Pergunto-me sempre que vou a uma festa, reflito quando converso sobre o assunto ou presto atenção quando vou a algum show. Música pra que? Não é mesmo?
Eu me considero um sujeito sensato em relação a música, prefiro o estilo Rock, pelo conceito de atitude, som e punch, as vezes me pego navegando por mares como o forró (Luiz Gonzaga), pagode (Bezerra da Silva), MPB (Arnaldo Antunes), Eletrônico (Fat Boy Slim), esses são exemplos de coisas boas que existem, toda regra possui uma exceção, e com certeza existem milhares de exceções deliciosas como alternativa a um estilo musical.
O radicalismo não é a fonte razoável para manter um diálogo, mas ajuda, afinal se você vier defender o Chiclete com Banana dizendo que é música serei RADICAL, mas é claro que se você adotar o discurso de que pode ser DIVERTIDO e realmente é uma porcaria concordarei, sabemos que se trata da variação de som que idolatra a bunda como estilo musical, e se você freqüenta esses shows ou festas apenas com o intuito de paquerar e se divertir, aceito seu argumento numa boa! Apesar de agradecer antecipadamente e já negando um convite caso você o faça, em tempo, axé, sertanejo e qualquer coisa que o valha, tô fora, risquei da minha lista.
Provando que acredito na necessidade da sobrevivência de todos os estilos, existe um lugar no Rio, a famosa Lapa, na qual todos os “multisons” ficam agrupados, um ao lado do outro sem brigas e todo mundo curtindo, é uma roda de samba ao lado de um bar de rock anexo a uma boate de axé, o negócio é impressionante, de coração, acho que em todos os lugares deveria existir algo como a Lapa, posso até ouvir o Caetano dizendo: “A Lapa é linda, o carioca é lindo, até os estilos que eu não gosto são lindos”. Quando for ao Rio, conheça, pois é obrigatório!!!
Estou longe de tentar te catequizar, pois não sou profeta, os que apareceram foram pregados numa cruz, queimados na fogueira ou embalados numa camisa de força, além do que o Rock também não é 100%, posso ficar aqui o dia todo listando porcarias que tem aparecido e continuam nos assombrando com suas melodias dignas de pano de fundo numa guerra no Iraque, seja no bom e velho Rock’n’Roll ou em outras bombas da música. Já pensou no que a banda Calypso poderia causar ao exército inimigo?
Voltando ao início, música pra que? No meu caso é a trilha sonora do meu dia-a-dia, como diria meu amigo Cláudio, eu sofro de abstinência musical, adoro ficar escutando minhas canções prá lá e cá, ouvindo o que me identifico e uso isso para ilustrar os acontecimentos diários. Quantas vezes você já se pegou escutando uma música e lembrou de um fato? E aquela memória viva é capaz de realçar o espaço tempo como se o mesmo estivesse sendo revivido agora. Incrível!
Música? Adoro! Não importa o estilo, desde que seja bom pelo menos para os meus ouvidos, um exemplo, no axé citado acima, possui um disco interessante, o 2° da Daniela Mercury, O Canto da Cidade (1992), no Sertanejo, o começo de carreira de Chitãozinho e Xororó era bacana, som regional, com boas melodias e não essa música de corno chato que se diverte com uma garrafa de cerveja.
Na minha opinião, a invenção do MP3 player é uma das maiores de todos os tempos, prático, pequeno, geralmente com bom armazenamento, funcional em todos os sentidos e já começa a ser acoplado em outros dispositivos como o celular por exemplo. Sensacional!!! Acredite, sei o que eu estou dizendo, afinal, já usei Walkmans (lembra daqueles amarelos?) de todos os tipos e Discmans que eu não podia espirrar que a música parava. O MP3 Comanda!!!!
Espero não ter torrado seu saco, desculpe se pareci antipático nesse primeiro contato, mas não, vou provar que sou um cara legal e apenas gosto de me divertir, só isso, é basicão mesmo, só que prefiro a qualidade ao invés da quantidade.
Abração!