quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Em Time Que Está Ganhando (Não) Se Mexe! (Será?)

Olá leitores fiéis que cabem nos dedos de uma mão!
Obrigado pela fidelidade na leitura desde simples e humilde blogueiro que vos digita com felicidade!

Bem, tem uma máxima de futebol que diz: “Em time que está ganhando não se mexe!”, alguns discordam, porque pensam que deve-se mexer quando estiver ganhando, pois não adianta esperar perder para começar a tentar arrumar a cozinha.

Só que este blog não é para falarmos sobre futebol, tem outro blog para isto:
http://flarock.blogspot.com/ , neste momento eu quero apenas utilizar desta máxima do esporte bretão para entender por que cargas d’água tiveram a idéia de se fazer um filme da série “A Grande Família”!

Antes de começar já quero deixar claro que sou um entusiasta do CineBR, gosto de cinema nacional, de ir ver no cinema para aumentar a bilheteria, gosto de vários trabalhos antigos e atuais, mas posso me dar ao direito de não gostar deste ou daquele trabalho. Aproveitando a oportunidade indico http://www.portacurtas.com.br/index.asp que é um site que possui curtas nacionais, inclusive o grande "Ilha das Flores" do Jorge Furtado, entre outros trabalhos bons, visite e se delicie.

Temos bons títulos, assim como o cinema mundial tem também, mas temos uns tiros no pé, na mão, no joelho e onde doer, de tão ruim que são, assim como os quilos de filmes espalhados pelo mundo, ou seja, não estamos entre os melhores, mas também não somos os piores.

Sendo assim desta maneira vamos ao que interessa...

A série "A Grande Família" é um sucesso, de público (de acordo com o IBOPE, sei que uma entidade dirigida por Augusto "Não gosto de Mulher em Futebol" Montenegro não é um bom exemplo, mas fazer o que, desconsidere por favor) e sucesso de crítica também, não que a crítica seja digna de ser citada, exemplo ruim não conta. Mas, até de venda é bacana o desempenho da série, a caixa de DVD não para na loja, os personagens são um sucesso entre várias faixas etárias.

Agostinho (Pedro Cardoso), Lineu (Marco Nanini), Bebel (Guta Stresser), Nenê (Marieta Severo) e Tuco (Lúcio Mauro Filho), que na verdade são “A Grande Família” propriamente dito. Sem contar o elenco de apoio com participações constantes e fundamentais para o desenvolver das tramas e lógico das piadas, Marilda (Andrea Beltrão), Beiçola (Marcos Oliveira) e Mendonça (Tonico Pereira), fora os que aparecem algumas vezes para nos dar uma dose a mais de “Química” entre elenco, texto e direção como Gina (Natália Lage), Paulão (Evandro Mesquita) entre outros.

Isto ainda sem contar que desde a primeira temporada houve uma perda no elenco, uma baixa para o palco do “Céu”.

O grande Rogério Cardoso (que agora alegra os anjos no céu), que fazia o pai da Nenê e era fantástica as suas cenas com o personagem do Pedro Cardoso.

Esta baixa não foi suficiente para diminuir o sucesso da série ou seu impacto no mercado de ações (tudo bem, piada horrível, mas já que estamos falando de filmes de comédia ruim valeu a tentativa, não? OK vou parar de tentar, pormeto!). Ou seja, tudo dando certo, no caminho como manda o figurino.

Só que aí! Era uma vez... Surgiu a idéia de transferir tudo que está jogando redondinho (sem apologia a cerveja, pois eu não bebo), para a telona, vamos fazer sucesso na sétima arte, e... claro ganhar mais dinheiro, não que seja totalmente “errado” vender ou coisa do tipo, mas tinha que ter sido melhor pensado.

O filme começa parecendo uma tragédia, me preparei para rir e quase chorei no começo, pensei que eu estava sendo muito chato, mas percebi com os outros 6 distintos colegas (Célia “Leia” Motoguel, Cristiano Castor Troy, Josiele “churrasco” Gaúcho, Vânia Mariposa “Denise Pereira”, Daniel Farinha e Eliceli “Boca Maldita”), que estavam assistindo o filme comigo, condordavam e não era só eu que tinha a impressão de que colocamos a mídia errada, e na troca colocamos um filme do mundo bizarro onde a série "A Frande Família" é uma drama, de onde eu tirei esta idéia? Sei lá tem tanta coisa acontecendo hoje em dia.

Mas não era, o filme realmente perdeu a miserenta (sic) da “Química”, lógico Agostinho (Pedro Cardoso) continuava impagável, mas era pouco, muito pouco para segurar a onda de um filme inteiro. Os outros personagens ficaram sem alguma coisa que determinava sua participação competente na série feita para a TV.

Olha que tinha tudo para dar certo, um novo personagem feito por um ator bacana (Paulo Betti), uma boa história, na qual Nenê (Marieta Severo) tinha uma pequena rusga com Lineu (Marco Nanini), e tinha muitas possibilidades de desenvolvimento de piadas, mas quase virou uma tragédia grega (ok, foi um pouco de exagero), mas péra lá, eles também exageraram na dose, Pedro Cardoso não consegue sozinho manter a qualidade, se os outros personagens estão perdidos na explicação da história e desenrolar da trama.
Tem boas piadas, mas mesmo assim não tem o ponto certo de entrada, você ri antes ou depois, ou até muito depois. Se esforçam, mas não dá para fazer melhor quando não estão (direção, elenco e roteiro) no mesmo ritmo.

Não era culpa da direção, Guell Arraes, como já disse o grande Ariano Suassuna: “É um cara PORRETA...”, tantos trabalhos incríveis, mas todo mundo tem algo para apagar da carreira ou do currículo, talvez, mas só se for um GRAAAAAANNNNNNDDDDEEEEEEEE talvez, talvez MESMO, quem não acompanha a série na TV goste, mas cuidado trecho com altos e baixos durante a aventura cinematográfica.

Então fica a pergunta “Em Time Que Está Ganhando Se Mexe?

Tem exemplos que dizem SIM, outros dizem NÃO, alguns outros dizem TALVEZ.

Já vi tanta coisa nesta vida que nem sei, mas neste caso tenho certeza NNNNÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOO!

Agora é só levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima!!!! Pois todos são super competentes para poder apagar isto da memória e ser apenas um tropeço.

Salve todos!

terça-feira, 28 de agosto de 2007

UM MARCO NA DRAMATURGIA BRASILEIRA


Grande elenco e premissa apoiada no fantástico, é o caminho seguido pela Rede Record na novela Caminhos do Coração que estréia hoje, 28/08/07, às 22h, a empreitada será no mínimo curiosa e tem tudo para ser uma das coisas mais engraçadas da Televisão Brazuca, ou será que a direção da emissora leva isso a sério?

Uma novela escrita exclusivamente para aventuras mutantes - X-Men e Heroes que se cuidem - é uma novidade que merece uma espiada, tenho curiosidade para ver os efeitos especiais, e os superpoderosos principais são:

* Toni (Paulo Nigro): superagilidade;

* Tatiana (Letícia Medina): poderes telecinéticos;

* Clara (Shaila Arceni): poder da cura;

* Lucas (Jean Fercondini): poder da cura;

* Ângela (Julia Magessi): menina alada;

* Ágata (Juliana Xavier): visão de águia;

* Aquiles (Sérgio Malheiros): superveloz e indestrutível; e

* Vavá (Cassiano Ramos): menino-lobo.

Gostou? No elenco ainda tem Karina Bacchi - fazendo uma espécie de Betty, A feia - , o eterno Walmor Chagas e Preta Gil - essa não é a Betty, é a feia mesmo - que deu uma declaração ridícula "já tenho meu superpoderes que fica no meio de minhas pernas".

É pagar prá ver, espero que dê certo e eu queime minha língua.


segunda-feira, 27 de agosto de 2007

BOURNE "FODA" CHEGA AO FIM!!!

O mundo do cinema e suas trilogias, muitos morrem de amor pelos Corleones no famoso O Poderoso Chefão, eu sou fã do Senhor dos Anéis, De Volta para o Futuro, Indiana Jones, falando em Indiana, vai deixar de ser 3, assim como a sensacional série Alien o fez, sinceramente, outros famosos não deveriam ter esse status, Matrix é um bom exemplo, filmes 2 e 3, “meia boca” até dizer chega!

Completa-se agora mais uma trilogia, e das boas! Jason Bourne é o cara, seus filmes comprovam isso, temos espionagem da melhor qualidade, ação frenética, síndrome de Wolverine e só peca pela falta de mulheres bonitas e Bourne entra em prédios de alta segurança aqui e acolá como se estivesse numa feira livre, mas tudo bem, não atrapalha em nada a diversão.

Como diria Jack, O Estripador: “vamos por partes”!


A Identidade Bourne (2002)

Jason Bourne (Matt Damon) é encontrado em alto mar por um navio pesqueiro, com dois buracos de bala nas costas, e acorda como quem diz: – Hey! Eu sou o famoso quem? Nesse ponto de partida busca remontar seu passado, pista após pista, contando com a ajuda de Marie (Franka – sou feia, mas sou feliz – Potente), é a primeira parte do quebra-cabeça. Direção segura de Doug Liman, que além Bourne dirigiu o excelente Vamos Nessa e o divertido Sr. e Sra. Smith. O elenco é composto por Alexander Conklin (Chris Cooper), The Professor (Clive – na época em busca da fama – Owen), Ward Abbott (Brian Cox) e Nicky (Julia – qual é minha importância aqui mesmo – Stiles).

Cotação: 7,5 – Rota segura, alguns buracos que não atrapalham o divertimento.

A Supremacia Bourne (2004)

Na continuação Bourne sofre uma perda significante, busca vingança e conhecimento, mas é atrapalhado por Pamela Landy (Joan Allen) e Ward Abbott (Brian Cox), compondo o elenco Kirill (Karl – minha cara de mal veio do Senhor dos Anéis – Urban), Nicky (Julia – pelo menos agora já estou falando – Stiles), Marie (Franka – continuo feia e feliz – Potente) e alguns “oreia seca” do tipo, diga o que eu faço e eu faço! Direção de Paul Greengrass.

Cotação: 7,5 – Rota segura, faltou um pouco de história.

O Ultimato Bourne (2007)

Agora o bicho pega! A história aqui é encapsulada na ação frenética, simbiose perfeita; o fim da trilogia não poderia ser melhor, conectado a tensão, espionagem, sensacional perseguição seja a pé, de carro, resumindo, o filme é louco demais!

Destacamos no elenco Pamela Landy (Joan – sou indispensável – Allen), Nicky (Julia – agora valeu a pena – Stiles), Noah Vosen (David – eu sou do mal! – Strathairn); engrossando o caldo da história temos Ezra Kramer (Scott Glenn), Simon Ross (Paddy Considine), Desh Bouksani (Joey Ansah), Paz (Edgar Ramirez) Dr. Albert Hirsch (Albert Finney). A direção novamente ficou a cargo de Paul Greengrass, que fez estágio de tensão no excelente Vôo United 93.

Cotação: 9,5 – Rota devidamente pavimentada, não marque toca!

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Qual o Disco Que Mudou Sua Vida? (Minha Continuação)


Dando (desde que não seja eu quem dê), seqüência no questionamento do blogueiro Daniel Farinha, Qual o Disco Mudou a Sua Vida?. De maneira brilhante ele colocou (por favor, sem indecências) “Músicas Para Acampamentos”, primeiro trabalho ao vivo da Legião Urbana.

Eu sou suspeito para falar, pois não sou fã da Legião Urbana, sou um Legionário, um fã incondicional, que nem liga quando alguém não gosta de Legião, não me atinge mais...

E com certeza o disco que mudou minha vida foi da Legião. O outro blogueiro Cristiano Castor Troy não gostou da escolha, pois acha que este disco, escolhido por Daniel Farinha é um dos piores da Legião, quiçá até dos anos 80/90.

Antes de começar a dar nome aos bois, não estou falando do Raffael (Vulgo: Boi, mas que nome singelo, com dois “efes”), quero deixar claro que o disco que pode ter mudado a vida de alguém, não é o melhor disco da banda, ou o mais vendido, ou o mais badalado, ou o mais qualquer coisa, para ninguém, a não ser para a pessoa que teve sua vida mudada por causa deste trabalho.

E isto depende do momento, do contexto, da maturação, fisiológica e psicológica, talvez o disco que mudou sua vida, faça anos que não seja reproduzido na vitrola/disc man/ MP3/MP4/iPod/toca fita, mas está guardado no coração, na alma, na mente, nas emoções, nos sentimentos, que o simples acorde de qualquer uma das músicas remete seus pensamentos a um longícuo (acho que é assim que escreve) tempo em que se queria muitas coisas e se pensava muito mais...

O disco que mudou minha vida foi... lógico, Legião Urbana “
As Quatro Estações” (NÃO!!!!!!! Não é o disco da Sandy e Jr, e que esta piada não se repita mais...), lançado em 1988 foi um disco que marca a carreira cíclica da Legião, pois se o Primeiro disco (Legião Urbana, 1984) tinha sido um disco de pegada forte e pra fora, o segundo trabalho (Dois, 1986), foi um trabalho mais intimista, talvez o melhor de todos da trupe do cerrado na opinião de alguns muitos, continuando o ciclo o terceiro Álbum (Que País é Este – 1978-1987, 1987), foi de longe o disco mais Punk da Legião, com sobras do Aborto Elétrico, antiga banda de Renato Russo, teve até algumas faixas quando Renato Russo se arriscou sozinho após sair do Aborto Elétrico, e adotou o pseudônimo de “O Trovador Solitário”, que rendeu bons frutos, então, dando seqüência aos discos estravasadores (sic) e intimistas da Legião, surge “As Quatro Estações” (Quem vier perguntar de Sandy e Jr de novo, vai ouvir o disco deles inteiro e o do Los Hermanos como castigo)...

Quando este disco foi lançado eu tinha 12 anos (nossa como faz tempo), ouvi muitas músicas antes de comprar o famigerado, já conhecia os hits tocados nas rádios e tudo mais, mas ter o disco em casa, ler as letras, e os recados que sempre viam nos discos da Legião como “Ouça no Volume Máximo” ou ainda “Legio Urbana Omnia Vincit” (Legião Urbana Vence Tudo ou Legião Urbana Vence Sempre, dependendo da fonte)!

Ouvir cada faixa tendo o controle de voltar e ouvir de novo, degustar cada palavra, cada frase, redescobrir o disco anos mais tarde de maneira mais madura, responsável e com algumas cicatrizes que a vida nos deixa com o passar dos anos.

Sou tão ligado a este disco que tatuei no braço direito o violão da capa, na verdade cada faixa me remete para uma situação, e cada vez que eu ouço descubro alguma coisa diferente que não tinha percebido antes.

O Disco começa com Faixa 01: Há Tempos, uma música que fala algumas coisas que achei apenas divagações sobre algo que não deu em nada, mas depois vejo que é mais profunda, talvez fale sobre drogas e alguém tentando se livrar do poder destrutivo que arrasa com a pessoa, mas com certeza “...disciplina é liberdade, compaixão é fortaleza, ter bondade é ter coragem, Ela disse: lá em casa tem um poço, mas a água é muito limpa...” é uma ironia total com o que eu não sei, talvez governo, família, igreja ou coisa que o valha, foi um grande hit, tocou pakas nas rádios e tudo mais, encheu um pouco, as vezes até pulo, mas com certeza toda vez que escuto acompanho a música e imagino o que queria ser dito com “...só o acaso estende o braço a quem procura abrigo e proteção...”, sempre achei que ninguém lhe protege a não ser você mesmo, todos querem algo em troca, outra coisa que me chamou atenção foi a conjugação do verbo em segunda pessoa “Tu”, numa aula de português a professora tinha falado como os autores erram na conjugação e tudo mais, pela primeira vez olhei diferente para esta música, foram muitas as vezes que isto aconteceu...

Na seqüência Faixa 02: Pais e Filhos, talvez a música mais tocada, mais conhecida, mais amada, mais tudo da Legião, está com certeza encheu o saco de tanto que tocou, tudo bem esta música é da hora mesmo, mas hoje gosto
mais da versão ao vivo no “Música para Acampamento”, já citado em outro post pelo Daniel Farinha, primeiro disco ao vivo do grupo, que tem “Stand By Me” de bônus... Talvez tenha a melhor frase do disco “...É preciso Amar as pessoas como se não houvesse amanhã, por que se você parar para pensar na verdade não há...”, não tenho nada contra hits, mas ela não entra na minha lista de 10 mais da Legião pela quantidade de vezes que ouvi, fora as versões bizarras que temos que ouvir por ai de duplas horríveis como “Paratudo e Jurebeba”, “Pingue e Pongue”, “Atchim e Espirro”, entre outras bizarrices, o ápice seria a banda de pagode (isto é o que eles dizem), “Batom na Cueca” (este é realmente o nome de uma banda), gravar Pais e Filhos, graças aos deuses este Armagedon não se confirmou, já pensou a onda de Arakiri (ritual de suicídio dos samurais), que iria ocorrer por este meu país. Mas salvo estas anomalias musicais é uma música para quem gosta de métrica, melodia e boa junção entre a cozinha (Baixo e Batera) com a boa e velha guita, é um prato feito, não deixando claro para quem está ouvindo se é um rock, um blues, um folk ou os três juntos... Ou na verdade “Tudo ao Mesmo Tempo Agora, Uma Coisa de Cada Vez” (como diria os Titãs)! Além de ter a frase “...Você diz que seus pais não entendem, mas você não entende seus pais, você culpa seus pais por tudo, isto é absurdo, são crianças como você, o que você vai ser quando você crescer...”, toda vez eu ouço esta frase entendo algo diferente. Viagem total!

Continuando Faixa 03: Feedback Song For a Dying Friend, primeira música estrangeira que fiz questão de traduzir, mas aprendi algumas coisas, a língua influência a letra, ou seja, em Inglês é uma coisa, em Português é outra, nem ruim nem bom, apenas diferente, como a música é uma linguagem universal é só se deliciar com as viagens musicas desde a introdução de gifs de guitarra, ou cítaras elétricas, ou sei lá o que é, fazendo base para a entrada nervosa das guitas junto com a batera, talvez a música mais viagem do disco, que depois foi confirmada pelo Renato que realmente fala sobre o que o título da a entender, Canção de Retorno de um Amigo Morto (Numa tradução bem livre)... É música para deixar a viagem rolar, com ou sem acompanhamento químico, ela, para mim já é um poderoso alucinógeno com suas quebras de ritmos e até música árabe, ou seja, lá o que for aquilo no meio da música, depois de entender um pouco, eu disse um pouco da letra, pense bem o que você faz com você mesmo.

Na continuação Faixa 04: Quando o Sol Bater Na Janela do Seu Quarto, eitá música de título grande, ... Uma balada, para acalmar a viagem da faixa anterior, uma cobrança para si mesmo, não sei se é do Renato ou do Marcelo Bonfá (batera e também letrista), as pessoas pensam que só o Renato escrevia, ficaria surpresa se soubesse o quanto Bonfá (Bateria) e Dado (Guitarra) contribuíam para letra e melodia... Esta canção é realmente uma música de auto ajuda (sem ser pejorativo), explica que não importa a barra, tudo é possível, Renato nesta época já sabia que era soropositivo? Não sei, mas parece que sim, com estas duas músicas na seqüência, o amigo da Faixa 03 morreu de complicações gerada pela AIDS... Uma música que só fui descobrir depois que comprei o disco e aprendi a letra de primeira, facinha, sem trava língua, sem armadilha, simples e genial, como a maioria dos gênios sabem ser...

Quase na metade do disco temos a Faixa 05: Eu Era Um Lobisomem Juvenil, está música é outra que ouvi no rádio, aprendi a cantar depois de algumas vezes ouvidas e repetidas, é a letra mais intimista, uma auto revelação, de como se sentia quando era um adolescente, eu hoje também me considero um Lobisomem Juvenil quando tinha 14 anos de idade, o Renato sentiu o que muitos jovens entre 14 e 16 anos de idade já sentiram alguma vez nesta idade “...Se o mundo é mesmo parecido com que vejo, prefiro acreditar no mundo do meu jeito, e você estava esperando voar, mas como voar até as nuvens com os pés no chão?...”! Se a maioria dos “jovens” de hoje tivessem um pouquinho mais de cérebro ativo, poderiam procurar algumas respostas nesta música e letra, mas não é só para eles, qualquer um que não estiver entendendo algo na vida tente interpretar “...Qual foi a semente que você plantou, tudo acontece ao mesmo tempo nem eu mesmo sei direito o que está acontecendo e daí, de hoje em diante todo dia vai ser o dia mais importante...”, é colocar a bebida favorita ao lado, no meu caso Guaraná Antarctica e deixar rolar... No disco “
V” a Legião grava Teatro dos Vampiros, que eu não sei porque cargas d’água eu acho que é a continuação de “Eu era um Lobisomem Juvenil”...

Para passar da metade do disco temos na Faixa 06: 1965 (Duas Tribos), a Legião tinha dito na divulgação deste disco que queriam ter uma música com o título entre parênteses, depois virou até moda com outras faixas em outros trabalhos, mas está faixa é a mais punk deste disco, porrada na batera, guita gritando e atitude na letra, é a Legião mostrando que não tinha esquecido que era uma banda de Rock!!!!! Ou melhor de BRock, com protesto, auto crítica, pegada, e tudo que um power trio (guita, baixo e batera), tem direito e pode fazer... E a música parece ser um marco no disco, como quem diz “daqui por diante pode ter tristeza, mas nada de choro...”. Tem gente que cria uma lista das 10 mais da Legião e inclui esta faixa só pela atitude, eu colocaria até por outros motivos, porque é boa e da vontade de abrir uma roda e gritar muuuuuuuuuuiiiiiiiiiittttttooooooooo “...o Brasil é o país do futuro, o Brasil é o país do futuro, o Brasil é o país do futuro, em toda e qualquer situação, eu quero tudo pra cima, pra cima.” porque eu sou da geração que cansou de dizer e ouvir que o Brasil é o País do Futuro, eu quero o Brasil como o país do presente, pelo visto nem tudo mudou... Daniel Farinha tem esta faixa como a favorita do disco.

Na Faixa 07: Monte Castelo, é outra que tocou até derreter o vinil, na época não era CD e sim o bom e velho LP bolachão, pela história que eu tenho como oficial, Renato Russo chegou num hotel pegou a bíblia para ler aleatoriamente, e caiu na Segunda Carta aos Coríntios, nem ele sabia o motivo pelo qual fez isto, parece que numa revista, no mesmo hotel tinha os versos do soneto de Camões e a luz desceu até a mente inquieta e deu no que deu, uma música de amor sem sofrimento, que a Legião sabia cantar, amor faz nascer e não morrer nem matar, pode até enjoar, mas toda vez que ouve os acordes acompanha a letra, um amor divino pelos versos da bíblia e profano pelos versos de Camões, que claro precisava de um gênio para poder ligar estes dois mundos paralelos que sempre se encontram quando estamos aptos para receber e fornecer o melhor que nós temos.

A Faixa 08: Maurício, foi uma música que demorei a entender, somente alguns bons pares de anos mais tarde, porque estava me deliciando com as mais tocadas nas rádios, mas é uma música incrivelmente linda e tocante, é a música que eu tenho menos informação, apesar do título sugerir um romance homossexual parece me que na verdade é a perda de um amigo, morte ou sumiço desconhecido por este blogueiro que vos escreve, mas na verdade o que mais me chama a atenção numa boa letra de música é como você pode sugerir a sua interpretação totalmente diferente do que o autor queria dizer, na minha opinião isto é fantástico, várias visões de uma mesma situação. Eu gosto desta música porque fala de uma separação que deixou marcas, mas que vai ser superada e o verso final “...eu vi você voltar para mim.”. Não é necessariamente uma volta, e sim as lembranças boas estarão comigo aonde quer que eu vá (sem imitação dos Paralamas!). No fim, top 3 do disco sem nem pestanejar. Realmente vale a pena ouvir no volume máximo.

Na Faixa 09: Meninos e Meninas, Renato escancara a sua homossexualidade de maneira direta “...gosto de meninos e meninas...”, que depois foi confirmada numa entrevista que se não me engano foi para a antiga Trip, em que ele mesmo utiliza o verso da música citado aqui e diz: “O que que tem?”! Música dançante e com letra fácil de gravar, boa; mas é que depois veio uma versão numa apresentação em PoA-RS (Porto Alegre-RS), que o Renato mudava a letra da música e fazia uma homenagem a cidade, que tocou mais um quilo de vezes na Transamérica que tinha esta versão exclusiva, e quando estávamos numa roda de violão (ou não) e cantávamos esta música vinha um desinfeliz-da-oréia torta para cantar “...gosto de Porto Alegre e São Sebastião...” e a pessoa ficava irritada se não cantasse assim, será que este santo citado nesta parte da música é em referência ao nome da cidade satélite de Brasília? Que não existia na época! Ele era tão visionário assim? Que sabia que o “Faz Trem Bala”, já iria unir Brasília em Goiânia??????????? Mais uns dois mandatos no governo e ele consegue. Mas a música é mais que isto, espertamente veio no fim do disco entre duas músicas que não se tornaram hits, mas estão no top 3 do disco com certeza, assim ele divulgava o disco, deixava ele virar sucesso e depois lançava a bomba quando o disco estava começando a cair nas vendas. Gênio de marketing também, não é mérito nem demérito, apenas uma peculiaridade.

Na Faixa 10: Sete Cidades, na minha opinião a melhor música do disco, a introdução de gaita é algo fora do normal de tão boa, é tudo diferente na melodia, mas parece que se não estivesse lá faltaria alguma coisa, o Titãs fez uma versão que ficou boa, mas a original é fantástica, fala da ausência de alguém que leva junto um pedaço da pessoa que fica, mas que já se acostumou, não quer dizer que esqueceu, apenas é mais um dia sem a pessoa, não morre, mas a vida segue, menos alegre, mais com novas alegrias, não que as sensações serão substituídas, mas simplesmente seguirá. Não deixe de ouvir esta faixa de maneira alguma, e presta atenção na gaita no começo e no fim da música, Paulo Miklos dos Titãs fez uma boa versão com seu instrumento de sopro, na versão gravada pelos Titãs. Valeu Titãs! E é claro, valeu Legião!

Para terminar o disco temos a Faixa 11: Se Fiquei Esperando Meu Amor Passar, é apenas uma definição de que quando amamos, podemos tudo, mas, a vida não pode parar se o amor não segue junto, temos tanto poder quando amamos e não podemos deixar que este poder não seja usado para coisas boas, como a própria felicidade, a felicidade não está ligado a decisão de uma outra pessoa, nós temos o poder de decidir se queremos ser felizes ou não, é disto que trata a música, de maneira equilibrada entre a cozinha (baixo e batera), guita e outros instrumentos musicais. A citação religiosa até hoje me intriga, se alguém tiver alguma idéia, por favor entre em contato. Qual o motivo de ter “...cordeiro de Deus que tirai os pecados do mundo, tende piedade de nós, cordeiro de Deus que tirai os pecados do mundo, tende piedade de nós, cordeiro de Deus que tirai os pecados do mundo, dai-nos a paz.!” Se alguém tiver alguma idéia por favor contato.

Bem, esta é minha história e o disco que mudou minha vida!
E você? Qual disco mudou sua vida?
Salve todos!

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Afonso Brazza, o maior cineasta brasiliense de todos os tempos

Não que ele tenha muita concorrência, mas é inegável o esforço e a dedicação de Afonso Brazza (1957-2003). O cineasta foi produtor, diretor e ator de diversos clássicos trash como Inferno no Gama (1993), Gringo não perdoa, mata (1995), No Eixo da Morte (1997), Tortura Selvagem, a Grade (2001) e o ex-inacabado Fuga Sem Destino.

Farinha, você disse ex-inacabado??

Sim meus nobres e seletos colegas... o filme tem seu lançamento nacional no sábado, dia 18, no Cine Brasília e ficará em cartaz nas sessões de 21h enquanto tiver público.

A primeira vez que ouvi falar de Brazza foi com a sua auto-intulação de pior cineasta do mundo. Depois que assisti pela primeira vez trechos de No Eixo da Morte, desconcordei (copyright by Paulo Nunes) dele. Eram trechos hilários onde não havia nenhuma qualidade técnica (nem de áudio, nem de vídeo) e roteiros sem o menor sentido ou lógica.

Daí, mais ou menos em 2002, fui ao Cinemark do Pier 21...

Para com isso, Farinha!!!! Afonso Brazza no Pier??

É, nobre e seleto leitor questionador... Afonso Brazza ficou em cartaz com o seu filme Tortura Selvagem, a grade por aproximadamente 2 meses. Tudo bem que a sessão eram meio-dia, mas mesmo assim foi num cinema comercial.

Tortura tem a participação de Zé do Caixão, Rodolfo e Digão (ex-Raimundos), Ricardo Noronha (Ricardo Noronha é um candidato a deputado profissional, apresentador de programa de auditório tosco e garoto-propaganda de lojas de roupas de 4º escalão), Liliane Roriz (filha do nosso querido ex-governador e, agora, ex-senador Joaquim Peguei Dinheiro Emprestado e Me Fudi Roriz), Paulinho Madrugada (pseudo-celebridade do DF, pseudo-famoso por organização de festas) e outros.

O filme é, do começo ao fim, puro Brazza (entendeu?? Pura brasa?? trocadilho infame). As cenas não tem concatenação entre elas. O protagonista, em busca de vingança, é um catador de papel que mora em uma mansão com parquinho. Alguns personagens morrem duas vezes. Outros morrem rindo. Destaque para a cena em que na primeira parte da tomada os personagens atiram tendo ao fundo, como cenário, a Galerias dos Estados e, na segunda tomada, os outros personagens atiram de volta tendo ao fundo, como cenário, o Lago Paranoá. Pra quem mora em Brasília, sabe que a distância entre estes dois pontos não é menor que uns 7 km. Isso fora os prédios no meio...

O auto-título de Brazza sobre ser o pior cineasta do mundo o levou ao Jô Soares. Pra mim, Brazza é o embrião da geração youtube. Cineasta ruim, para mim, é aquele que com muito dinheiro produz Hulk, Paixão Jacobina, Eragon, 23, Sabor da Paixão, Titanic, Velocidade Máxima II (filme com o Carlinhos Brown não mereceia nem ser citado), Elektra, Ishtar, Waterworld, As Panteras I e II, Crossroad, O Pequenino, Mulher-Gato, Quarteto Fantástico.... bem, a lista é quase infinita. Afonso Brazza era, no mínimo, um visionário apaixonado pela sétima arte.
Brazza queria chegar à Holywood, mas eles não o mereciam.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

SERIADOS: VÍCIO DANADO!!!

Estréias Confirmados:
17/09/07 - Prison Break (3ª Temporada)

24/09/07 - Heroes (2ª Temporada)

Especulações:
Janeiro/2008 - 24 Horas (7ª Temporada) - os produtores prometem retomar o rumo perfeito da série, que foi perdido na 6ª Temporada.

Fevereiro/2008 - Lost (4ª Temporada) - espero que valha a pena dessa vez, a 3ª Temporada se perdeu um pouco, distanciando-se do sobrenatural que era o mais legal!

Minha temporada de vícios está vindo à tona, ter vida social será um desafio completo; Prison Break que admito ter começado a assistir de forma tardia, me forçou - forçado? hehehe - a ver uma sequência absurda de episódios, para acompanhar a 2ª temporada. Michael Scofield (Wentworth Miller) conseguiu livrar a cara do irmão Lincoln Burrows (Dominic Purcell), e se envolveu numa ingrizia danada, cesso comentários para não estragar surpresas, resumindo é um seriado "do caramba"!

Agora falar sobre Heroes é complicado porque posso me rasgar em elogios, a série possui roteiro bem amarrado e personagens apaixonantes - piegas e necessário - que saltam a todo instante na tela, com o propósito de dar verocidade a história recheada de heróis que tentam passar incólume no mundo de pessoas normais, mesmo com problemas diversos. Uma analogia aos X-Men, é possível, mas não obrigatória, vale lembrar que tamanho sucesso fez com que a Rede Record esteja produzindo uma novela sobre mutantes, kkkkkkk, desculpe o riso, foi inevitável.

No elenco destacamos a "thutchuquinha" indestrutível Claire Bennet (Hayden Panettiere), o engraçadíssimo Hiro Nakamura (Masi Oka), o cientista Mohinder Suresh (Sendhil Ramamurthy), o pai dedicado Mr. Bennet (Jack Coleman), o político voador - não é no sentido literal da palavra - Nathan Petrelli (Adrian Pasdar), o irmão esponja do político Peter Petrelli (Milo Ventimiglia), a gata em dobro Niki Sanders (Ali Larter), o moleque sabe tudo Micah Sanders (Noah Gray-Cabey), o leitor de mentes Matt Parkman (Greg Grunberg) e o "desgramento" do mal Sylar (Zachary Quinto).

Confira o trailer da 2ª Temporada:
Trailer direto!

Trailer com apresentação de Greg Grunberg

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

O grande Desafio: Saramago x Meirelles (Este eu não perco)


No canto direito, com um Nobel de Literatura, 1,682 m de altura e 51,874 kg, ele o grande escritor, e contestador... José “El Mago” Saramago (sacou? Ok a piada foi horrível)...


No canto esquerdo com nocautes em mais de 14 milhões de espectadores nos cinemas do mundo todo, ele que já encantou muitos amantes da sétima arte com trabalhos iguais a “Cidade de Deus” e “O Jardineiro Fiel”, com 1,728 m e 62,516 kg ele o diretor que não só dirige, mas também conduz seus trabalhos, Fernando “Quase Oscar” Meirelles...

Bem, vamos entender algumas coisas antes de tentarmos dissecar (acho que é assim que escreve, não entendo nada de arter bizantina do séuclo XV), os produtos de um desafio deste, que vai ser um filme baseado num livro mil grau total, "Ensaio Sobre a lucidez".


Eu nunca fui um grande leitor no ensino fundamental (EF) ou no ensino médio (EM), antigo primeiro grau e segundo grau, nossa quanto tempo, ou para quem é mais antigo ginasial e colegial.


Quantos sonhos e manchas nos lençóis
aquelas saias com pregas já causaram?...


Bem quero dizer, hã, hã, esqueça esta parte, não lia muito nesta época, ou não lia quase nada, era uma ameba, como a nossa professora Elaine de matemática fazia questão de nos lembrar frequentemente, fui ler meu primeiro livro na quinta série, “Meu Pé de Laranja Lima” (José Mauro de Vasconcelos), faz tanto tempo que nem lembro da história, depois li algumas outras coisinhas, “O Último dos Moicanos”, “Dom Quixote”, “Uma Rua Como Aquela”, “Escrava Isaura”, “Os Três Mosqueteiros”, mas isto em 4 anos de EF e mais 3 de EM.

Não é nada comparado com um monte de gente que conheço, passava da preguiça a falta de vergonha na cara, mas lia pouco, na Faculdade me cobrei isto e hoje leio razoavelmente. Não como algumas pessoas que conheço que devoram livros em dois dias, mais leio e o melhor, gosto de ler nos dias atuais.

Começava sempre a ler se o assunto me interessava, só que assim perdi histórias incríveis que eu não espera que seria tão boa, analisando só o título ou a capa.

Fora que ainda tem que suportar o estilo dos escritores, sua época e coisas que a minha esposa, que é professora de Literatura (o importante é ter saúde), adoraria explicar, mas eu não...

Sempre achei que escrever era só por letras atrás de letras, formando palavras, que em seqüência formaria as frases...

Lógico, não é só isto, um bom escritor, que não é o meu caso precisa de algo mais.

Existe alguns escritores que são mestres nisto, outros são razoáveis, outros são ruins mesmos, a maneira como escreve ou transcreve suas idéias faz A diferença, com ênfase realmente no "A".

E quando o miserento (sic), infeliz das costas ocas, frango da oréia lascada (sic), mal-ajambrado do escritor acha que pontuação é para os fracos. Sim existe escritor que pontua da maneira que ele acha que convém, como der na telha do pobre..., e para piorar escreve bem.

E ainda ganha o prêmio Nobel de Literatura, e o pior, este sacripanka (eu quis dizer isto mesmo, não sei o que é, mas minha avó quando fica nervosa com alguém fala isto), ainda ousa escrever um livro Visceral, que é o caso de "Ensaio Sobre a Cegueira".

Este livro do Saramago é algo que parece uma loucura ou um surto de maluquice aguda de alguém, instantes antes de ter de embarcar em um avião nos aeroportos brasileiros.

Um surto (não a banda), de cegueira começa a assolar Portugal (terra natal do escritor), mas não é uma cegueira comum, é a moléstia da cegueira branca, pois as pessoas ficavam com uma brancura branca (sem pleonasmo), totalmente branco, como leite, sim de vaca, de cabra, do que você quiser, desde que seja um leite alvo, muito alvo, como os personagens fazem questão de enfatizar no livro...

Começa com um motorista em pleno trânsito, pessoa comum, como é a característica do Saramago, falar e escrever sobre pessoas comuns, vai se espalhando como se fosse uma super epidemia (sem nenhuma relação com o filme homônimo, "Epidemia"), os desdobramentos dos episódios são fantásticos, para nós meros mortais, e talvez evidente para um escritor genial como Saramago.

Com riqueza de detalhes, mas sendo objetivo de maneira que chega a ser até “encabulador” para o leitor, como na passagem dos cegos malvados, mas como um bom livro deve ser, não conseguimos parar de ler, ou ficamos chateados quando temos que parar de ler por qualquer motivo que seja.

Com um final que só mesmo El Mago Saramago (tá certo vou desistir desta piada infame e desnecessária), consegue fazer para uma história que começa louca e termina tão louca que se torna lúcida. Talvez por isto teve a continuação com “Ensaio Sobre a Lucidez”, que é para outra postagem, pois ainda não li...

Agora imagina o desafio de um baita diretor em colocar isto tudo na telona e manter a qualidade, sabemos que adaptações são difíceis, que normalmente o livro é melhor, quando não é muito melhor que o filme, mas ele já tirou leite de pedra em "Cidade de Deus", com atores amadores e sem texto, falas no improviso (pasmem)!!!!!!!!



Fernando já foi cirúrgico em "O Jardineiro Fiel", não vai decepcionar neste desafio, aguardo ansioso para assistir, sem muito alarde: "é só um filme", como diria um amigo meu, mas que baita filme...

É esperar para ver! E se possível ler o livro antes!

Salve Todos!

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Dia 27/09, às 22h, direto do Credicard Hall/SP, irá ao ar a 13ª edição do Vídeo Music Brasil, o evento da MTV Brazuca que sempre procura inovação, terá como destaque a apresentação do cantor Marilyn Manson, polêmico, amado ou odiado, é uma das apostas da emissora para conquistar a audiência, particularmente, acho uma boa escolha. Manson acaba de lançar seu 10º disco, Eat me, Drink me e além da participação televisiva fará dois shows no Brasil, dia 25 e 26 de setembro, respectivamente no Rio de Janeiro e São Paulo.

A premiação teria tudo para ser perfeita, se não fossem os adolescentes com seus dedos nervosos votando num monte de porcaria. Por exemplo, uma banda dos sonhos formada por Edgard Scandurra e Herbert Vianna nas Guitarras, Bi Ribeiro no Baixo, Igor Cavalera ou João Barone na Bateria e Pitty nos Vocais, seria pedir demais, afinal Japinha, Badauí e Champignon estão aí batendo na porta.

Indicados ao prêmio VMB e meus comentários:

Artista do Ano: Minha escolha Lobão, outros artistas (Skank, Pitty e D2) merecem, mas o CD do velho Lobo foi o mais regular.

Cachorro Grande (merece umas mordidas)

Capital Inicial (precisa de uma reciclada)

Charlie Brown Jr. (pede prá acabar!)

CPM 22 (mal demais, Cpolícia Federal talvez desse alguma credibilidade)

D2 (merece concorrer, o último disco não está a altura dos 3 últimos, mas está valendo)

Jota Quest (redundante e sem brilho)

Lobão (um gênio ainda não descoberto)

NxZero (hein??)

Pitty (a baianinha tem estilo, pelo menos eu gosto)

Skank (os caras são foda, não tem medo de dar a cara à tapa)

Artista Internacional do Ano: RHCP, Stadium Arcadium sem reparos! Nem farei observações em relação aos outros.candidatos.

Amy Winehouse

Arctic Monkeys

Fall Out Boy

Fergie

Justin Timberlake

Lily Allen

My Chemical Romance

Panic At The Disco!

Red Hot Chili Peppers

White Stripes

Hit do Ano: Com tanta opção tiro no pé, vamos lá baiana!

Capital Inicial: Eu Nunca Disse Adeus (o título dessa música revela uma triste verdade)

CPM 22: Além de Nós (e dos adolescentes, alguém mais curte)

Natiruts: Natiruts Reggae Power (powerpuff girls masculino do reggae?)

NxZero: Razões e Emoções (pela razão não e pela emoção? Fudeu!)

Pitty: Na Sua Estante (se valoriza mais pelo belo clipe)

Clipe do Ano: Ira! e Pitty, difícil escolher um, os dois são sensacionais.

Autoramas: Mundo Moderno (banda moderna)

Cachorro Grande: Você Me Faz Continuar (então tá!)

Cansei de Ser Sexy: Alala Vr2 (modinha dos criticos)

Charlie Brown Jr: Não Viva em Vão (clipe legal, música huuumm, tá valendo!)

Ira!: Eu Vou Tentar (Selton Mello dirigiu; clip louco demais!)

MV Bill: Língua de Tamanduá (atitude e respeito também)

Pitty: Na Sua Estante (clipe sensacional!)

Mukeka Di Rato: Rinha se Magnata (ok, vamos continuar)

Sandrão: Respeito Oriental (ok, vamos continuar2)

Skank: Seus Passos (afinal, é um Skank!)

Revelação: Pela beleza e voz suave Céu, competência Fresno.

Bonde Do Rolê

Céu

Fresno

Mariana Aydar

Mop Top

Aposta MTV: Seja o que os adolescentes quiserem

Cueio Limão

Pública

Strike

Vanguart

Zefirina Bomba

Melhor Show: Nação ou Nando, muito competentes no palco.

Cachorro Grande (nunca vi show, eles mordem?)

Los Hermanos (que bom que acabou)

Mutantes (pelo menos não tem a Rita Lee)

Nação Zumbi (Bom demais 1)

Nando Reis e Os Infernais (Bom demais 2)

Web Hit: Não dá para premiar todos os concorrentes? A categoria mais foda do ano!

Suplicy Canta Racionais

Funk da Menina Pastora

As Árvores Somos Nozes

Confissões de um Emo

Vai Tomar No C*

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Cult 22 - Rock e Pop sem discriminação

Data: Sexta-feira, 27 de Julho de 2007 - 22h
Local: Rádio Cultura FM - Porão do Teatro Nacional - Brasília - DF - Brasil
Objetivo: Entrevistar Marcos Pinheiro e Abelardo Mendes Júnior, apresentadores do Cult 22
Resultado: Eu e meu fiel companheiro (que coisa mais homossexual) Cristiano Castor Troy (outra coisa frutinha) fomos entrevistados ao vivo no programa... hehehehehe... foda demais!!

Pela primeira vez na minha vida entrei numa rádio. Numa rádio estação, não num rádio aparelho. E entendi porque este meio de comunicação nunca vai acabar, mesmo com a TV, Internet, Correios, FedEx, etc...

É mágico...

Acho que eu fique com mais cara de besta do que o normal... ver o funcionamento de um programa de rádio foi mais um incentivo para entrar na área do jornalismo... hehehehe...

Marcos e Abelardo foram sensacionais. Marcos comanda o programa como um piloto comanda sua aeronave... ok... péssima analogia para os dias de hoje... Marcos comanda o programa como um escritor que comanda seu próprio livro. As vezes narra com os olhos fechados, como se estivesse visualizando cada palavra do roteiro e delirando com elas...

Abelardo é o fiel escudeiro perfeito para Marcos. Nota-se, já nas primeiras palavras dos programas, o entrosamento entre os dois. Abelardo tem suas responsabilidades no programa, mas creio que sua principal função ali é deixar Marcos a vontade para apresentar o programa.

O programa, Cult 22, é uma lenda em Brasília. Todas as sextas a noite, adoradores do rock o ouvem para conhecer bandas novas, ouvir clássicos do rock´n´roll, saber dos shows do final de semana... é o relicário do rock do DF. A Rádio Cultura é bem respeitada, mesmo passando por um período obscuro pseudo-popular, quando nosso querido ex-governador "Nós fala, nós faiz" acatou a idéia de tornar a rádio direcionada às classes C, D e E de música... ou seja, Sertanejo, Pagode e Axé. Graças a Deus, isso durou pouco tempo e, mesmo nessa época, Marcos Pinheiro afirmou que eles sempre tiveram a confiança da diretoria da Rádio.

Acho que fiquei nervoso bagarai e fui muito prolixo na entrevista, mas, anyway, valeu muito falar ao vivo num rádio num programa que eu respeito muito. Pela qualidade e pela história. Quando eu conseguir transformar o áudio da entrevista em MP3, disponibilizo aqui. Fiquei felizão de ter pedido uma música e o Marcos ter tocado. No melhor estilo "Pediu, tocou" da 105FM (blargh!).

Parte do estúdio do Cult 22. Estante de CDs vazia. Aos poucos, a música digital vai diminuindo os espaços. à direita, uma orelha e uma camisa branca desconhecidas.

Então, não marque toca e ouça, toda sexta das 10 PM às 1AM, Cult 22, na Rádio Cultura, FM 100,9. Acesse também o site do Cult 22, clicando aqui ou digitando no seu browser www.cult22.com

Nosso amigo Ulisses Silva, um dos valiosos divulgadores do Rock em Brasília, deu toque de uma festa imperdível, hoje, 03/08/07, Blackout Bar, Clube da Asceb - 904Sul. A entrada custa R$ 10,00 (homem) e R$ 7,00 (mulher).

A festa terá início as 22 horas com o melhor do Hard Rock de todos os tempos pulando dos alto-falantes para aquecer a galera para os shows da noite.

As 23 horas começará o show da banda estreante CRASH'N'BURN tocando covers de Hard Rock.






A seguir é a vez da banda STARCHILD, fazendo um tributo ao ícone do Hard Rock - Paul Stanley - em carreira solo e com o Kiss, é claro!










Então, o palco será invadido pelo Rock Progressivo do ROSHO apresentando um tributo ao power-trio canadense Rush.










E para fechar a noite a banda MISTY MOUNTAIN vai apresentar seu Hard Rock setentista, com composições próprias e os melhores covers do estilo.

Não marque toca!

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Música com atitude: Classe Média

Nosso leitor Valmir Ribeiro, indicou a música "Classe Média" de Max Gonzaga & Banda Marginal, vencedora do Festival de Cultura de São Paulo, assista o vídeo, é a mais pura verdade, música com atitude, letra completamente visceral.

Obrigado Valmir!

Contribuições de matéria: narotadorock@gmail.com


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