mexida drástica aconteceu no roteiro praticamente reescrito, até em função de que no ano de 1951 as pretensões e dificuldades em cima de uma produção eram outras. Só que essas alterações de nada serviram para criar um bom filme. Aviso: Além do filme ser totalmente horrível, o personagem Jacob Benson vivido por Jaden Smith, filho do astro Will Smith é um dos mais chatos da história do cinema. Nunca torci tanto na vida para um alienígena pulverizar uma criança.

Os fãs da ótima produção de 1951 e os cinéfilos de carteirinha presenciaram em 2008 a destruição de um clássico, diluído em um espetáculo monótono e arrastado. A história? Um visitante alienígena pousa sua nave na terra, sofre um incidente e a partir desse contato, revela que seu plano precisa ser exposto ao mundo, junto aos países e seus respectivos representantes.

Veredito:

- O Dia Que a Terra Parou (1951): Nota 8,0. Totalmente na rota!

- O Dia Que a Terra Parou (2008): Nota 2,5. Pense em uma estrada esburacada.

P.S.: O Dia Que o Keanu Reeves Parou. Gosto muito do trabalho de Keanu, o cara trabalhou em ótimos filmes como Matrix, O Advogado do Diabo, Velocidade Máxima, Bill & Ted, Caçadores de Emoção, Drácula de Bram Stocker. Mas como dizem, nem tudo são flores, Matrix que era para ser um divisor de água nas produções de ficção e aventura recebeu duas sequências meia boca que praticamente enterraram a carreira do ator. Desde o primeiro Matrix (1999), Keanu participou de 19 produções, dezenove, isso, dessas, apenas Constantine e Os Reis da Rua merecem algum crédito. É bom o cara abrir o olho e fugir dessa alcunha terrível que o assola. Revolution e Reload é o C@#$%¨&!!!!!

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Quarentena (2008): Eu penso nesse remake da seguinte forma, é como se o filme fosse um restaurante espanhol chamado REC, arquitetura brilhante e móveis no lugar, alguém abre esse mesmo restaurante nos EUA, mundando o nome mas mantendo a arquitetura e os móveis, precisando de algo diferente, então, coloca-se umas tvs de plasma, uns ventiladores e uns lampiões em cima das mesas. A diferença de REC (2007) para o remake é essa, só muda os atores e alguns detalhes estruturais. Um acréscimo excelente nesta nova versão é a sequência do cachorro atacando no elevador, ficou sensacional!

Todos que me conhecem sabem que eu sou fãs de filmes de zumbis, então ficou fácil gostar das duas produções. Tanto em REC quanto Quarentena, o vírus da raiva vai infectando os moradores de um edifício, detalhe, o prédio está completamente selado e cercado, mantido em "quarentena" pelas autoridades, dentro, além dos moradores, uma equipe de tv registra tudo, que dá um tom documental. Quarentena funciona melhor para quem não assistiu ao original, mas ainda assim, garante a tensão e ótimos sustos. O clima tenso, gera um ambiente assustador.

REC e Quarentena abusam da câmera tremida, já vista antes em produções como Cloverfield e A Bruxa de Blair, o desconforto causado pela câmera ajuda a ratificar a sensação de pânico. Ratifico que os dois são imperdíveis!

Veredito:

- REC (2007): Nota 8,5. Rota quase perfeita.

- Quarentena (2008): Nota 7,0. Rota totalmente pavimentada.

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