Guia de bandas do segundo dia (sem a necessidade da linearidade)
Tem uma música dos Engenheiros do Hawaii, intitulada “Pra Entender” que traz o seguinte verso: “uma canção da banda preferida, uma descida ao Porão”. A frase em si, não faz nenhuma menção ao festival O Porão do Rock, mas resume instantaneamente a paixão de cada um que vai ao festival querendo escutar a “sua” banda.
Neste domingo (20/09), o Porão trata da realização de sonhos e da materialização de sons. Ao agrupar três gerações do rock de Brasília, o festival levará a emoção dos fãs de música à flor da pele, sim soa meio piegas, mas se trata da verdade e apenas dela.
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19/10 - Plebe Rude. Ao subir no palco neste domingo, a Plebe irá rememorar com os fãs, os momentos daquele sábado (12/09), Ermida Dom Bosco, aonde cerca de 5.000 Plebeus testemunharam a gravação do primeiro DVD do grupo. Evento histórico, levando-se em consideração a importância de Philippe Seabra e companhia para a primeira geração do rock de Brasília, este que revelou além deles, nomes como Legião Urbana e Capital Inicial.
O repertório do DVD foi o seguinte: 01. O Que Se Faz // 02. Brasília // 03. Censura // 04. Pressão Social // 05. Discórdia // 06. Tudo o Que Poderia Ser (inédita) // 07. Este Ano // 08. Remota Possibilidade // 09. Medo (Cólera/SP) // 10. Minha Renda // 11. Katarina // 12. Bravo Mundo Novo // 13. A Ida // 14. E Quanto a Você // 15. Johnny Vai À Guerra // 16. Sexo e Karatê // 17. Dançando no Vazio // 18. Proteção (incidental: Pátria Amada dos Inocentes/SP) // 19. Luzes (Escola de Escândalo/DF) // 20. Seu Jogo // 21. Até Quando Esperar. Canções para nenhum Plebeu se manifestar contrariamente. A Plebe ainda repetiu as canções “O Que Se Faz”, “Brasília” e “Tudo o Que Poderia Ser”, além de gravar o videoclipe de “The Wake” (playback), versão em inglês de “A Ida”, que é trilha sonora do filme Federal, estrelado pelo multitalentoso Selton Mello e por Michael Madsen, ator queridinho do diretor Quentin Tarantino, como Philippe Seabra gosta de frisar. Inesquecível.
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18h – Paralamas do Sucesso (RJ). Tecnicamente Os Paralamas podem ser considerados uma banda fluminense com raízes no Planalto Central. Não entendeu? Ok, eu explico! Herbert Vianna e Bi Ribeiro eram de uma turma de jovens em uma cidade que respirava tédio, e administrava o rock’n’roll como válvula de escape, graças a discos de vinil e fitas cassetes importadas geralmente por Renato Russo, os irmãos Lemos e André X. O virtuoso guitarrista Herbert, que encantava os candidatos a roqueiro, mudou-se para o Rio de Janeiro, curiosamente, seu amigo Bi, teve o mesmo destino.
Ao criar Os Paralamas do Sucesso, o guitarrista não cortou os laços com a cidade que o adotou, pelo contrário, tratou de tornar-los mais fortes. Tanto que Herbert foi o padrinho das gravações dos primeiros discos da Legião e da Plebe. A afinidade do grupo com Brasília, sempre foi característica, produzindo shows antológicos, o que não deve ser diferente na apresentação de hoje. A minha curiosidade é: Os Paralamas farão um show histórico recheado de hits, celebrando o rock da cidade ou a apresentação normal que roda o país divulgando seu recente CD, intitulado “Brasil Afora”. Quer saber? De qualquer forma será especial.
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22h15 – Little Quail & the Mad Birds. O Little Quail é um caso clássico, de banda clássica, com álbum clássico, que acabou desapareceu no vácuo, mas sempre ocupou o imaginário de todos que curtem rock nacional, com seu álbum de estréia Lírou Quêil en de Méd Bãrds (1994). Sensacional!
Gabriel Thomaz, Bacalhau e Zé Ovo, mostrarão nesta noite que a música mesmo corroida pela estrutura, mantem-se em pé. Ontem, perguntei ao Gabriel, se ele tinha a noção do que representa esse show de hoje, e a resposta foi: “Pára! Você não vai me deixar mais ansioso e com senso de responsabilidade do que eu já estou”. Estou ancioso e creio que será demais!
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21h20 – M. Roots. Por questões técnicas, a Maskavo Roots, se apresentará apenas como M. Roots, nada que atrapalhe os nostálgicos de curtirem a banda da década de 90, que tem em sua história o maravilhoso álbum homònimo “Maskavo Roots”, responsável por canções clássicas como Tempestade, Chá Preto, Gravidade e Besta Mole. Que venha logo esse show!
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16h40 – Fallen Angel e Dungeon remontam um passado de peso, percursoras do heavy e trash na cidade.
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17h20 – Detrito Federal. “Se seu pai pudesse escolher, você acha que o filho seria você?” A canção clássica: Se o Tempo Voltasse, era um hino adolescente em prol do rock’n’roll e da liberdade das amarras dos pais. Prepare-se para polgar ao som pauleira e punk do Detrito, que com certeza, não nos poupará e tocará também: “Fim de Semana”. Rock!
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20h20 – Escola de Escândalo. Com um repertório que conta com canções como Complexos e Luzes, incorporada no repertório da Plebe. O Escola é outra banda que vai mexer com os saudosistas. Vai ser muito divertido revê-los em ação.
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23h10 – Raimundos. Desde que Rodolfo Abrantes trocou os Raimundos pela doutrina evangélica, a banda se equilibra como um bêbado andando de bicicleta. A volta do baixista Canisso deu mais credibilidade ao grupo que fez um show excepcional na seletiva do Porão do Rock, torre de TV, neste ano. Espero que a apresentação seja muito boa como a citada.
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0h20 – Rafael Cury & the Booze Bros. Um artista da cidade com padrão internacional, que faz um rock potente inspirado nos anos 70. #FATO. O album Trapped In the Past (2007) tem um clássico imediato, One For The Summer. O show de hoje pode dar ao Rafael o sucesso merecido na cidade, que infelizmente pouco o conhece.
Site oficial: aqui / MySpace: aqui
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1h – Móveis Coloniais de Acaju. Os atuais queridinhos da cidade, e sucesso em todo o Brasil com seu segundo álbum: C_MPL_TE. Para ser sincero, vejo muita qualidade na banda, mas não gosto do estilo deles. Em razão da dimensão que o grupo tomou, nada mais natural que eles encerrem a 12ª edição do Porão.
Site oficial: aqui
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20h50 – Atração surpresa. Fale baixo, ninguém pode saber que é a Legião Urbana, eu anunciei aqui em agosto, mas não podia dizer. A incógnita em razão dos boatos é: Quem irá cantar? Um pool de artistas homenageando, ou um cantor solo com o mesmo timbre de voz? Muitas perguntas que irão ser respondidas mais tarde. Acho muito legal esse show para homenagear o maior grupo da cidade de todos os tempos, e também interessante para quem nunca os viu ao vivo, mesmo que não tenha o Renato.
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No Pílulas desta noite, o histórico Os Cabeloduro abre a maratona de shows no palco underground. No quesito destaque, eu apostaria minhas fichas nos shows de Soatá, Trampa, Kanela Seka e Bootlegs.
Nos vemos no Porão!
Abração!
P.S.: Se Os Paralamas tocarem “Será Que Vai Chover” pode esperar pé d’água, ainda mais que o M.Roots podem executar “A Tempestade”. Será chuva na certa!
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