quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Segredismo*

Bob Proctor esteve em Brasília, o autor do livro "O Segredo". Já me pronunciei sobre este livro no Crediário, mas fui curto e grosso, agora vou falar mais detalhadamente sobre a situação.

Segundo o senhor Proctor, o preconceito contra o livro é sinal de ignorância, mas quando se defende o ganha-pão, todo argumento é final. O fato é que ele conseguiu escrever a maior obviedade do mundo embrulhada num marketing de expectativa e curiosidade muito bom. O vermelho do selo, na capa do livro, tem o mesmo embasamento que o vermelho das lanchonetes.

Pois bem, o Proctor enfeitou regras bioquímicas e transformou isso em algo etéreo, como uma "aura" de energia que atrai as coisas. Penso como pode existir essa "lei da atração", se átomos são conglomerados de elétrons agitados que piscam e se repelem uns aos outros. Por uma regra básica da física, nada nunca se toca. Neste caso específico, a tal força atrai coisas que a pessoa quer, como se fossem corpos flutuando no ar. É subjetivo demais, e isso sim é etéreo.

Depois de assistirem "Quem somos nós", este sim com fatos que comprovam como o pensamento pode levar ao que se quer, dá pra se ter uma idéia do vazio que é este "O Segredo". O cara maquiou a fé nas coisas, parte válida da igreja que é pregada há séculos, e espiritualizou a bioquímica cerebral responsável pelas nossas capacidades, em atual estudo pela física quântica.

Se tiver pensamento negativo você perde, se pensar positivo você ganha. É realmente necessário gastar dinheiro pra se aprender isto? Aí um monte de desorientados compra e se acha o máximo, e consegue se auto-ajudar, apesar da ajuda vir de onde vem.

E a seleção natural, como é que fica?

*Postado anteriormente no Crediário

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

O Rappa Clássicos - A Música: Minha Alma / O Show: 14/12/2007

Minha Alma, a música de trabalho do álbum Lado B Lado A (1999), tomou de assalto as rádios, sucesso total, levou o Rappa no ano 2000 a ganhar os prêmios de videoclipe do ano, direção, direção de arte e edição na premiação Vídeo Music Brasil da MTV. O vídeo com fotografia belíssima, retrata a verdade nua e crua da intolerância e incompreensão, emocionando ao se apreciar essa obra prima dirigida por Katia Lund, que nos remete a um dia cotidiano e ensolarado transmutado por acontecimentos sociais.

A estética e o desenvolvimento do vídeo não seriam suficientes por si só para tanto sucesso, pois a música é sensacional, o arranjo bonito e emocionante e a letra nos leva a refletir sobre todo o significado das nossas vidas que se contrapõe ao desconforto causado pela violência psicológica e urbana. Música e vídeo formam uma dupla ímpar no cenário nacional.

Minha Alma é só mais uma das canções clássicas que poderão ser ouvidas no showzão, fique de olho e não marque toca! Curta o vídeo abaixo.

O RAPPA - Clássicos
Data: 14/12 (sexta-feira)
Abertura de portões: 22h
Local: Ginásio Nilson Nelson
Classificação Etária: 16 anos

Primeiro lote promocional:
Vip palco R$ 50,00 (valor de meia entrada)*
Pista R$ 30,00 (valor de meia entrada)*
Arquibancada R$ 20,00 (valor de meia entrada)*
*(Preços sujeitos a alteraçao sem aviso prévio, numero limitado de ingressos)

Pontos de venda:
Lojas Free Corner, Academia Status (106 Norte), Chilli beans, Cool Cat e Fun house.


terça-feira, 20 de novembro de 2007

Primeiro BlogBar Brasília (BBB!!)


Depois de quase quatro anos do fechamento do BlogDF, o primeiro grupo de bloguistas brasilienses a se reunir, por iniciativa do Newton Wagner e apoio de seus compadres, além de outros bloguistas, acontecerá neste dia 30 de novembro, a partir das 18:30h (cedo, não?), no Pizza à Bessa da 214 sul, o primeiro BlogBar Brasília.
Um primeiro contato para reavivar a alma bloguística desta cidade, que já vive de muita política e "filhos-de-alguéns". É a oportunidade da galera que já escreve há algum tempo, ou conheceu recentemente mas já percebeu o potencial cultural e abrangência dos blogs na atual conjectura da comunicação de massa.
Uma seleção natural ocorreu nos últimos anos, após o "boom" dos blogs por culpa da gigante, ao lançar uma versão brasileira do "painho" Blogger (que por acaso é a mesma desde então, vejam que lástima), estourando quase como os fotologs, quando descoberto o Fotolog.com. Como a maioria que é de "imagem" acaba não sendo de "palavra", as miguxas migraram para suas fotos em piscinas fazendo "V" com os dedos e os bons blogueiros hoje são minimamente mais ponderados e informados do que antigamente.

Mas vamos lá conhecer pessoas e discutir a importância de textos "inúteis" que todos nós escrevemos, mas que um dia alguém acha no Google.

Informação, pescou?

domingo, 18 de novembro de 2007

SEVENTH SON OF A SEVENTH SON - 20 anos


Em Abril de 2008 completam 20 anos do lançamento do sétimo álbum do IRON MAIDEN "SEVENTH SON OF A SEVENTH SON". Em comemoração antecipada de aniversário o N.R.D.R. foi conferir o show realizado no dia 16/11 (sexta) no BLUES PUB (http://www.bluespub.com.br/) por músicos das bandas Piece od Maiden, Slug e Totem.


O show reuniu clássicos da primera fase do Iron como Phanton of the opera (c/ Paul Di'Anno), passando por The trooper (do álbum Piece of Maid), 2 minutes to midnight e Powerslave (do álbum Powerslave), Number of the beast e Fear of the dark (todos c/ Bruce Dickinson).

E é claro tb foram tocadas as 8 faixas pertencentes ao Seventh son... (que na minha opinião é 9º lugar na preferência de melhor álbum do maiden).

Falando do show não deixou a desejar na parte técnica, já que os caras têm longos anos de estrada, mas p/ entendedor do assunto o set list poderia ter sido melhor elaborado. Faltaram músicas da 1º fase com Paul di'Anno, mas graças aos céus não colocaram músicas do Blaze Bayle, o substituto do Bruce, que também foi escolhido no lugar do André Matos do Angra , veeeê se pode! Poderiam ter escolhido qualquer um, sei lá o Lemmy do Motorhead, o viadinho do cara do Radiohead, aqueles do playback , os franceses da marca de sorvete, o Willy e Vanilly, mas vcs sabem inglês prefere chá a Coca cola!

Um fato pitoresco ocorreu no final quando fui bater um papo com o vocalista Kléber. Perguntei se ficaria ofendido c/minha pergunta. Respondeu que "sem problemas" então:

- Kléber eu paguei R$ 10,00 pela entrada e vcs tocaram 15 músicas e como sou bão em geometria cada música custou 0,66 realmente valeu a pena eu entrar neste espaço de entretenimento musical? Não era mais fácil eu pagar 0,99 p/ baixar as músicas?
E não é que o cara é igual a um rock star! Ficou com raiva.

Fora o papo furado o show foi uma beleza e se repetirá na próxima sexta (23/11) no UK Brasil Pub (http://www.ukbrasilpub.com.br/). Não percam e salve a Donzela!!!


C/ auxílio de Danilo Duff - " o homem da guerra de CAP x URT"

sábado, 17 de novembro de 2007

Shrek Terceiro

Creio não precisar falar do contexto e do sucesso da série de filmes do Shrek. É público e notório que o ogro transformou sua saga em sucesso mundial.

Assisti durante este feriado a terceira película da série, Shrek Terceiro. Acredito, também, que fui um dos últimos mortais a assistir o filme. Por isso, ouvi várias análises sobre as aventuras de Shrek, Fiona, Burro, Gato de Botas, Art (o novo personagem) e uma série de coadjuvantes de contos-de-fada.

Pra mim, é natural criar uma certa expectativa após ouvir opiniões de pessoas diferentes, entretanto, com o mesmo teor: era um filme fraco.

Talvez isso tenha feito eu ir assistir o filme com uma expectativa muito baixa e acabar me surpreendendo com o resultado. Isso já aconteceu com Fantasmas de Martes (Ghost of mars, 2001). Fui assistir um filme esperando algo como um trash americano de terror. Foi divertido e de graça. Melhor que isso só se tivessem aparecido peitos femininos no filme.

Bem, voltando ao nosso colega verde, senti o seguinte: os próprios produtores da "franquia" Shrek aumentaram sua nota de corte fazendo dois filmes inciais geniais. O terceiro filme não é ruim, mas é menos original e criativo que os outros, mas consegue fazer o que se propõe: divertir. Continua a ser um desenho animado direcionado para adultos. O tema principal, inclusive, é um assunto de/para adultos: medo da paternidade.

É questão de tempo para lançarem o Shrek IV. Meu receio é diminuirem, mais ainda, as ironiais e os sarcasmos, tão característicos nos filmes I e II e tão suave no III.


Lançaram em maio, mas só tive tempo de assistir agora. Não foi um grande crime.

domingo, 11 de novembro de 2007

Na Rota do Mal – Capítulo 1

Já leu uma notícia que lhe remetesse diretamente ao surreal? No mundo cultural, notícias como essas 03 não faltam, são de quebrar o barraco!!!

1) Começo com um furo de reportagem: Simply Red chegará ao fim em 2009, o que?? Como que é? Caracas, fui enganado! Eles não tinham acabado ainda, pois eu achava que desde a mela cueca hahahahahahaha clássica If You Dont Know Me By Now e nenhum Festival Hollywood Rock convidando os mesmos para ter um espaço na mídia, eles já tinham ido para o limbo, e outra coisa, 2009? Porquê? Porquê? Poxa Mick (o vocalista ruivo e feio prá carái), aproveita aí que 2008 está na marca do pênalti, antecipa o fim aí, por favor. Please!

Leia aqui a Notícia 1 na sua íntegra

2) Continuo com uma história além túmulo, Elvis Presley lidera a lista das celebridades MORTAS mais ricas, mas que ganância, isso é a prova que o cara ainda está vivo, só pode! Afinal, o cara ainda ganha “dindin”, e se ele não está vivo, não faz mais show, a não ser aonde ele está agora, e como ainda está devidamente capitalizado, deve estar dando muita festa e pagando umas rodadas de bebida por lá, não é mesmo? Um filme iria a calhar: A VOLTA DOS MORTOS RICOS, 1ª Parte!

Leia aqui a Notícia 2 na sua íntegra

3) Finalizo o NaRotaDoMal com uma notícia bombástica: Show do Raça Negra proibido no Paraguai por causa de poluição sonora, não é o máximo? Vamos fazer lobby no nosso congresso para instituirmos a Lei Paraguaia em solo Brazuca, afinal, pense num mundo melhor sem Durvais, Joelmas, Zézés, Wanessas e Badauís! La Garantia Soy Jo e Viva los Paraguaios, son los mejores legisladuores Del Planeta!!!! Viva, viva, viva!!!

Leia aqui a Notícia 3 na sua íntegra

sábado, 10 de novembro de 2007

Livros, textos e apostilas gratuitos

Olá pessoas,
Como dizem os arautos dos novos tempos, o conhecimento não tem dono. Nos links abaixo vocês encontrarão livros, textos e apostilas sobre diversos assuntos, incluindo psicologia, literatura, sociologia, história, idiomas, concursos públicos...

Apostilas p/ concursos públicos e exame da OAB http://www.esnips. com/web/material juridico

Arquivo de livros e textos http://www.esnips. com/web/leonildo c-politica
Idiomas: material para aprender inglês, francês e espanhol http://www.esnips. com/web/leonildo c-idiomas

Livros e outros textos didáticos (Castell, Durkheim, Capra, Arendt, etc) http://www.esnips. com/web/leonildo c-politica

Abraços, Daiane Ramone

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Amarelo Manga







Olá, meus caros colegas. É com imenso prazer que acrescento aqui no N.R.D.R alguma coisa que talvez interesse aos leitores. Este filme foi escolhido como tema da minha monografia de graduação como "jornalera". Espero que gostem.

Amarelo Manga - Que amarelo é o amarelo manga?

É a cor do excesso, disse Cláudio Assis (autor do filme).

"Amarelo é a cor das mesas, dos bancos, dos cabos das peixeiras, da enxada e da estrovenga. Do carro de boi, das cangas, dos chapéus envelhecidos, da charque. Amarelo das doenças, das remelas dos olhos dos meninos, das feridas purulentas, dos escarros, das verminoses, das hepatites, das diarréias, dos dentes apodrecidos...". Este trecho da crônica Tempo Amarelo, de Renato Carneiro Campos, resume bem a virulência e crueza do filme Amarelo Manga.

As histórias se passam no centro antigo de Recife, entre o Texas Hotel e o Bar Avenida, palco de uma trama ousada e provocativa. Levando à reflexão dos contrastes mais chocantes da sociedade brasileira, o filme quebra preconceitos há tempos estabelecidos quando, por exemplo, traça paralelos entre religião e libido, fé e dúvida, amor e traição. Percebe-se, então, a intenção do autor em mostrar o lado amarelo e podre desta manga.
Kika (Dira Paes), uma evangélica puritana é a mulher do açougueiro Wellington canibal (Chico Diaz) que tem um caso complicado com uma amante, a Dayse. Canibal se orgulha em descrever sua esposa, diz que na cama é fraquinha, mas como mulher é boa: é crente.No entanto existe a Dayse, essa sim é gostosa, a mulher que supre as carências de uma mulher sem graça. O açougueiro é amado sem saber por um gay, o Guguinha (Matheus Nachtergaele), cozinheiro do Hotel Texas. Um hóspede, o Isaac (Jonas Bloch) no mesmo hotel troca maconha por cadáveres que são desviados por um funcionário do Instituto Médico Legal, e que, por sua vez, fuzila em galpões abandonados. Vários desses personagens se encontram no Bar Avenida , dirigido por uma mulher durona, a Lígia (Leona Cavalli), que chama a atenção dos homens por sua postura e frieza. Parece puta, diz um freguês, mas não dá para ninguém. Lígia quer alguém que a mereça e não permite que ninguém se aproxime. O que mais me chama a atenção desse personagem (brilhantemente desenvolvido) é a necessidade que ela tem de ser olhada e por outro lado a qualidade desse olhar. Quando Isaac juntamente com seu companheiro chega ao Bar Avenida a câmera mostra lentamente Isaac encarando Lígia, quando se senta à mesa pergunta ao seu colega: "Quem é essa aí?". Ele responde: "Essa mulher é muito doida: parece puta, mas aqui ninguém nunca comeu ela". Isaac se sente atraído pelo desafio e faz uma aposta. No dia seguinte retorna ao bar e provoca Lígia: "Eu queria saber se todos os seus pêlos são dessa cor (loiro)?". Ela reage mostrando sua vagina na cara do grosseirão, que fica perplexo.
Ainda existe a Dona Aurora, também hóspede do Texas Hotel, mulher solitária e gorda, que sofre com crises de asma protagoniza uma das cenas mais grotescas e depressivas do filme: ela se engasga com a farofa e, ao ser socorrida pelo padre, tem seus seios apalpados pelas mãos de uma igreja decadente e jogada às traças. Com a morte de Bianor, o dono do hotel, Dona Aurora relembra tempos passados em seu quarto, se deprime e com um aparelho de inalação tenta resgatar o ar que foge. Em seguida se masturba com o inalador. preparem-se a imagem é feia e tosca.
O filme é assim, riquíssimo em simbolismos, é o retrato do pessimismo. Igrejas jogadas ao relento, entregue aos cães, falsos moralismos, mostra um mundo cru, sem perspectivas.

Falô galera, um super beijo e até breve.
Daiane Ramone


Texto de apresentação - demorou mas chegou

Olá!

É com uma responsabilidade e tanto que dou meu pontapé de estréia como primeira mulher e "jornalera" no N.R.D.R. Me chamo Daiane Alves Neto, tenho 23 anos e é a primeira vez que escrevo para um blog. Sou bastante tímida, gosto de cachorros (tenho uma cocker chamada Janis).

Curto o bom e velho rock n'roll, como Led, Black Sabbath, The Doors, Janis Joplin, Faith no More, Guns e é claro, os insuperáveis Ramones. Curto nacional também como Legião, Ultraje, Engenheiros, Biquíni, Nenhum de Nós, Plebe, Raul , Cazuza, Rita Lee entre outros.

Gosto de Literatura estilo Sidney Sheldon, assim como Machado de Assis (referência para quem pretende escrever bem); poesia de Augusto dos Anjos, Florbela Spanca à Cora Coralina (minha "ídala"!). Faz parte também dos meus gostos literários temas que se referem à Comunicação, às questões sociais, filosofia e biografias. Dando continuidade ao "passeio" no meu mundo de gostos culturais o cinema não poderia ficar de fora, só com um detalhe: filmes de terror, comédias românticas bobas e ação com violência (tipo Steven Seagal e Van Dame aah!) estão fora da minha lista.

Bem turma, aí está um perfil resumido da minha humilde pessoa, agradeço o convite e segue o primeiro texto. Um super beijo para todos - Daiane Ramone.

Primo Basílio (PROJETA BRASIL)

Olá amigos e leitores fiéis deste espaço cultural.

No último PROJETA BRASIL que o CineMark promoveu pela sétima vez no dia 05/11/2007, estive presente com minha digníssima esposa, para assistir pelo menos dois filmes, já que de noite eu tinha que trabalhar, fazer o que? "Quem disse que a vida é fácil?" já disse o Capitão Nascimento!

Então olhamos as sessões e vimos quais filmes ainda não tínhamos visto e aproveitaríamos para ver, um dos escolhidos foi Primo Basílio escrita pelo escritor português Eça de Queiroz no fim do século XIX. Um clássico da literatura que foi para a tela grande.




Bem, quem seria de alta envergadura moral para dissecar a película seria minha digníssima esposa, mas ela está num estado interessante (grávida), e a qualquer momento o rebento estará fora da embalagem, sendo assim desta maneira não está com condições de contribuir com o N.R.D.R. no momento, fica para uma outra oportunidade.

Claro que aproveitei e enchi a cabeça dela de perguntas para poder me ajudar agora que estou digitando este texto.

Uma coisa que precisamos definir é: um filme baseado num livro é diferente de um filme adaptado de um livro.

A Vânia Alves (minha querida esposa), me disse quando é baseado, não necessariamente vai ser fiel ao livro, pega a história como trilha e cria um monte de coisa de acordo com a imaginação do(s) roteirista(s), como por exemplo a época que se desenrola a história, que neste filme já são diferentes.

Na adaptação o filme tenta ser (na medida do possível) o mais idêntico possível com a obra, tarefa difícil, pois o livro quase sempre tem mais detalhes, que o filme por motivos de tempo e grana não pode se dar ao luxo de ter.


Sabendo disto, vamos ver como foi a obra BASEADA no romance de Eça de Queiroz, como eu já disse aqui eu não era um grande leitor na minha época de estudante secundarista, ou mesmo antes, não tinha lido a obra do autor português, mas mesmo assim estava com vontade de ver o filme, pois CINEMA NACIONAL merece nosso apoio.

Mesmo para quem não leu o livro não há problema, a história se sustenta por si só, o que já é um ponto positivo, além de ser uma produção nacional e merece a nossa bilheteria.


Como já conhecia a história não tive tantas surpresas, mas qual é a surpresa de uma prima (sem ser o termo pejorativo de "prima") que encontra um primo, que na juventude tiveram um romance e ele viajou para fora do país, deixando a moçoila a ver navios.

Se encontram, ela já casada e ele um solteirão galantiador que faz com que ela acenda sentimentos que já estavam apagados, pelo menos é o que ela pensava.


Outro ponto positivo para o filme é o elenco, Daniel Filho, que além de diretor foi colaborador da adaptação, soube escolher com muito cuidado e talento os atores.


Luísa, a prima (Débora Falabela; Lisbela e o Prisioneiro): Mostra que é realmente uma boa atriz, versátil, que pode sair de um extremo ao outro sem levar vícios de uma personagem para outra. Manda bem em TV e em Cinema, não tive a oportunidade de vê-la no teatro, mas foi uma boa escolha, faz bem o papel da jovem sonhadora e romântica que acaba sucumbindo aos avanços do primo, paixão antiga.



Basílio, o primo (Fábio Assunção; Beline e a Esfinge / Sexo, Amor e Traição): Eu particularmente gosto deste ator, não teve ainda uma grande virada na carreira, papéis muitos parecidos, mas todos feitos com grande talento, talvez precise sair para um papel que não necessite de um rosto bonito, e sim, do talento, e eu acredito que ele dê conta do recado, em Sexo, Amor e Traição no papel de Tomás está impagável e muito engraçado. Neste cumpriu o que tinha que fazer, ser o galante e conquistador. O que cá para nós, para o Fabão é fácil. Por isto foi escolhido para fazer o primo, uma atuação limpa e competente.



Jorge, o marido (Reynaldo Gianecchini; Avassaladoras): O que foi dito para o Fábio Assunção vale para o Gianecchini, acho que tem talento, precisa se desvencilhiar do esteriótipo de bonitão conquistador e mostrar que tem competência para voar mais alto. Começou como protagonista numa novela, teve várias críticas e sobreviveu, tentou em outra novela mudar o foco, ser um grosseirão, um mecânico simples e humilde, mas continuou sendo o garanhão da rua. Acredito que pode fazer mais. Foi bem escolhido, para mostrar que as mulheres também fazem traição sem um motivo aparente, agora imagina a vida de uma mulher que tem Gianecchini como marido e Fábio Assunção como amante? Que vida dura! Muito dura por sinal.


Juliana, a empregada (Glória Píres; Se eu Fosse Você / A Partilha): Falaram tanto da atuação dela que eu esperava mais, agora com a cabeça mais fria posso dizer, muito bem feita, uma escolha arriscada, pois é um papel fundamental para a trama e precisava de energia e química entre a equipe, no final todos sairam ganhando. Gosto da Glória como atriz, sabe e respeita seu limite, tanto que nem tenta fazer teatro, que ela mesmo já disse não ter cacife para tal. Mas tem boas participações nos seus trabalhos, mesmo nos papéis bobinhos de novela ela manda bem. Soube corresponder a confiança depositada nela pelo diretor.


Sebastião, o amigo (Guilherme Fontes; Um Trem Para as Estrelas): Esqueçamos o problema com a verba do filme Chatô - O Rei do Brasil, uma coisa não tem nada a ver com a outra. No filme faz bem seu papel como coadjuvante. Um papel que não exige muito, mas poderia estragar a obra. Não sei se o embrólio com o filme pode lhe causar problemas futuros, mas como ator só consigo lembrar na novela "A Viagem" como boa referência, no resto tudo é muito água com açúcar, vamos ver daqui para frente. O diretor apostou e não perdeu o que já é muito bom.



Leonor, a amiga (Simone Spolatore; Lavoura Arcaica / O Ano Em Que Meus Pais Sairam de Férias): Se vocês tiverem a oportunidade de assistir estes três trabalhos feitos por esta ótima atriz, vão sentir o que eu quero dizer, ela é muito boa atriz, ela se transforma de uma maneira impressionante, um verdadeiro camaleão, e nesta obra soube passar o que o diretor queria, muito importante para a trama e com talento de sobra mostrou que foi bem escolhida, brilhou mais sem ofuscar os papéis principais.



Joana, a outra empregada (Zezeh Barbosa; Bendito Fruto / Cronicamente Inviável): Para quem está acostumado a ver esta atriz em comédias como o Zorra Total, ou em algumas novelas como O Profeta (a última versão), espere para vê-la atuando em drama. Fantástico, e que surpresa, não tinha visto ainda um trabalho dela no drama, uma grata surpresa e um questionamento. Por que ela não é aproveitada nestes trabalhos com mais freqüência? Daniel Filho sabendo deste talento aproveitou, mais um ponto para o filme.



Vitória, a tia da empregada (Laura Cardoso; Muito Gelo e Dois Dedos D'Água): O que falar desta estupenda atriz? Formidável como sempre, e mesmo fazendo uma pontinha, mostra todo seu talento, e que contribuição. Obrigado Laura e obrigado Daniel Filho!




Castro, o banqueiro (Gracindo Filho; Bufo e Spallanzani): Gerou a melhor piada do filme, quem casou com o Gianecchini e tem como amante o Fábio Assunção, ter que acabar com Gracindo Filho é fim de carreira. Como este ator consegue fazer papel de vilão ou de mau carater de maneira convincente. Mais uma boa do diretor.



Policial (Anselmo Vasconcelos; Quem Matou Pixote? / Bar Esperança): Mais um que faz ponta com uma competência fantástica, muitos o conhecem do Zorra Total ou dos trabalhos com Ronald Golias, mas ele não tem só sua veia cômica, mostra que é versátil e é pau para toda obra. Muito bom!



Sendo assim desta maneira, o N.R.D.R. carimba e recomenda, assista e se delicie!


Salve Todos!

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Pode Crer (De Verdade!)!


Salve todos!

Antes de falar sobre minha ida ao projeto PROJETA BRASIL, do CineMark, que já tinha sido avisado ao leitores fiéis deste espaço no post abaixo do dia 02/11, vou falar de um filme assistido antes.

Podecrer! (deste jeito mesmo junto)! É um filme que já começa diferente pelo nome, simples e sem rodeio, como o filme. Que tem como pano de fundo a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro (não sabia o nome completo da cidade? É comum, a maioria dos Cariocas não sabe, ou finge não saber, que é Fluminense também, não o time por favor!).

Então, tendo o ano de 1981 como linha de tempo um bando de estudantes secundaristas que estão no último ano, prontos para o vestibular e tudo que envolve esta época da vida, que pode ter um monte de coisas prontas para se esquecer, mas tem um monte de coisa que é para ser lembrada regada a muita risada.

Quem não tem um história legal do tempo de escola? Se procurar sempre tem uma personagem inesquecível, um professor legal, um passeio formidável. Para quem gosta de histórias hilariantes leia aqui.

Então? Sobre isto que o filme se desenrola, e não falta nada, as rivais, meninas que se dividem e se odeiam, os meninos totalmente sem noção, como deve ser todo menino naquela faixa etária, ou em qualquer idade, meninos são sem noção, não sei como as mulheres nos suportam.

Até o inspetor (ou bedel) que é uma figura clássica está lá, e é uma atração a parte, tanto na escola da sua vida, como no filme!

A história é sobre Carol (Maria Flor), que volta da França, pois os pais estavam exilados lá, lembram? Ditadura Militar, começo da reabertura? Você não está tão mal assim em história do Brasil! Na chegada à escola encontra Melissa (Fernanda Paes Leme) e Sílvia (Liliana Castro), e se tornam amigas instantâneamente, logo, como conseqüência rival do grupo que tem Ana Cláudia (Érika Mader) e Duda (Júlia Gorman).

No meio de tudo tem a turma dos rapazes que tem uma banda, quer coisa mais natural numa escola do Rio em 1981 do que uma banda de escola?????? Não há mesmo!

Estes rapazes são João (Dudu Azevedo), PP (Sílvio Guindane), Marquinho (Gregório Duvivier) e Tavico (Marcelo Adnet). Uma boa turma de classe média carioca (que na época não tinha como diversão espancar doméstica, ou prostituta, como disse a trupe de elitistas purificadores na hora da defesa, ou então jogar ovo pela janela), mas era uma turma que gostava de se divertir, curtir a vida, namorar, música, e tudo que a vida podia proporcionar em 1981.

O filme tenta ser fiel ao ano que está passando a história, a direção de arte se preocupa com os detalhes, o diretor tenta arrancar o que pode dos atores, e o filme cumpre seu papel de divertir a platéia.

Não espere debates sobre questões sociais ou coisas do tipo, como muitos chatos de plantão acham que tem que ser sempre um filme nacional, espere diversão, um filme pipoca no melhor sentido da palavra.

Maria Flor se mostra uma atriz com talento e versátil, assume o papel de Carol sem problemas e sem esteriótipos de mocinha boa que só se da mal para depois se dar bem, também não é este o tema do filme.

Érika Mader na minha opinião faz uma pontinha, nem tem tanta importância no filme, e seu papel a deixa limitada, a gostosa que aparece de biquini (e que prateleira de qualidade, é de fábrica?), e é a rival das mocinhas, muito pouco para poder avaliar seu talento, ela vai enfrentar problemas por ter tia famosa, mas isto já abriu portas, tem coisa boa e ruim nisto, cabe ela apagar as ruins e potencializar as boas.

Agora os papéis e atuações fantásticas são de Sílvio Guindane como PP e Gregório Duvivier como Marquinhos, os dois são a parte, toda vez que estão em cena rola risada, Guindane mostra que tem talento para fazer papéis que exigem mais, é pagar para ver, Duvivier faz todos riem com a história da Babilônia, vai virar bordão este negócio.

Fernanda Paes Leme no papel de Melissa, Ufa! Para com isto que eu tenho um coração fraco, meu, me lembrou algumas colegas de escola, como toda boa escola tem. Espero que Fernanda consiga se desvencilhiar de papel da gostosa e mostre que tem talento para trabalhar onde e como for. Mas neste trabalho vale a pena conferir o "trabalho".

Os outros atores principais se não tem uma atuação marcante não atrapalham, o que já é o suficiente. Mas as imitações de Marcelo Adnet no papel de Tavico são de morrer de rir.

Nas particpações especiais, nada de especial, Malu Mader e José de Abreu fazem com competência os pais de Carol, Lulu Santos tem menos de 2 minutos de cena e nem engraçado ficou.

Agora a cereja do bolo é a participação do impagável Stepan Nercessian no papel do inspetor Fleury, é algo para entrar na história, a cena da jurubeba que é outra coisa que vai virar bordão também, "Jurubeeeeeeeeeeeeeeba"...

No mais assista, N.R.D.R. indica e carimba para uma boa diversão, além de que o CINEMA NACIONAL merece sua bilheteria e seu apoio, já que vale a pena assistir pipoca gringa, assista uma picoca nacional temperada com o talento nativo.

Valeu! Salve Todos!

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Festival de CINEMA NACIONAL

Salve todos!


Não venho aqui promover este ou aquela empresa, mas uma coisa é séria, a idéia do CineMark de promover um dia inteiro sem parar com filmes nacionais, isto mesmo, todas as sessões, exibindo alguns trabalhos que já sairam de cartaz e voltarão para quem perdeu na telona, pois tem filme que uma super tela e um super som faz toda a diferença.

Exemplo é o filme "Tropa de Elite", para se ter um exemplo atual, pois vi no cinema, porque na minha opinião filme nacional tem que ir no cinema para gerar bilheteria e que as pessoas envolvidas com o trabalho de Hércules que é fazer cinema no Brasil possam se sentir motivadas a continuar, mas isto eu já disse várias vezes, mas vi no cinema e depois assisti uma cópia "alternativa", sem comparação. Então mova seu esqueleto e vá em algum horário em algum CineMark e escolha uma sessão para prestigiar o trabalho nacional.

Para quem não conhece o projeto PROJETA BRASIL CINEMARK é só clicar aqui e conferir como surgiu a idéia, objetivos e tudo mais.

Em linhas gerais o CineMark escolhe uma segunda para poder passar em todas as sessões filmes nacionais, e o melhor a R$ 2,00 (preço único), isto mesmo, você não está tendo ilusão de ótica, nem seu computador está com vírus.

Preço bacana para filmes bacanas!

Confira a programação geral aqui, a programação do CineMark de Brasília no Pier 21 aqui e ainda a programação do CineMark de Taguatinga aqui escolha pelo menos um e se divirta.

Lembre-se! Diversão de qualidade e com preço baixo é raro!

Não vacile e aproveite enquanto dá!

Salve Todos!

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SoSuechtig, Burajiru