A-HA em Brasília – Cry Wolf uhuuuu, foi sensacional!

Crédito das fotos: Cristiano Porfírio

A banda: A-HA - Dia: 16/03/10 – Local: Ginásio Nilson Nelson (Brasília).

Os noruegueses do A-HA se apresentaram em Brasília, a exatos 20 anos, o show realizado em 1991 no Estádio Mané Garrincha, foi uma celebração. Adjetivo que quase se repetiu, senão fosse por um pequeno problema, a garganta do vocalista cinquentão Morten Harket, resolveu inflamar justamente na nossa apresentação.

As 22h10, o trio Morten Harket (vocal), Paul Waaktaar-Savoy (guitarra) e Magne Furuholmen (teclado), sobem ao palco executando a canção “The bandstand”, que inclusive abre o álbum Foot The Montain, lançado ano passado. No setlist, a banda buscou mesclar as canções do CD Foot The Montain, com outras menos conhecidas do público brasileiro e sua grande coleção de hits como: “The Blood That Moves The Body”, “Stay On These Roads”, “The Living Daylights”, “Crying In The Rain”, “Scoundrel Days”, “I’ve Been Losing You”, “Cry Wolf”, “Hunting High And Low”, “The Sun Always Shines On TV“ e “Take On Me”. A ausência ficou para o big hit “You Are The One”.

O atraso em 10 minutos, que tecnicamente não é um atraso, concatenado a simpatia e carisma dos noruegueses, foram essenciais para o show ter obtido êxito. Outros pontos positivos foram o som audível e bem equalizado, derrubando um mito que a acústica do ginásio é um monstro imbatível, bem como o fundo do palco, que consiste em uma cortina de micro lâmpadas, exibindo animações e clipes bastante interessantes, inclua nesta conta o interessantíssimo vídeo de “Take On Me”. Só para constar, essa tecnologia já foi vista nas últimas turnês do U2 e do Nine Inch Nails.

Em um momento Ana Carolina “Minha garganta estranha. Me vem um desejo. Doido de gritar”, o vocalista Morten Harket entre as canções “The Blood That Moves The Body” e “Stay On These Roads”, repartiu com os quatro mil fãs o seu problema de garganta, que infelizmente o impediu de executar as canções a contento, cantando um tom a menos aqui e aproveitando a participação do público acolá, que facilitou a vida de Morten, cantando em uníssono. A certa altura, o vocal, visivelmente constrangido, perguntou ao público se eles queriam que o show continuasse. Resultado, claro que sim, e a banda completou o restante da apresentação que durou 1h40.

Outros mimos da banda para a platéia, foram os agradecimentos no telão à Brasília e ao Brasil, uma retribuição necessária e ao mesmo tempo cafona, por lembrar aqueles e-mails de powerpoint, que ninguém aguenta. Além do tecladista Magne Furuholmen tremular com orgulho uma camisa da seleção Brasileira de futebol, que depois enfeitou seu instrumento.

Considerações finais: 1º) A geração 80, saiu com sorriso de orelha a orelha, e 2º) O vocalista salve simpatia, Morten, está a cada dia mais parecido com o falecido ator Patrick Swayze.

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Crédito das fotos: Cristiano Porfírio